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Entenda as diferenças entre a LLA tipo B e a tipo T

LLA tipo B
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Última atualização em 5 de outubro de 2022

Os sintomas são semelhantes e o processo para diagnosticá-las é o mesmo, porém cada uma responde aos tratamentos de formas diferentes

Escrito por: Natália Mancini

A leucemia linfoide aguda (LLA) é dividida de acordo com a linhagem das células nas quais a doença se desenvolve: células T ou células B. Sendo assim, temos a LLA tipo B e a LLA tipo T. É muito importante identificar qual o subtipo da doença, porque as estratégias de terapia são diferentes para cada uma. Mas ambas são tratáveis e, até mesmo, curáveis, se diagnosticadas precocemente e tratadas corretamente.

O que é LLA tipo B e a LLA tipo T?

As leucemias são um grupo de cânceres que acontecem nas células sanguíneas, que sofrem mutações genéticas e passam a ter características malignas. Chamamos de LLA-B quando essas mutações acontecem em células linfoides imaturas de linhagem B. Por outro lado, chamamos de LLA-T quando ocorrem em células linfoides imaturas de linhagem T.

Célula linfoide

É importante lembrar que a leucemia linfoide aguda aparece mais frequentemente em crianças e jovens entre 0 e 19 anos.

“Na faixa etária pediátrica, cerca de 80% (8 em cada 10 diagnósticos) são leucemias de linhagem B. Essa relação é menor na adolescência quando, apesar das LLA-B terem ainda maior prevalência, são diagnosticadas mais leucemias de linhagem T do que quando comparadas às crianças escolares e lactentes”, o Dr. Carlos Eduardo Ramos Fernandes, oncologista do Hospital Sabará Infantil,  em parceria com o A.C.Camargo, diz.

Diagnóstico

O Dr. Fernandes conta que a identificação do subtipo da LLA pode ser feita por meio de uma avaliação microscópica óptica (morfologia), complementada pelo exame de imunofenotipagem por citometria de fluxo.

Comparação de um sangue saudável e o hemograma de uma pessoa com leucemia

“Este aparato permite promover reações para identificar antígenos característicos de cada célula, como um RG ou CPF de cada tipo de célula, para diferenciá-las. Quando ainda persistir dúvidas, alterações genéticas na célula leucêmica podem ser avaliadas para definir o diagnóstico”, ele explica.

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Sintomas

Os sinais e sintomas costumam ser os mesmos, independentemente da linhagem das células. Os principais são:

  • Febre
  • Palidez
  • Sangramento
  • Alterações no hemograma
  • Aumento dos linfonodos 
  • Dor óssea
Diagnóstico de LLA tipo T

De acordo com o Dr. Fernandes, há algumas manifestações que podem acontecer em ambos os subtipos de LLA, mas aparecem mais frequentemente nas leucemias de linhagem T, como infiltração no líquor e pares cranianos, ocasionando dores de cabeça ou paralisia facial. Ele também pontua que pode acontecer uma formação de conglomerado de linfonodos (gânglios) no tórax, provocando um alargamento de mediastino, podendo trazer desconforto respiratório, sobretudo ao se deitar.

Tratamentos para leucemia linfoide aguda

O onco-hematologista salienta que a estratégia terapêutica varia de acordo com o subtipo da LLA. De acordo com ele, isso acontece porque cada uma responde ao tratamento de uma forma diferente. As principais e mais comuns opções terapêuticas são a quimioterapia, imunoterapia e o transplante de medula óssea.

Tratamentos para leucemia linfoide aguda

“Há mais de meio século vem sendo empregada a quimioterapia como a base terapêutica, com diversos protocolos aplicados e validados pelo mundo”, o médico fala. Geralmente, o protocolo de tratamento para LLA segue algumas etapas: indução, consolidação, reindução e manutenção.

Já em relação à radioterapia, o Dr. Fernandes esclarece que ela tem sido cada vez menos utilizada para esses pacientes. “Mas ainda parece necessária em situações como tratamento ou prevenção para casos de maior risco de recaída no sistema nervoso central, ou tratamento de cloromas (infiltração de órgãos por células da leucemia).”

Por outro lado, a imunoterapia, mais especificamente o anticorpo monoclonal, como o Blinatumomab, age diretamente no sistema imunológico e é administrada em pacientes que não responderam à quimioterapia ou cuja LLA recidivou. 

Além disso, essa terapia atua como “uma ponte para o transplante de células-tronco hematopoiéticas (transplante de medula óssea), permitindo curar muitos pacientes que antes não tinham alternativas à quimioterapia”, ele afirma.

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Tratamento para LLA tipo B

O Dr. Fernandes pontua que um grande avanço da imunoterapia, aprovado recentemente no Brasil, é a CAR-T Cell. “Trata-se de células de defesa do organismo, que são extraídas do paciente e moldadas em laboratório para combaterem seu próprio tumor.”

CAR-T cell para lla tipo B

Até o momento, essa terapia foi aprovada para LLA tipo B refratária ou após duas linhas de tratamento,  com a recidiva da doença, quando as células expressam o antígeno CD19 em pacientes menores de 25 anos.

Tratamento para LLA tipo T

O médico comenta que a terapia para esse subtipo costuma ser mais intensa, pois ele tem uma maior taxa de refratariedade à quimioterapia, bem como maior número de recidivas. 

Isso acontece por alguns motivos. O primeiro, é porque as mutações genéticas que geram a doença podem fazer com que as células doentes sejam mais resistentes. 

Pessoa sentada em uma cadeira fazendo quimioterapia para tratar uma leucemia linfoide aguda

Em segundo, os pacientes com idade mais avançada tendem a ter uma menor tolerância à quimioterapia e aos efeitos colaterais que ela pode causar. Por isso, é preciso fazer alguns ajustes no tratamento para que ele possa trazer mais benefícios que efeitos adversos. 

Entretanto, atualmente, como mencionado anteriormente, há diversas opções terapêuticas para controlar a doença e alcançar a remissão.


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6 Comentários
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Meu esposo tem LLA tipo T então foi muito bom ler sobre isso.

EU tô no primeiro mês e queria ter uma luz sobre esse tipo de LLA tipoT como que estão avançando mais do que todo ter alguém com quem conversar sobre a doença… 67998202543 meu Whatsapp. Obrigado desde já..

Olá sou Sueli Neves, Consultora Higienista. Tenho uma empresa de Higienização de estofados e tapetes e atualmente incluímos no processo de limpeza a Desacarização. Fomos procurados por uma cliente para realizarmos a desacarização no sofá, local onde seu filho passa a maior parte do tempo. Ele está com a LLA tipo B, diagnosticado há dez meses. Como a criança apresentava reações alérgicas quando sentava no sofá, fizemos o procedimento seguido da limpeza estética, o resultado foi incrível.
Gostaria de mais informações sobre a importância de um ambiente limpo e higienizado Corretamente no caso de crianças com imunidade comprometida.. Obrigada pelas informações

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