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Quando adiar o tratamento para linfoma não-Hodgkin indolente

Homem preocupado por conta de tratamento para linfoma não-hodgkin
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Última atualização em 8 de junho de 2022

Iniciar a terapia o mais rápido possível é fundamental para a maior parte dos casos de câncer, mas, para esse tipo, esperar um pouco pode trazer uma melhor qualidade de vida

Em alguns casos, o tratamento para linfoma não-Hodgkin indolente não inclui o uso de medicamentos nem radioterapia. Isso acontece quando não há a presença de sintomas e se o médico e o paciente entenderem que é mais benéfico adiar o início da terapia. Apesar de não precisar utilizar nenhum remédio, a pessoa deve realizar consultas frequentes para acompanhar a evolução da doença.

O que é linfoma indolente?

Linfoma é um câncer que acontece no sistema linfático quando os linfócitos, células que são responsáveis por proteger o corpo contra vírus e bactérias, sofrem mutações genéticas, transformam-se em malignos, e passam a crescer de forma descontrolada. 

Dá-se o nome de linfoma indolente” quando a disseminação das células malignas ocorre de forma mais lenta. Ou seja, apesar de haver um descontrole na proliferação de células doentes, ele não é tão rápido, especialmente quando comparado aos linfomas agressivos.

Desenvolvimento do câncer

Quando não fazer o tratamento para LNH indolente

Nem todo linfoma indolente precisa de tratamento medicamentoso logo no momento do diagnóstico. As principais razões para isso acontecer é se o paciente estiver sem sintomas e ele e o médico entenderem que não iniciar a terapia é a melhor escolha.

Mulher preocupada em consulta médica

“A ideia é não expor desnecessariamente o paciente a tratamentos, já que estes linfomas tendem a ter baixa agressividade e podem ser observados. Esta estratégia é chamada, no inglês, de Watch and Wait (vigiar e esperar)”, o Dr. Guilherme Perini,  médico hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein, esclarece. 

Ele reforça que a opção de adiar o início do tratamento acontece, principalmente, se o paciente estiver sem sintomas. Mas, se a pessoa não se sentir confortável com essa estratégia, existe a possibilidade de não segui-la. 

“A decisão de tratamento é sempre compartilhada entre médico e paciente”, afirma.

Escolher essa estratégia não significa que a pessoa não terá que realizar nenhum tipo de acompanhamento. Pelo contrário! O Dr. Perini explica que é preciso manter um acompanhamento com o médico onco-hematologista para definir quais exames periódicos devem ser realizados.

De quanto em quanto tempo a pessoa deve fazer as avaliações e quais exames são necessários variam de acordo com o próprio indivíduo e as particularidades da doença. 

“O mais importante é a consulta médica, na qual o médico irá avaliar os sintomas, examinar o paciente e definir quais exames são necessários”, o doutor pontua.

É fundamental que o paciente faça as consultas frequentemente para que seja possível avaliar como estão os sintomas, ou seja, se estão mais intensos ou permanecem sem se manifestar, e se o linfoma está causando algum mal. Assim, é possível saber o momento exato e ideal para iniciar o tratamento.

Leia também:

Quando iniciar o tratamento do linfoma indolente

O tratamento para linfoma não-Hodgkin indolente deve ser iniciada no momento em que o paciente estiver com sintomas, ou quando o seu médico detectar que o linfoma pode causar algum mal ou desconforto.

De acordo com o especialista, mais de 50% das pessoas com esse tipo de câncer conseguem permanecer mais de três anos sem necessidade de tratamento. Além disso, uma porcentagem razoável pode ficar mais de 10 anos sem terapia. 

Sintomas de linfoma não-hodgkin
Sintomas de linfoma não-hodgkin

Quando houver a necessidade de iniciar a administração dos medicamentos, o Dr. Guilherme Perini conta que, atualmente, o objetivo é “tentar fazer com que o linfoma entre em remissão completa, pois sabemos que estas duram mais que remissões parciais.” 


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Fui diagnosticada com linfoma do manto não hodgkin,meu médico acha q não tenho sintomas p fazer quimioterapia, mas vivo nesse suspense e com medo da doença, o q devo fazer?

Dr. Guilherme Fleury Perini é autoridade no assunto. Tenho muito respeito e gratidão pelo trabalho dele. Em cinco meses de tratamento, meus exames acusaram resultados negativos para linfonodomegalias. Recomendo esse profissional médico.

Gostaria de saber mais informações sobre LINFOMA DE HODGKIN PREDOMINÂNCIA LINFOCÍTICA NODULAR, o principal diagnóstico diferencial é com LINFOMA DE GRANDES CÉLULAS B RICO EM CÉLULAS T E HISTIÓCITOS.

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