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COVID 19. O dia seguinte

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Última atualização em 29 de julho de 2021

A pandemia de covid-19 pela qual estamos passando deve servir como uma forma de esquecermos as nossas diferenças e cancelar qualquer ato de ódio e raiva

Por Nelson Hamerschlak – Coordenador do Programa de Hematologia e Transplantes de Medula Óssea do Hospital Israelita Albert Einstein; Presidente da Sociedade Brasileira de Transplantes de Medula Óssea (SBTMO) e Professor livre docente pela Faculdade de Medicina da Universidade  de São paulo

Estamos passando por uma pandemia grave. Creio que nem em ficção científica dos livros do Robin Cook , médico e escritor, imaginaríamos a situação que vivemos hoje. Somente  Bill Gates, há 4 anos, previu que mais que uma Terceira Guerra mundial, um vírus que se transmitisse por saliva e fosse grave poderia gerar uma comoção como esta que estamos vivendo. Não é à toa que o presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Papa Francisco pediram que o mundo esquecesse suas diferenças e interrompesse toda e qualquer ação bélica. Hoje temos um inimigo comum. 

O Covid 19 é altamente infectante. Rapidamente se espalha em uma população. Basta citarmos nosso País que pulou em 30 dias de 1 para 4000 casos. Tem uma taxa de letalidade baixa, mas se considerarmos em número absoluto, o número de óbitos diários é altamente significativo. Apesar de nossas vidas estarem de cabeça para baixo, temos que observar os cuidados de isolamento social, limpeza de superfícies, não cumprimentar nossos amigos com as mãos, abraços e beijos e lavar as mãos ou usar álcool gel. Sei que este assunto está mais que debatido em todas as mídias mas nunca é demais reafirmar. Isto é muito importante no momento atual. Outras orientações vão surgir com o passar do tempo.

Seguramente, quando testes em massa estiverem disponíveis tanto para o vírus como para seus anticorpos, cada vez mais pessoas doentes ou não, profissionais da saúde ou não serão testados e novas determinações vão surgir. Na minha prática diária estamos constantemente mudando, ampliando leitos, testando  pacientes e usando medicamentos experimentais em pesquisas clínicas nos pacientes graves e naqueles que necessitam de cuidados intensivos. A CONEP e a ANVISA, sensíveis ao momento, tem aprovado rapidamente as iniciativas científicas.

Sou hematologista e estou no olho do furacão diariamente.

Meus pacientes, na maioria, são grupos de risco por doenças oncológicas, transplantes de medula óssea e uso de imunossupressores. Temos procurado adaptar os tratamentos a cada situação, cancelando as terapias  que podem esperar e tomando todos os cuidados para aqueles que não podem adiar. Eu mesmo sou grupo de risco pela idade. Entretanto, neste momento faço questão de estar ao lado daqueles que sempre tratei e em mim confiam. Lógico, tomando todos os cuidados disponíveis.

Por outro lado, creio que algumas melhorias vieram  para ficar. Muitos pacientes antigos e novos que não dependem de exame físico tem se beneficiado de consultas por telemedicina. Reuniões científicas realizadas a distância com aplicativos funcionam muito bem. Enfim, notamos que sobra tempo desta forma para que tenhamos vida mais normal, com mais qualidade de tempo. Seria ótimo que isto permanecesse assim.

Tratamentos devem ser utilizados dentro de protocolos científicos. Temos visto que Ministério da Saúde, CONEP e ANVISA estão sensibilizados para agilizar aprovações.

Temos que sair desta. Não temos prazos. Os mais otimistas falam em julho/agosto. A união de todos é fundamental.

Mais importante ainda são as lições que precisamos tirar de tudo isto. Tenho certeza e realmente espero que todos saiamos desta melhores, unidos, com novos valores, esquecendo pequenas diferenças, com muito amor e ajuda ao próximo e sempre com objetivos nobres em busca de um futuro melhor para nossos netos. Somente desta forma o período que passamos será ultrapassado mas nunca esquecido.

 

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6 Comentários
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Muito boa a matéria. Clara.

Eu gostaria de saber quem tem leucopenia é uma doença hematologica corre risco para o Covid?

Portadores de Lmc estão no grupo de risco do corona vírus?

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