Estadiamento do linfoma determina o tratamento
Última atualização em 29 de julho de 2021
Essa medida mostra quão avançada a doença está e qual é a melhor forma de proceder
Em 15 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Conscientização sobre os Linfomas. Esse câncer acomete mais de 12 mil pessoas por ano no Brasil e diagnosticá-lo precocemente é fundamental! Por este motivo, a Abrale criou a campanha #SeToque, que objetiva levar informação sobre os principais sintomas da doença para toda a população.
Ao receber o diagnóstico de linfoma, o paciente precisa saber qual o tipo (Hodgkin ou não-Hodgkin) e o subtipo. Mas não só isso, também é preciso descobrir qual o estadiamento do linfoma! Essa informação é essencial para definir qual terapia será feita e até se realmente já é preciso iniciar o tratamento.
Sim! São muitas informações e muitas possibilidades do que pode acontecer, por isso, é extremamente importante entender cada conceito e etapa.
O que é estadiamento?
O estadiamento determina em qual fase uma doença está. No caso do câncer, o estadiamento mostra o quanto a doença já se espalhou pelo corpo e onde está localizada.
Quais são os estadiamentos do linfoma?
A Prof.ª Dra. Juliana Pereira, diretora do departamento de Hematologia do ICESP, explica que o estadiamento vai de um a quatro. Porém, para a nomenclatura, são utilizados os algarismos romanos, então pode ser estadio I, II, III ou IV. Sendo I o menos grave e o IV, o mais grave.
Dra. Juliana exemplifica que “se formos pensar em termos de quantidade de doença, no estadio I tem pouquíssima e no IV tem muita”.
Além dessa numeração, também pode ser colocada a letra “A” ou a letra “B”. Utiliza-se “A” quando o paciente não apresenta nenhum dos sintomas constitucionais, ou seja, febre, sudorese noturna e perda de peso. E “B” é para quando o paciente tem esses sintomas.
No estadiamento I, o paciente só tem uma cadeia de linfonodo comprometida, então apenas uma região do corpo está afetada. Pode ser a região cervical ou axilar.
Já no II, que é um pouco mais avançado, o paciente tem duas regiões do corpo comprometidas pelos linfonodos. Porém, essas duas regiões ficam no mesmo lado do diafragma, ou seja, só em cima ou só embaixo. Por exemplo, axilas e pescoço.
No estadiamento III, a pessoa tem comprometimento tanto na região acima quanto na região abaixo do diafragma. Dessa forma, a doença está mais espalhada. Por exemplo, pescoço e virilha.
E no estadio IV, o linfoma já infiltrou não só o tecido linfático, mas também algum outro órgão. Como estômago, fígado, rim ou sistema nervoso central (SNC).
“Podemos dizer que é um III A ou um III B, por exemplo. No III A ele tem linfoma acima e abaixo do diafragma, mas não tem sintomas. Já no III B ele também tem linfoma acima e abaixo, mas apresenta sintomas”, explica a médica.
No linfoma não-Hodgkin, ainda é possível classificar como “indolente” ou “agressivo”. Os indolentes apresentam crescimento lento, enquanto os agressivos se desenvolvem mais rapidamente.
Como é feito o estadiamento do linfoma?
Ele pode ser feito de algumas maneiras, mas primeiro é preciso fazer um exame clínico. O médico faz uma análise detalhada do paciente, avaliando a boca, a mama (no caso das mulheres) e o testículo (nos homens), se o baço está aumentado e se há alguma lesão na pele.
O segundo passo são os exames de imagem, que podem ser a tomografia computadorizada ou o PET CT. Enquanto a tomografia é recomendada para os linfomas mais agressivos, o PET CT é indicado para os indolentes. A partir desses exames, o radiologista informa para o hematologista quais locais apresentam linfonodos comprometidos e se o baço, fígado ou SNC foram afetados.
“Em alguns casos, além dos exames clínicos e dos de imagem, é preciso fazer uma biópsia da medula óssea. Ela permite que analisemos se a medula foi comprometida pelo linfoma ou não”, conta a Drª. Juliana. Entretanto, ela explica que esse procedimento só é utilizado nos pacientes que fizeram o estadiamento por meio da tomografia. Já quem fez o estadiamento com o PET CT, não precisa fazer a biópsia porque esse teste é mais sensível.
Nos linfomas não-Hodgkin, caso o paciente apresente algum sintoma relacionado ao SNC, também é indicado fazer ressonância do crânio. Além também de fazer uma punção lombar para ver se o líquor não está afetado com linfoma.
Qual tratamento é mais indicado para cada estadiamento do linfoma?
Nessa parte que as coisas começam a ficar complexas, pois, como sabemos, são vários os subtipos de linfomas. Dessa forma, precisamos separá-los para entender qual o melhor tratamento e quais linfomas irã precisar, de fato, tratar.
Começando pelo LHN, vamos separar os indolentes e os agressivos.
A Dra. Juliana afirma que se o paciente for diagnosticado com LNH indolente estadiamento 3 ou 4 (mais avançado), mas não apresentar sintomas, ele não precisa ser tratado!
Entretanto, se a doença for sintomática, o tratamento mais indicado é a imunoterapia (Brentuximabe) associada a poliquimioterapia nos linfomas de células B. Já nos de célula T, é administrada apenas a poliquimioterapia CHOP.
No caso dos LNH agressivos, independente do estadiamento, o tratamento é feito com poliquimioterapia sistêmica associada ao Brentuximabe. “Depois da quimioterapia, se sobrar um pouquinho daquela lesão, encaminhamos para o radioterapeuta”, pondera Dra. Juliana.
Já no LH, independente do estadiamento, também é feita a poliquimioterapia, mas com ABVD.
É possível curar um linfoma em qualquer um dos estadiamentos?
Provavelmente sim! Mas aqui, de novo, é preciso separar os linfomas em indolentes e agressivos.
O indolente, independente do estadio, é incurável, mas calma, não é o fim do mundo! O tratamento, mesmo após uma recidiva, é possível.
“Com o tratamento após a revidiva, as chances são grandes do paciente ficar novamente sem o linfoma por mais algum tempo. Mas o comportamento deste tipo de linfoma é exatamente esse. Tratamos, ele fica um tempo sem doença, mas acaba voltando. Então chamamos de incurável”, diz a especialista.
Já os agressivos são extremamente curáveis, mesmo em estadio avançado!
Como descobrir o linfoma em estadiamento inicial?
A Drª Juliana alerta para os sintomas do linfoma, em especia os linfonodos inchados. “Se uma ‘íngua’ persiste por mais de 4 semanas, cresce ou aparece novas, e estas não estão associadas a uma infecção, é preciso ir rapidamente ao médico!”
Outro ponto que ela ressalta é a demora para conseguir marcar uma consulta na saúde pública. Além também da dificuldade que os médicos têm para reconhecer os sintomas do linfoma e a demora para sair o resultado da biópsia. Isso tudo retarda muito o diagnóstico da doença e o início do tratamento, prejudicando o paciente.
“Então, o paciente tem que ficar alerta para esses sintomas para procurar um médico. E o médico tem que estar atento, desconfiar do linfoma e indicar uma biópsia”, finaliza a Drª. Juliana.
é oque esta acontecendo comigo medicos p me atender sem menor experiencia não fazem nenhum exame fisico fingem que nao estão escultando minhas queixas fingem que nao vê linfonodos e lesoes .aparentemente minha situação parece indolente mas com sintomas .eu sofrendo nenhum tratamento para micoses fungos e infecção por senuzite intestinal e de pele tem resposta .so piora porque sus poe alunos sozinhos sem professor p dar apenas tratamentos paliativos para sintomas que sugerem infecções .
Olá, Maria, tudo bem?
Peço para que você entre em contato com o Apoio ao Paciente da Abrale para que a gente veja como podemos te ajudar, por favor!
Nossos telefones são (11) 3149-5190 ou 0800-773-9973.
Abraços!
só posso por wifi ligue pra mim 119 56940088.e e isso que acontece ja fiz exames poucas alterações tenho cisto defigado tipoIVa dilatação dutos tomo torax um monte de linfonodo inespecifico maior 1cm pescoço tem dos dois lados um pequenona clavicula coceira corpo mesmo com apenas agua so posso comer a base de cortisol lesoes pele sudorase sem febre alta sem emagrecimento ou anemia hemogramas globulosbranco sempre alto saguimentado leucocitos linfocitos limites maximo a 1 ano histoquimico inconclusivapode mais estudo sinto que somente biopsia vai dizer se tenhoou nao algum tipo de linfoma ou llc pior que o cancer e nao morrer nem ficar boa pensando que se investigado direito teria chances de voltar a viver
telefone certo é 11956940058 .outro esta errado me ligue me ajude
preciso biópsia linfonodos pele e figado me ajude
Sou aldineia meu marido está com linfoma hodgkin e já deve ter uns 5 anos agora que descobriu será que o tratamento dele vai por quanto tempo?
Olá, Aldineia, como vai?
O tempo de tratamento depende muito do subtipo do linfoma, como o seu marido responderá ao tratamento e outros fatores.
Estamos encaminhando o seu contato para o Apoio ao Paciente da Abrale, somos uma associação que auxilia pacientes com alguns tipos de cânceres, como os linfomas, para que a gente possa conversar melhor e esclarecer suas dúvidas! Dentro de alguns dias a senhora receberá uma mensagem nossa no e-mail que a senhora indicou quando fez o comentário, fique atenta!
Abraços!
Como faço pra entrar em contato com vocês?
Olá, Regina, como vai?
A senhora pode entrar em contato conosco por meio dos nossos telefones 11 3149-5190 | 0800-773-9973, WhatsApp (11) 31495190, formulário disponível neste link ou e-mail [email protected]!
Estamos à disposição para o que a senhora precisar!
Ficamos no aguardo do seu contato,
Abraços!
finalmente estou investigando no hospital medica pediu muitos exames incluindo pet ct eu gostaria de saber se pet cet se existir lnh ele mostra
Se tenho as inguas no pescoço, qual a especialidade de médico mais adequado pra me consultar?
Armando, se as ínguas são indolores, acompanhadas de outros sintomas, com febre, suor noturno, sugiro que procure por um hematologista. Se forem somente as ínguas, e doloridas, converse com um médico clínico geral.
Minha mãe descobriu um linfoma gástrico de grande células B. Pergunta: um linfoma gástrico é automaticamente considerado estádio IV? Ela ainda não fez o PET. Mas vamos supor que não tenha acometimento além do estômago( na tomografia mostrou espessamento parietal do estômago e linfonodos de 1cm em volta do estômago. Nada mais além disso).
Pergunto isso pois o linfoma gástrico é extranodal.
Olá, Joacir, como vai?
Existe um tipo de linfoma que acontece no estômago, que o é linfoma MATL gástrico. Nesse caso, não seria considerado metástase, justamente porque o estômago é o primeiro local que é acometido. O senhor sabe se esse seria o caso? Ou foi diagnosticado que ela está com algum outro tipo de linfoma? Mas, o ideal é realmente realizar os exames e esperar os resultados, para poder fechar o quadro certinho!
Linfoma MALT: o que é, sintomas e tratamentos
O senhor já conhece o trabalho da Abrale? Nós somos uma ONG que auxilia pacientes com algumas doenças hematológicas, como o linfoma, por meio de diversos serviços gratuitos! Caso tenha interesse em conhecer mais sobre nós e queira estar mais próximo para que possamos esclarecer qualquer dúvida que você tenha ou oferecer alguma ajuda que precisar, nossa equipe de Apoio ao Paciente está à disposição! Basta enviar uma mensagem para o nosso WhatsApp 11 3149-5190 (ou clique no link) para que possamos fazer o seu cadastro! Só pedimos para que, no primeiro momento, não envie áudio para que nosso sistema possa entender a sua demanda e encaminhar para o departamento correto.?
Você também pode entrar em contato conosco por estes canais:
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Abraços
Não é linfoma MALT. No caso dela é linfoma não hodgking difuso de grandes células B.
Entendi!
Como deram o diagnóstico como “linfoma gástrico”, dá a entender que ele se desenvolveu na região do estômago mesmo, então não, necessariamente, é uma metástase. É preciso esperar o resultado do PET certinho para que o(a) médico(a) possa explicar essa questão do estadiamento!
De qualquer forma, a equipe de Abrale está à disposição para auxiliar o senhor e a paciente no que for preciso! Só ligar ou mandar mensagem naqueles números que eu indiquei ?
Abraços!