Como saber se sou imunossuprimido
Última atualização em 5 de outubro de 2022
Tanto o câncer em si, quanto alguns dos principais tratamento contra essa doença podem causar uma deficiência no sistema imune
Estar imunossuprimido significa que o sistema imunológico encontra-se mais fraco e, por isso, não protege o organismo como deveria. Isso pode acontecer como uma causa primária ou por conta de outras doenças e seus tratamentos. É importante que pessoas que estão nesse grupo tenham um maior cuidado em relação às infecções (bacterianas ou virais), pois tendem a desenvolver quadros mais graves e terem piores desfechos.
A Drª. Ekaterini Simões Goudouris, coordenadora do Departamento Científico de Imunodeficiências da ASBAI – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, explica que existem múltiplas causas que geram prejuízos variados no sistema imunológico. Cada um desses motivos faz com que a imunossupressão aconteça em uma intensidade diferente.
É possível que o comprometimento da imunidade ocorra por questões primárias, ou seja, as doenças que afetam o sistema imunológico, chamadas de imunodeficiências. Também é possível que aconteça por questões secundárias, isto é, que uma outra doença, como o câncer, ou os medicamentos usados para tratar esse quadro afetem a função do sistema imunológico.
Existe exame para medir a imunossupressão?
De acordo com a Drª. Ekaterini análises como o hemograma completo, contagem de linfócitos e dosagem de anticorpos auxiliam a identificar o grau de comprometimento do sistema imunológico.
Entretanto, ela complementa alertando que, muitas vezes, o comprometimento é mais funcional que quantitativo.
Então, o paciente é imunossuprimido devido ao mau funcionamento da defesa do corpo, mas essa alteração não é visível nos exames.
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Todo paciente com câncer é imunossuprimido?
Imunossupressão e câncer estão muito ligados, tanto por conta da doença em si, quanto devido aos tratamentos utilizados.
Isso acontece porque o próprio surgimento do câncer, frequentemente, está relacionado com alguma falha do sistema imunológico.
Isso acontece porque “uma das funções do nosso sistema imunológico é a vigilância contra o aparecimento de células cancerígenas”, a doutora esclarece. Ela pontua que em outros casos, como no linfoma e na leucemia, a neoplasia maligna atinge o sistema imunológico diretamente.
Além disso, o tratamento oncológico e a própria doença podem fazer com que a pessoa perca muito peso em pouco tempo (doença crônica consumptiva), o que também compromete a imunidade.
Ainda em relação às terapias utilizadas contra o câncer, a Drª. Ekaterini diz que as próprias drogas podem deixar a pessoa imunossuprimida. O mesmo vale para quem tem algum tipo de leucemia crônica.
“Muitos pacientes com leucemias crônicas apresentam baixa das imunoglobulinas (hipogamaglobulinemia). Portanto, são sim suscetíveis a infecções, principalmente bacterianas, afetando o trato respiratório”, ela ressalta.
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Quais são as comorbidades que podem tomar a vacina da COVID-19?
As pessoas com imunossupressão entram no grupo de comorbidades para tomar esses imunizantes porque possuem maior chance de contrair infecções e desenvolver quadros mais graves.
“O sistema imune é responsável pela defesa contra microrganismos. Uma vez que sua função se encontra comprometida, há maior risco de infecções”, a Drª. Ekaterini Simões Goudouris afirma.
Apesar de estarmos falando sobre o coronavírus, essa maior propensão vale para qualquer tipo de infecção. Por exemplo, a dengue, varíola dos macacos, infecções bucais e o fungo negro.
O MELHOR E MENOS INVASIVO EXAME PARA DETECTAR As Neoplasias PRÓSTATICAS QUE AFETAM O SISTEMA IMUNOLÓGICOS É A ELASTOGRAFIA DA PRÓSTATA !
Olá, Francisco, como vai?
Nesta matéria falamos como os pacientes oncológicos, e de outras patologias, podem fazer para descobrir se a imunidade está afetada devido ao tratamento e/ou por conta da própria doença – que, inclusive pode ser feito por meio de um hemograma comum ?
Como a Abrale é uma associação que auxilia apenas pacientes com cânceres do sangue, não temos expertise para abordar tumores como o de próstata. Porém, qualquer dúvida que o senhor tenha, recomendamos que converse com o(a) oncologista responsável por acompanhar o seu caso.
Abraços!