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Como tratar a dor oncológica de forma adequada

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Última atualização em 6 de maio de 2022

O controle correto permite que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida, adesão ao tratamento e diminui a quantidade de internações


A dor oncológica, apesar de ser comum nos pacientes que estão em tratamento contra um câncer, não deve ser vista como algo normal. Por isso, ela deve ser avaliada e controlada corretamente. Toda dor não só pode como deve ser tratada. O manejo adequado impacta na sobrevida e na capacidade da pessoa realizar as terapias antineoplásicas conforme planejado pelo oncologista.

Sentir dor, geralmente, é o corpo avisando que algo está errado e/ou um processo adaptativo, como quando começamos a fazer algum exercício. A Associação Internacional Para o Estudo da Dor  (IASP) a define como uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial.

“Dor oncológica é, portanto, qualquer dor relacionada à experiência de uma doença oncológica, seja causada pelo tumor, seu diagnóstico ou seu tratamento. Quando causada pela doença, é sim um aviso de que algo de errado está acontecendo e, muitas vezes, pode ser o motivo de buscar um serviço de saúde, levando ao diagnóstico”, diz o Dr. Gustavo Murta, anestesiologia, tratamento da dor e cuidados paliativos do Hospital Santa Paula.

Ele complementa ressaltando que nenhuma dor é normal e que há tratamento para todas elas.

 

O que é dor oncológica?

Essa sensação pode se desenvolver por diversos e complexos motivos, como procedimentos invasivos, punções venosas, quimioterapia, radioterapia, cirurgia e até a própria evolução do câncer. 

De acordo com dados da IASP, cerca de 50% dos pacientes apontam ter dor na época do diagnóstico do câncer, se a doença estiver com fase inicial. Caso ela esteja em estágio avançado, aumenta para 75% dos pacientes. E a dor em sobreviventes do câncer chega a 33%.

Paciente com dor oncológica pelo corpo

“Uma estratégia para avaliar a prevalência de dor nos pacientes com câncer é considerar as seguintes categorias: dor relacionada com o câncer; ao tratamento ou a causas não relacionadas. Quando incluímos ‘causas não relacionadas’, entendemos que nem toda dor que o paciente oncológico tem advém do câncer. Então, é preciso investigar todas elas”, pontua o médico. 

A avaliação é feita por uma equipe multidisciplinar, contendo, especialmente, o médico que acompanha o caso, enfermeira, psicóloga e fisioterapeuta. Assim, esse time avalia a intensidade da dor, há quanto tempo ela surgiu, o local, as características e a origem. 

Como é a dor do câncer?

O Dr. Murta explica que ela é classificada seguindo uma escala numérica verbal: dor leve (1-3), moderada (4-6) ou intensa (7-10). Além disso, ela pode ser aguda ou crônica (mais de três meses) e se manifestar na forma de choque, queimação, frio doloroso, coceira, dormência ou pulsante.

Há diversos remedios para amenizar a dor do câncer

“Mas isso pode ser variável, pois um paciente que está há muito tempo sentido uma dor que ele numera de intensidade 3, pode entender ela como insuportável pelo tempo, ou por atrapalhar o sono, ou por dificultar a alimentação”, ele considera.

A dor em pacientes oncológicos também pode ser julgada como nociceptiva, ou seja, relacionada a um dano tecidual, como pós-operatória ou neuropática, ligada a ação da doença nos nervos ou ação de medicamentos nos nervos.

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Importância do manejo da dor em pacientes oncológicos

“Atualmente, nós consideramos a dor como um quinto sinal vital, como uma vivência do paciente que tem que ser monitorada, avaliada e tratada. Seja dentro ou fora de clínicas e hospitais”, salienta o Dr. Murta.

O tratamento da dor tem como objetivo controlar os sintomas. Entretanto, isso não deve ser feito somente pelo ganho de qualidade de vida, mas também para permitir que o paciente consiga aderir ao tratamento.

O tratamento da dor é importante para oferecer qualidade de vida e melhorar a adesão ao tratamento

Não tratar ou tratá-la inadequadamente, pode afetar no sono, alimentação, movimento, no relacionamento familiar, conjugal e do trabalho. Outra questão que pode ser impactada é o emprego. Por conta das dores, muitos pacientes acabam faltando no trabalho, o que também pode levar a um dano financeiro.

Segundo o especialista, “a internação hospitalar, seja para procedimentos intervencionistas ou para investigação do porquê do descontrole da dor e ajuste da analgesia, deve ser considerada. Alguns pacientes precisam internar por dor mal controlada, e tudo bem se isso for necessário. ” 

Entretanto, a Organização Mundial da Saúde aponta que o manejo da dor oncológica é feito de forma inadequada em diversos países, incluindo o Brasil.

O Dr. Murta conta que, muitas vezes, isso acontece porque há uma falta de capacitação e desconhecimento pelos profissionais da saúde. Existe uma opiofobia, isto é, um medo por parte dessas equipes em relação ao uso de opioide. Além disso, no Brasil, há uma distribuição desigual de especialistas e de medicamentos para os pacientes.

“Em algumas regiões, o paciente tem maior dificuldade de achar um médico que prescreva analgésicos e, quando encontra, esses medicamentos podem ser de alto custo, dificultando a compra. A não capacitação quanto às técnicas intervencionistas também pode ser um fator de manejo inadequado. Algumas dores não cessarão apenas com medicamentos. Para essas dores o procedimento anestésico pode ser necessário, até mesmo um procedimento cirúrgico.”

Tratamento da dor oncológica

Desde os anos 90, a OMS sugere a utilização de um instrumento para guiar o tratamento da dor oncológica: a escada analgésica. Assim, quanto mais intensa for a dor, maior a potência e/ou a quantidade de remédios utilizados. Nas intensidades mais leves, utilizam-se analgésicos menos potentes, dores moderadas, medicamentos moderados e, em dores intensas, analgésicos potentes.

A escada analgésica é usada para definir como será o tratamento da dor oncológica

Os métodos para controle têm apresentado uma grande evolução e, atualmente, há diversos medicamentos para dor oncológica. Inclusive com sistemas inovadores de liberação.

“Os opióides entram, normalmente, no controle de dores agudas ou crônicas moderadas a intensas. A dor oncológica tende a ter uma boa resposta com o uso desses medicamentos”, afirma o Dr. Murta.

Um dos avanços em relação ao sistema de liberação é o desenvolvimento do opióide em adesivo para dor oncológica, como o Transtec, produzido com buprenorfina. Também é possível encontrar adesivos com fentanil e, em ambos os casos, os adesivos são indicados para pacientes que não conseguem melhorar da dor com medicamentos orais ou não conseguem engolir.

Entretanto, é preciso tomar alguns cuidados gerais ao utilizar os opióides. 

“Utilizar os medicamentos como foram prescritos, atentando para o horário e número de adesivos, ou comprimidos, que ainda restam para não ficar sem medicação. Também é importante evitar a associação com álcool ou outras drogas e sempre tirar dúvidas com o oncologista ou médico da dor caso fique muito sonolento, nauseado, caso apresente coceira intensa ou outro sinal possível de alergia”, o médico o orienta.  

Os efeitos colaterais dos opióides são controláveis e contornáveis, por meio da alteração de dosagem e outras estratégias.

“Também podemos usar técnicas intervencionistas de tratamento. Por exemplo, infiltrações, anestesiar um nervo específico acometido pela doença e infusão de medicamentos para analgesia”, o doutor explica.

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Controle da dor oncológica no Brasil

Como falado anteriormente, a dificuldade de acesso impede muitos pacientes de ter um tratamento adequado. Mas com as políticas de medicamentos de alto custo, no SUS (Sistema Único de Saúde), e a recente atualização do ROL da ANS (Agência Nacional de Saúde), que aconteceu em 1 de abril de 2021, os pacientes podem ter medicamentos de melhor qualidade sem custo adicional.

Medicamentos de alto custo para controle da dor em pacientes oncológicos

No caso dos pacientes que possuem plano de saúde, alguns tratamentos medicamentosos para dor oncológica podem ser custeados pelo plano. Para isso, o hospital/clínica deve, juntamente com o paciente, entrar em contato com a seguradora para solicitar tal custeio. Isso pode acontecer por meio da entrega direta da medicação ou reembolso.

Já no caso do SUS, para medicamentos de alto custo, com o laudo médico e cadastro na farmácia de alto custo da região onde mora, o paciente tem direito a acesso gratuito a medicamentos analgésicos opióides e adjuvantes.

O especialista conta que facilitar o acesso ao tratamento auxilia o sistema de saúde como um todo. Isso acontece porque há uma diminuição do custo para o sistema, uma vez que o paciente que tem condições de pagar por um plano de saúde não precisa utilizar o SUS. Ter a dor bem tratada, significa ter a capacidade de realizar o tratamento contra o câncer de forma adequada. O paciente consegue trabalhar e ser ativo para a economia e necessita de menos internação, gerando menos gastos para os cofres e um leito a menos ocupado no hospital

“É possível ser saudável tratando ou experienciando uma doença. Saúde é bem-estar. É impossível ter saúde sem controlar adequadamente a dor. Quando o sistema consegue tratar um paciente em casa, consegue prover bem-estar, analgesia, integralidade e respeito. Nós ganhamos enquanto sociedade”, conclui o Dr. Gustavo Murta.


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Olá boa noite adorei essa explicação é sobre meu caso.Fiz cirurgia de retirada de útero ovário e colo todos com câncer,fiz quimioterapia 18.fiz rádio 25 e mais 4brakterapia há 2 anos estou com uma dor na coxa esquerda, que nenhum tipo de remédio tira a dor já tomei de tudo até morfina e fiz aplicação com anestésico mesma coisa que nada não sei mais o que fazer,agora não estou quase comendo não tenho vontade já emagreci 14 k e a dor não passa o que fazer me ajuda por favor

Boa noite, acabei de encontrar este artigo estou gostando muito da revista, muito obrigada, gostaria de saber o que tenho q fazer p amenizar dores nas articulações, tenho dores o dia todo, já foram mais intensas, dois meses depois do tratamento ( insuportável) hj suportáveis ( terminei meu tratamento 21/02/2020( rádio e quimio as duas juntas (33 rádio e 10 quimio) moro na roça e queria saber o q fazer p eu ter uma vida sem dores ( devo mudar p cidade ou tem exercício q poderei fazer p me fortalecer, com a pandemia o meu tratamento está parado( algumas cirurgias de reparação( bolsa colostomia etc…)

Eu estou algum tempo , meses
Sentindo muita dor no meu intestino uma dor que não passa , queima arde formiga . Tenho o intestino preso dês de pequena sofro muito com isso . Mais nunca tinha sentindo isso agora sinto fraqueza, enjou , e essa dor que queima , as vez mesmo q eu va no banheiro n passa a dor

Tudo bem? Estou com dor na lombar do lado direito, dói um pouco, não consigo dormir desse lado,fico bastante preocupado se é câncer,fiz alguns exames, onde me disseram que era dor lombar, outros disseram que era fezes…e não sei o que fazer,porque pelo sus é complicado fazer exame demora muito

no começo eu nao sentia nada só linfonodos crescendo bem lento isso já uns 2 anos e meio hoje comecou dor terrível lado direito onde tem linfonodo maior doi mandibula pescoço nariz irradia para cabeça só que passa sozinha más para dormir não dá mais edo lado direito ele cresceu comprime alguma coisa e doi to esperando sus me chamar p biópsia nao faço ideia se ele é um linfoma llc ou tumor ou benigno sei que tem varios pelo sistema linfatico mas menores que esse do pescoço

Boa noite, matéria muito interessante! Meu pai está fazendo tratamento de quimioterapia para câncer no esôfago, a um ano desde que começou sente muita dor principalmente na barriga e nas costas, toma morfina diariamente mas mesmo assim não está se alimentando nem dormindo direito, ultimamente vai no hospital quase que duas vezes por semana. Que dor pode ser essa que não passa nem com esse medicamento tão forte?

Artigo maravilhoso esclarecedor!

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