Câncer inguinal: o que é, sintomas e tratamentos
Última atualização em 12 de junho de 2024
O tratamento varia de acordo com o tipo de câncer que atinge a região, podendo incluir quimioterapia, radioterapia ou cirurgia oncológica
No dia 26 de abril, a notícia da morte do vocalista do Grupo Molejo, Anderson Leonardo, surpreendeu a todos. Em 2022, o músico revelou que havia sido diagnosticado com um câncer inguinal e, desde então, diversas dúvidas surgiram sobre a doença, como ela se desenvolve, tratamento e afins. Mas, na verdade, o termo “câncer inguinal” está relacionado ao local onde o tumor aparece, que é na virilha, e não diz respeito a um tipo específico de neoplasia maligna.
O que é o câncer inguinal?
O termo “inguinal” se refere à região popularmente conhecida como “virilha”, ou seja, é uma definição anatômica. Dessa forma, um câncer inguinal é todo câncer que se desenvolve nesta região do corpo. É importante saber que o tumor pode se originar nesse local ou ainda pode tratar-se de uma metástase de um tumor que começou em outra parte do organismo.
“Não existe uma entidade chamada ‘câncer inguinal’. Na verdade, a região inguinal é uma definição anatômica, ela ocupa ali a parte popularmente conhecida como ‘virilha’, que contém algumas estruturas importantes, principalmente festes fibróticos, pele, tendões e linfonodos. Sendo que os linfonodos são as estruturas mais frequentemente acometidas pelos tumores nesta região”, o Dr. Denis Jardim, oncologista clínico e membro do Comitê de Tumores Geniturinários da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica), explica.
Quando o câncer na região inguinal diz respeito a metástase de outros tumores, há algumas neoplasias que têm maior tendência a se espalhar para essa área. Dentre elas estão o câncer pélvico, câncer de bexiga, tumores da região genital (tanto masculina, como o câncer de pênis, quanto feminina, como o câncer de colo de útero) e cânceres da região baixa do aparelho digestivo (como cólon, reto ou do canal anal).
Já quando a doença se desenvolve na própria região da virilha, o mais comum é que seja um linfoma. Porém, também pode se tratar de um carcinoma basocelular, um melanoma ou, mais raramente, sarcomas que acometem o tecido conjuntivo, fibras musculares ou nervos.
Lipoma pode virar câncer? Há relação com linfoma?
É importante entender as diferenças entre o lipoma, que, normalmente, não se torna maligno, e os sinais do linfoma. Isso…
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Sintomas do câncer inguinal
A principal manifestação que as pessoas percebem é o aparecimento de uma “íngua” ou caroço na virilha, que se desenvolvem, na verdade, por conta dos linfonodos estarem aumentados ou devido a nódulos na região.
O Dr. Denis ainda comenta que, para algumas pessoas, esses nódulos podem ser doloridos, gerando dor na virilha. Além disso, ele também diz que “em alguns casos, esse nódulo pode erodir para a pele e gerar sangramentos e infecções secundárias.”
Vale saber que, no caso de ser um linfoma, outros sintomas que podem aparecer são:
- Suor noturno
- Febre
- Os linfonodos aumentados também podem manifestar-se em outros locais, por exemplo como caroços no pescoço ou axilas
- Coceira
- Perda de peso sem motivo aparente e
- Aumento do baço
Diagnóstico
É indispensável que seja feita uma biópsia do nódulo, para que um patologista possa avaliar as características das células presentes e identificar se elas pertencem a algum tipo de câncer e qual seria.
“Como é uma região de relativo fácil acesso por estar próximo da pele, na região da virilha, normalmente, o que se faz é a extração de um pedaço da lesão ou, dependendo da lesão, da lesão completa”, o especialista descreve.
Punção ou biópsia de linfonodo: qual o melhor para diagnóstico de linfoma?
A realização do exame mais apropriado e ter um especialista para fazer a análise do material coletado são pontos fundamentais…
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Tratamento para câncer inguinal
A terapia indicada depende do tipo de câncer que está afetando a região da virilha. Mas, pode incluir quimioterapia, radioterapia ou cirurgia oncológica e esses tratamentos podem ser realizados em conjunto ou de forma isolada.
O Dr. Denis exemplifica que no caso do tratamento para linfoma, costuma-se utilizar a quimioterapia. Já no caso de cânceres metastáticos, a cirurgia pode ser um pilar principal para o tratamento, mas ela, provavelmente, será realizada em conjunto com uma outra terapia.
Na doença autoimune, o seu corpo fica contra você
Parece ficção, mas não é: neste tipo de doença, o organismo briga com ele mesmo
Estado de saúde do Anderson Leonardo
O vocalista da banda Molejo recebeu o diagnóstico de câncer em 2022 e relatou que se tratava de um câncer inguinal. Porém, ainda não se sabe ao certo qual é o tipo de câncer que ele tem na região da virilha – e se a neoplasia se originou nesta localização.
Em janeiro de 2023, ele compartilhou que a doença havia entrado em remissão, porém em maio do mesmo ano, ela retornou e Anderson precisou retomar o tratamento. Já em março de 2024, o vocalista foi internado devido ao tratamento do seu câncer e, segundo o boletim médico, ele foi transferido para a unidade de terapia intensiva em decorrência de quadro de insuficiência renal.
Na manhã do dia 26 de abril, a equipe do Grupo Molejo confirmou a notícia que Anderson havia falecido. A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia manda suas condolências aos amigos, familiares e fãs do cantor.
Tive linfoma não hodkgin na bacia no lado direito. Fiz 6 sessões de quimioterapia e a médica mandou parar. Agora tenho uma dor na virilha. Vou fazer o Pet Ct de rotina mas achando que poderia ter sido cedo para parar a quimioterapia.
Sinto dores na virilha do lado esquerdo, tipo uma queimação, não é dia todo, mas todos os dias incomoda muito. Fui diagnosticada com linfoma nao Hodgkin em 2021, estava por toda região abdominal e virilha, estou prestes a terminar as sessões de imunoterapia mês 06 deste ano Fico pensando será que voltou? Irei fazer em pet assim que terminar. Tenho receio se o câncer voltou.
Olá, Marionice, como vai?
Essas dores não, necessariamente, estão relacionadas com o linfoma, mas seria muito importante a senhor conversar com o seu médico sobre esse assunto, para que ele possa fazer uma avaliação e verificar se é necessário antecipar o PET.
A senhora conhece o trabalho da Abrale?
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Abraços!
Conheço sim o trabalho de vocês, e aprecio muito. Obrigada.
Estarei relatando para o meu médico essa situação.
Obrigada mesmo.