Glossário de Oncologia: entenda o que cada termo significa!

Biópsia. Retirada de um fragmento ou parte de um tecido, órgão ou lesão para análise em laboratório por um patologista. Esse material é utilizado para fechar o diagnóstico.

Braço de um estudo. Quando uma pesquisa clínica é randomizada, os pacientes que participam do estudo são separados em grupos. Chama-se de “braço” cada um desses grupos. A maioria dos estudos randomizados tem dois braços. Por exemplo: o braço que toma a medicação do estudo e o braço que toma a medicação padrão.

Cateter. Tubo flexível utilizado para a administração de medicamentos ou de oxigênio.

Citologia. Estudo das células utilizando um microscópio.

Comorbidade. É quando uma pessoa tem/está com duas ou mais doenças ao mesmo tempo. Uma das características da comorbidade é que existe a possibilidade das doenças se potencializarem, ou seja, uma provoca o agravamento da outra. 

Doença em Progressão. Significa que o tumor está crescendo ou que novos tumores apareceram.

Doença Mensurável. Quando o tumor pode ser medido.

Doença Residual Mínima. Quando há presença de poucas células tumorais mensuráveis por exame, mesmo após o fim do tratamento. 

Doença sistêmica. Quando a doença afeta todo o organismo e não apenas um órgão.

Efeitos colaterais OU Efeito adverso. São reações indesejáveis causadas pela medicação ou tratamento. 

Efeitos tardios. Efeitos colaterais do tratamento do câncer que aparecem meses ou anos após o término do tratamento. 

Estadiamento. Forma de descrever o quanto um câncer se espalhou a partir da sua localização original e se está afetando as funções de outros órgãos no corpo. Essa informação é fundamental para que o oncologista possa escolher o melhor tratamento.

Estudo aberto (Open Label). Dentro da pesquisa clínica, considera-se que um estudo é aberto quando tanto o médico, quanto o paciente sabem quais medicações o paciente está tomando.

Estudo cego (Blind Study). Dentro da pesquisa clínica, considera-se que um estudo é cego quando o médico sabe em qual braço do estudo o paciente está, mas o paciente não sabe.

Estudo duplo-cego (Double Blind). Dentro da pesquisa clínica, considera-se que um estudo é aberto quando tanto o médico, quanto o paciente não sabem exatamente quais medicações o paciente está tomando. Normalmente, essa informação é revelada no fim do estudo.

Estudo multicêntrico. Quando uma pesquisa clínica, seguindo um mesmo protocolo, é realizada em mais de um local (podendo ser nacional ou internacional) e, por isso, feito por mais de um investigador.

Fator de risco. Um fator de risco é algo que aumenta a chance de uma pessoa desenvolver uma doença, como o câncer. 

FISH. Essa é uma técnica de laboratório usada para examinar genes ou cromossomos nas células e tecidos.  É também chamada hibridação fluorescente in situ.

Grupo controle. Dentro da pesquisa clínica, o grupo controle é o braço do estudo que recebe o tratamento padrão, placebo ou fica sem receber tratamento. Isso é feito para que esse grupo possa ser comparado ao outro grupo do estudo.

Grupo de tratamento. Dentro da pesquisa clínica, esse é o braço que recebe a medicação que está sendo avaliada.

Hiperplasia. Aumento anormal no número de células em um órgão ou tecido.

Imunocomprometidos OU Imunossuprimidos. Pessoas cujo sistema imunológico está enfraquecido e, portanto, não consegue proteger o corpo contra infecção de forma adequada. Esse quadro pode ser causado por algumas doenças e/ou tratamentos.

Imunodeficiência. A diminuição da capacidade do corpo de combater infecções e outras doenças.

Imunofenotipagem. Processo utilizado para identificar as células com base nos tipos de antígenos ou de marcadores na superfície da célula. Esse processo é usado para diagnosticar determinados tipos de leucemia e linfoma, comparando as células cancerígenas e as células normais do sistema imunológico.

Imunohistoquímica. Técnica utilizada para identificar moléculas específicas em diferentes tipos de tecido. A imunohistoquímica é usada para ajudar a diagnosticar doenças, como o câncer, e para detectar a presença de microrganismos.

Indolente. Tipo de câncer de crescimento lento.

Leucemia. Câncer do sangue que surge quando os glóbulos brancos (células de defesa) começam a se reproduzir de maneira descontrolada na medula óssea. Ela é dividida em quatro subtipos: leucemia linfoide aguda, leucemia mieloide aguda, leucemia linfoide crônica e leucemia mieloide crônica.

Linfoma. Câncer que acontece quando os linfócitos e seus precursores que moram no sistema linfático se transformam em malignos, crescendo de forma descontrolada e “contaminando” o sistema linfático. Ele é dividido em linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin.

Linfedema. Inchaço do braço e/ou da mão, causado por bloqueio da linfa após um esvaziamento linfonodal axilar.

Linfonodo. São pequenos órgãos que fazem parte do sistema linfático e estão espalhados por todo o corpo. Sua função é barrar que as infecções se espalhem.

Marcador genético. Alteração no DNA que pode indicar 1) que uma pessoa tem um maior risco de desenvolver uma doença ou 2) que aquele paciente responde, ou não, a determinado tratamento.

Margem de segurança. Volume extra de tecido saudável que é removido durante a cirurgia oncológica para ter mais certeza de que todo o tumor foi removido.

Mastectomia. Cirurgia para retirada da mama.

Medula óssea. Tecido esponjoso localizado na parte interna e central dos ossos, que contém as células-tronco. É responsável pela produção de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.

Metástase. Quando as células doentes se soltam do tumor original, vão para outras partes do corpo e formam novos tumores

Metástase à distância. Refere-se à metástase que aparece em um local longe do tumor original. 

Mieloma múltiplo. Tipo de câncer que começa nas células plasmáticas.

Morbidade. Uma doença ou a incidência de doença numa população. Morbidade também se refere a efeitos adversos causados por um tratamento.

Mortalidade. Mortalidade também se refere à taxa de mortalidade ou o número de mortes de certo grupo de pessoas em um determinado período de tempo.

Mucosite. É um efeito colateral de alguns tipos de tratamento do câncer, em que o revestimento do aparelho digestivo fica inflamado. Muitas vezes se manifesta como feridas na boca.

Multidisciplinar. Termo usado para descrever uma abordagem de planejamento de tratamento que inclui médicos e profissionais de saúde de diversas especialidades. Por exemplo, oncologista, fisioterapeuta, psicólogo, enfermeiro, cirurgião.

Neoadjuvante. Tratamento feito antes da terapia principal. Por exemplo, quando é administrada quimioterapia, para reduzir o tamanho do tumor, e depois cirurgia, para retirá-lo completamente.

Nutrição parenteral. Forma de nutrição administrada na veia.

Neutropenia – Consiste na redução da contagem de neutrófilos (células de defesa), aumentando os riscos para infecções.

Neuropatia – Atinge o funcionamento dos nervos periféricos, podendo afetar a sensibilidade e também os movimentos de algumas partes do corpo (mãos e pés, por exemplo). Pode ser causada por alguns medicamentos oncológicos. 

Objetivos do estudo (End point). Dentro da pesquisa clínica, é a resposta principal que o estudo está tentando responder ou descobrir. Na essência, é a meta do protocolo. 

Off label. Quando um medicamento é aprovado, determina-se que ele pode ser prescrito para certas doenças e em determinadas situações. O uso Off label acontece quando o médico indica tomar esse medicamento para um outro uso, ou seja, para uma situação que não está descrita na bula.

Pesquisa Clínica. É qualquer pesquisa realizada com seres humanos voluntários, sadios ou com alguma condição de saúde para analisar como novas medicações ou protocolos de tratamento agem e quais são seus efeitos no corpo.

Placebo. Um comprimido, uma cápsula ou injeção que se parece com a medicação ou substância que está sendo testada, mas não contém a medicação/o princípio ativo, ou seja, não tem atividade terapêutica. 

Prognóstico. É uma tentativa de prever como uma doença irá evoluir. Então, o prognóstico do câncer é uma estimativa de como o tumor irá se comportar, como responderá ao tratamento e o tempo de sobrevida do paciente.

Protocolo. É um esquema detalhado de tratamento baseado em diretrizes aceitas por especialistas. Também pode se referir a um ensaio clínico, nesse caso, descreve quem é elegível, que dados serão coletados e os objetivos do estudo.

PSA. Uma enzima (glicoproteína) com algumas características de marcador tumoral, sendo utilizada para diagnóstico, monitoração e controle da evolução do câncer de próstata.

Punção aspirativa por agulha fina (PAAF). Consiste na retirada de uma amostra de células do tecido ou de líquido para análise sob um microscópio.

Plaquetopenia. Quando o número de plaquetas está abaixo do normal, podendo causar sangramentos. 

Randomização. É o processo que sorteia aleatoriamente em que grupo de pesquisa cada paciente vai estar. A randomização minimiza as diferenças entre os grupos e distribui pessoas com características particulares entre todos os braços do estudo.

Recidiva. Algo que está acontecendo novamente. Diz-se que o paciente teve uma recidiva quando a doença reaparece. Ela pode acontecer pouco ou muito tempo depois do fim do tratamento do primeiro tumor e faz com que a equipe médica tenha um novo olhar sobre a doença e tratamento. Também é chamada de “recaída”.

Refratária. É uma doença que não responde ao tratamento padrão. 

Regressão. Diminuição no tamanho do tumor ou da extensão da doença no corpo.

Remissão. Acontece quando, depois do tratamento, não é mais possível detectar células doentes por meio de exames. Ela pode ser temporária ou permanente.

Remissão completa. Não há presença de sintomas ou sinais que indiquem a presença do câncer. Isso nem sempre significa que a doença foi curada. Também chamada de “Resposta completa”.

Remissão parcial. Boa parte dos sintomas do câncer desapareceram, mas alguns ainda permanecem. Isso indica que as chances de recorrência são maiores quando a situação é parcial e menores em caso de remissão completa. Também chamada de “resposta parcial”.

Sobrevida global. Período durante o qual um paciente permanece vivo após o diagnóstico da doença ou início do tratamento. 

Sobrevida livre de doença. Período em que não se detectam sinais nem sintomas da doença após um tratamento curativo.

Sobrevida livre de progressão. Período após um tratamento que não conseguiu eliminar a doença durante o qual o câncer permanece estável, não progride.

Sobrevida livre de eventos. Período de tempo após um tratamento durante o qual o paciente permanece sem apresentar complicações e eventos que a terapia almejava evitar. Entre os eventos estão, por exemplo, recidivas e dores ósseas por metástases.

Taxa de Sobrevida. Indica a porcentagem de pacientes que, dentro de um estudo, estão vivos em um determinado período de tempo após o diagnóstico ou início do tratamento. Muitas vezes o período de cinco anos é usado como padrão. Por exemplo, uma taxa de sobrevida global de 50% em cinco anos significa que metade dos pacientes daquele grupo estavam vivos cinco anos após o diagnóstico ou início do tratamento.

Tempo de progressão. Medida do tempo após o diagnóstico ou tratamento até que a doença evolua. 

Tratamento de 1ª linha. O primeiro tratamento de uma condição ou doença. 

Tratamento de 2ª linha. Tratamento que é dado quando o tratamento inicial (tratamento de primeira linha) não funciona ou para de funcionar.

Tratamento de 3ª linha.  É usado quando tanto o tratamento inicial (tratamento de primeira linha) quanto o tratamento posterior (terapia de segunda linha) não funcionam ou param de funcionar.

Tratamento padrão. É o tratamento estabelecido como mais eficaz, até então, para um determinado caso.

Uso compassivo. É um procedimento que possibilita a disponibilização de medicações experimentais, ainda em processo de aprovação pelos órgãos regulatórios, para pacientes que já fizeram uso de todas as opções terapêuticas e não tiveram a resposta esperada. Frequentemente, a aprovação é realizada caso a caso.

Fontes:

• Centro de Combate ao Câncer
• Vencer o Câncer
• DANAMED
• Instituto Oncoguia