LLC recidivada e refratária: o que é e como tratar
Última atualização em 12 de março de 2024
Conheça as opções terapêuticas inovadoras para a leucemia linfocítica crônica que não responde ao tratamento de primeira linha
A leucemia linfocítica crônica (LLC) é um tipo de câncer do sangue que tem uma progressão lenta e parte dos pacientes não precisa de tratamento. Porém, quando o assunto é a LLC recidivada e refratária, os desafios tornam-se mais complexos. Vamos entender mais a fundo essa condição, suas características e as perspectivas terapêuticas.
O que é a leucemia linfoide crônica (LLC)
A LLC, também chamada de leucemia linfocítica crônica, se caracteriza por um desenvolvimento descontrolado dos linfócitos, por conta de um erro genético. Quando isso ocorre, estas células param de realizar suas funções de proteção.
Esta leucemia é considerada crônica porque a alteração genética provoca o crescimento desordenado de linfócitos B maduros. Essas células surgem e se multiplicam na medula óssea, mas na maioria dos casos não impede a produção das células normais. Ou seja, ao mesmo tempo em que há uma produção de células doentes, causando acúmulo na medula óssea, por outro lado o processo de fabricação e maturação das células saudáveis continua acontecendo.
A LLC é uma doença adquirida e não hereditária. Ainda não se sabe o motivo para o seu surgimento, mas, na maior parte dos casos, ela atinge pessoas com mais de 50 anos.
Glossário de Oncologia: entenda o que cada termo significa!
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Conhecendo a LLC recidivada e refratária
A LLC recidivada e refratária corresponde à volta da doença e à não resposta ao tratamento indicado. Isso porque, as palavras “recidivada” ou “recaída” significam que a doença voltou, mesmo depois do tratamento e pode acontecer por meses ou até mesmo anos sem sinais da doença. Já o termo “refratária” corresponde à ausência de resposta do paciente ao tratamento realizado.
“Esta leucemia é diferente dos demais subtipos porque nem todos os pacientes precisam ser tratados. Somente são tratados os pacientes em que a doença começa a causar algum prejuízo ao organismo, como anemia, perda de peso, gânglios (carocinhos, geralmente na região do pescoço, axila e virilha) ou baço muito grandes, dentre outros”, diz Dra. Danielle Leão, médica hematologista do Centro de Oncologia e Hematologia da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Quando a LLC retorna, ela pode apresentar um ou vários sintomas, que são: aumento dos linfócitos no sangue, presença de gânglios (carocinhos, geralmente na região do pescoço, axila e virilha); e presença de baço aumentado.
“Para detectar a recidiva da doença, o paciente deve passar por consulta médica e realizar alguns exames, que ajudam a definir o que precisa ser feito para tratar o paciente ”, explica a médica.
Tratamento para LLC recidivada e refratária
A boa notícia é que a LLC recidivada e refratária tem tratamento e com bons resultados.
Os inibidores da tirosina quinase de Bruton (BTK), por exemplo, estão nessa lista. A BTK é uma proteína que, normalmente, ajuda algumas células da leucemia linfocítica crônica a crescer e sobreviver. Então, medicamentos como o ibrutinibe bloqueiam a atividade desta proteína. Já o venetoclax tem como alvo a proteína BCL-2.
Outra opção de tratamento é a imunoterapia, quando medicamentos chamados de anticorpos monoclonais são utilizados para ajudar o próprio sistema imunológico do paciente a combater a LLC.
”Em geral, evitamos realizar quimioterapia em pacientes que recaíram, pois o tempo em que a doença se mantém sob controle é bem menor e há muita toxicidade. As inovações que estão chegando são medicamentos com diferentes mecanismos para matar as células doentes. Importante dizer, também, que é possível usar estes medicamentos em associação, para um melhor resultado”, comenta a Dra. Danielle.
Por que a leucemia linfoide crônica (LLC) pode causar dor?
Apesar de dores e câimbras serem sintomas comuns nos pacientes com esse tipo de câncer, elas devem ser avaliadas e…
Seu bem-estar importa!
Enfrentar a recidiva ou a não resposta ao tratamento da LLC pode ser complicado. Não só o físico sente, mas também as emoções podem ficar abaladas. Como vimos, os novos tratamentos apresentam resultados clínicos positivos nestes casos, mas o cuidado com a mente, por meio de suporte psicológico e de atividades que possibilitem qualidade de vida, também são indicadas durante a jornada terapêutica. O foco é o bem-estar do paciente, sempre!
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Olá tudo bom? Essa medicação é fornecida pelo SUS?
Olá, Alessandra, como vai?
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