Principais exames de imagem para linfoma

Última atualização em 6 de dezembro de 2023
Exames de imagem podem auxiliar no diagnóstico e acompanhamento do linfoma, mas a biópsia é indispensável para confirmar esse câncer
Os principais exames de imagem para linfoma são o PET-Scan, o ultrassom e a tomografia, porém nenhum deles atua diretamente no diagnóstico. Eles têm o papel de levantar suspeitas e, em alguns casos, determinar o estadiamento e realizar o acompanhamento do tratamento. O aumento dos linfonodos é a alteração identificada com maior frequência por meio desses testes.
De acordo com o Dr. Vinícius Araújo Soares, hematologista do Hospital Santa Paula, os exames de imagem não são utilizados para fechar o diagnóstico de linfoma. Na verdade, eles têm papel de identificar alguma alteração e levantar a suspeita que a pessoa pode estar com esse tipo de câncer.
“O diagnóstico de linfoma é dado com biópsia do tecido acometido”, o Dr. Soares afirma.
Os principais exames de imagem para ajudar no diagnóstico, estadiamento ou acompanhamento do linfoma são:
Ultrassom
Esse é um dos exames de imagem mais utilizados na Medicina e é considerado não invasivo. Ele funciona por meio da emissão e captação de ondas sonoras em contato com o corpo humano, permitindo visualizar as movimentações das estruturas internas, órgãos e tecidos do paciente.

O Dr. Soares explica que o ultrassom pode ser “utilizado para avaliar aumento de gânglios (adenomegalias) em regiões mais superficiais como pescoço, axilas e inguinal (virilha)”. Ele descreve que o achado mais comum, que pode estar ligado ao linfoma, é o aumento dos linfonodos.
Entretanto, é importante saber que esse aumento pode acontecer por diversos motivos e, na maioria das vezes, eles são benignos. Então, o resultado e o laudo devem ser avaliados pelo médico para saber se eles são suspeitos, ou não, e se é preciso investigar mais.
Havendo suspeita, o médico pode solicitar uma biópsia de linfonodo a fim de obter mais informações sobre as células e tecidos que estão ali presentes.
Tomografia computadorizada
Esse é um procedimento no qual combina-se o uso de raio-x com computadores especialmente adaptados, gerando imagens de alta qualidade dos órgãos e tecidos do corpo humano.
A tomografia computadorizada também permite avaliar o aumento de gânglios, mas ela ainda possibilita analisar outros órgãos acometidos, além de oferecer imagens de regiões mais internas, como tórax e abdômen.

“Os achados costumam ser aumento dos gânglios ou acometimento de outros órgãos como fígado, baço, pulmão e ossos, e os achados característicos são lesões nodulares focais ou aumento dos órgãos”, o Dr. Soares detalha.
Ressonância magnética
Esta é uma técnica que faz uso de campos magnéticos e ondas de radiofrequência para produzir imagens com alto grau de detalhe e em 3D. O paciente pode, ou não, receber contraste para realização do exame. Diferentemente da tomografia, não se utiliza raio-x.

No caso do linfoma, a ressonância magnética pode ser solicitada caso haja suspeita de o câncer ter acometido o sistema nervoso central (cérebro e/ou medula espinhal).
PET-Scan ou PET-CT
Esse exame é uma combinação da Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) com a tomografia computadorizada (CT). Para o linfoma, o exame é feito com o uso de um radiofármaco baseado na glicose, chamado de fluordesoxiglicose (FDG). Sua grande vantagem é que ele tem a capacidade de detectar alterações de atividade celular antes mesmo de acontecerem mudanças na forma ou estrutura nos órgãos e tecidos.

“O PET-CT é utilizado após o diagnóstico do linfoma para avaliar o estadiamento clínico, ou seja, ver a extensão de acometimento da doença no corpo. Inclusive se houve acometimento da medula óssea”, o médico informa.
Além de fornecer as mesmas imagens que uma tomografia tradicional oferece, ele também indica o grau de aumento de metabolismo (hipermetabolismo) da lesão, que indica o quanto as células de câncer captam o FDG.
Este exame ainda tem um importante papel no acompanhamento durante e após o tratamento, para verificar como o paciente está reagindo à terapia.
“A frequência de realização depende do tipo de linfoma. Em alguns casos, o PET-Scan é realizado após o segundo ciclo, já em outros, após o quarto ciclo. Na maioria das vezes, há necessidade de fazer o exame após o término do tratamento”, o Dr. Vinícius Araújo Soares diz.
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