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Por que o mielograma é pouco usado para o linfoma?

Mielograma no osso da bacia para linfoma
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Última atualização em 30 de agosto de 2023

Descubra por que pouco se usa esse exame para o diagnóstico e acompanhamento do linfoma e quais são as alternativas mais eficazes

Atualmente, o mielograma é usado apenas em algumas situações raras e muito específicas para pacientes com linfoma. Isso acontece porque, com o avanço da Medicina, foram desenvolvidos outros testes que são menos invasivos e que permitem realizar tanto o diagnóstico, quanto o acompanhamento do tratamento, com uma boa assertividade.

O mielograma, também conhecido como punção aspirativa da medula óssea, é um exame utilizado para avaliar o funcionamento da medula óssea, ou seja, para analisar se a medula está produzindo as células sanguíneas de maneira saudável.

Esse teste é realizado da seguinte forma:

  1. O paciente recebe uma anestesia local, na região onde será feito o mielograma
  2. Faz-se uma punção da medula óssea (como a medula se encontra dentro de alguns ossos, utiliza-se uma agulha específica para alcançar a parte interna do osso)
  3. O material coletado vai para análise em um laboratório.

O mais comum é que a punção seja feita no osso esterno (tórax), crista ilíaca (bacia) ou, no caso de crianças, na tíbia.

Mielograma para linfoma

Diagnóstico

O Dr. Guilherme Perini, médico Hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein, fala que o mielograma não é utilizado com frequência para o diagnóstico de linfoma, mas que pode ser feito para alguns tipos específicos desse câncer, como é o caso do linfoma de zona marginal esplênico. 

Entretanto, o método mais realizado para identificar essa doença é a biópsia de algum linfonodo comprometido. 

Mielograma para linfoma

“O mielograma é mais utilizado como forma de determinar o estadiamento, para avaliar envolvimento da medula óssea”, o Dr. Perini explica. Isto é, o teste irá mostrar se a doença está atingindo a medula óssea, ou não.

O médico complementa que, quando há o envolvimento da medula, o resultado tanto desse teste, quanto do exame de imunofenotipagem, demonstra a presença de uma população de linfócitos com fenótipo anômalo.

 Porém, o Dr. Perini ressalta que “existe uma tendência atual de se abandonar os estudos de medula em pacientes que fazem PET-CT no estadiamento. Isso acontece especialmente naqueles linfomas que aparecem bastante no PET, como o linfoma de Hodgkin e os linfomas agressivos.”

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Tratamento 

Raramente, o mielograma é feito para avaliar a resposta do paciente ao tratamento. Novamente, aqui, o PET-CT, ou PET Scan, é mais utilizado, por ser um método que permite uma avaliação bastante precisa. 

“Em alguns tipos de doenças linfoides, o médico pode pedir o ‘mielo’ para ver se consegue detectar algo residual na medula óssea, o que chamamos de doença residual mensurável (DRM)”, o Dr. Guilherme Perini esclarece.

Mielograma para linfoma

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