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Com qual frequência devo fazer meu exame PCR?

Exame PCR para leucemia
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Última atualização em 3 de novembro de 2022

Apesar dessa técnica ter ficado mundialmente conhecida por conta da COVID-19, ela já era parte fundamental da rotina dos pacientes de leucemia mieloide crônica

* Conteúdo atualizado em 03/11/2022

O exame PCR quantitativo é utilizado para complementar o diagnóstico e para acompanhar o tratamento da leucemia mieloide crônica (LMC). Essa é, na verdade, uma técnica chamada “Reação em Cadeia da Polimerase” (PCR é abreviação), que permite detectar e medir a quantidade de genes BCR-ABL na amostra de sangue ou de medula óssea. É fundamental que o paciente realize esse teste com frequência, mas o acesso a ele, nem sempre, é o adequado.

Há dois tipos de exame PCR: o quantitativo e o qualitativo. O PCR qualitativo tem a função de identificar se há a presença, ou não, de determinada alteração no DNA das células. Esse formato é o que tem sido bastante utilizado para os testes de diagnóstico da COVID-19

Por outro lado, o PCR quantitativo indica a quantidade de células alteradas presentes no corpo. Isto é, o objetivo do PCR na LMC é mostrar se há muitas ou poucas células doentes no paciente. 

Apesar de ser bastante utilizada para o monitoramento de pacientes com leucemia mieloide crônica, por conta do cromossomo Philadelphia, a técnica também pode ser aplicada para:

PCR para leucemia mieloide crônica

O Dr. Cláudio Galvão de Castro Jr., hematologista e oncologista pediátrico da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, afirma que o PCR quantitativo foi estabelecido mundialmente como o método mais adequado para fazer o acompanhamento da resposta do paciente ao tratamento da LMC.

“É preciso realizar o exame a cada três meses, pois se houver perda de resposta, ou seja, se o medicamento atual em uso estiver perdendo o efeito, é possível agir preventivamente trocando o medicamento”, explica.

Frequência do PCR para leucemia mieloide cronica

Se a avaliação não for feita dentro desse intervalo, há o perigo da leucemia progredir. Dessa forma, a equipe médica possivelmente perderá o momento mais adequado para trocar o inibidor de tirosina-quinase de maneira preventiva. 

“Com a doença acelerando, fica mais difícil controlar os resultados”, o Dr. Castro alerta. 

Ele ainda lembra que o prazo de três meses deve ser seguido pelos pacientes que ainda não estão com a doença controlada e/ou resposta molecular maior e por aqueles que estão. Já para aqueles que estão com a doença controlada, o especialista responsável por acompanhar o tratamento pode indicar um intervalo entre os exames.

Leia também:

Acesso ao exame PCR no Brasil

O exame está disponível no Sistema Único de Saúde para pessoas com LMC e LLA Ph+. Entretanto, não é incomum os pacientes brasileiros terem dificuldade para realizar o exame na frequência adequada.

O hematologista aponta que, apesar da experiência variar de região para região, tanto  pessoas que fazem o tratamento na rede pública, quanto os que fazem pelo SUS podem sofrer com o acesso irregular. 

Mulher procurando por algo

“É muito importante seguir as recomendações de tratamento, porque o custo financeiro e em termos de vidas perdidas é muito grande com um seguimento inadequado”, o Dr. Cláudio Galvão de Castro Jr. conclui.


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Mesmo tendo plano de saúde, é complicado para liberar o exame. Sempre vai para análise, pode demorar semanas para ser liberado.

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