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Farmacêutico dá a droga certa na dose certa

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Última atualização em 29 de julho de 2021

Apesar de nem sempre ter contato direto com o paciente, o farmacêutico é fundamental para que o tratamento seja eficaz e seguro

Em alguns casos, ele trabalha diretamente com o paciente, no hospital; em outros, aparece no início da cadeia responsável pelo sucesso do tratamento. O fato é que, de longe ou de perto, o papel do farmacêutico no tratamento dos pacientes com câncer é de extrema importância. Para começar, são eles os responsáveis por coordenar as pesquisas clínicas que ajudam tanto no desenvolvimento de novos medicamentos. Além também dos testes de segurança destes.

“É do farmacêutico que trabalha na indústria, por exemplo, a função de estudar os efeitos de um medicamento que está sendo desenvolvido, garantir que seja fabricado de forma adequada e que saia para o mercado com as indicações corretas de uso”, afirma Dr. Dirceu Raposo, farmacêutico e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). farmacêutico; câncer; medicamento

Mas há também aqueles profissionais que têm contato direto com os pacientes. Como os que trabalham nas áreas de farmácia hospitalar e farmácia clínica. “Nesses casos, o farmacêutico trabalha junto a um médico (ou equipe médica). Ele tem a tarefa de sugerir os melhores medicamentos para cada paciente; definir a terapêutica que será administrada; adequar as doses e, em muitos casos, aplicar a medicação fazendo ainda o acompanhamento posterior dos efeitos”, explica o Dr. Dirceu.

A droga certa, na dose certa 

Devido a esse acompanhamento e ao conhecimento do farmacêutico em relação à substância que está sendo administrada. Muitas vezes esse profissional é quem acaba sendo o primeiro a perceber efeitos colaterais ou mesmo ocorrências adversas e inesperadas. “Ele sabe exatamente o que é esperado que aquele medicamento faça no paciente. Tanto em termos de ação quanto de efeitos colaterais. E, observando algo fora do quadro previsto, alerta o médico. Podendo ainda sugerir uma nova medicação (ou dose) em lugar daquela.”

Ouvido amigo

Outro tipo de alerta que geralmente parte do farmacêutico é o de quais associações são ou não permitidas a um paciente que está tomando determinada medicação. “Acontece muito com as pessoas que se medicam em casa de tomar o remédio, mas ao mesmo tempo ‘beber um chazinho que a mãe faz’. Ou ingerir um ‘remedinho que ajuda a ter sono’. Só que essas são informações que nem sempre eles passam ao médico. Mas podem comentar com o farmacêutico na hora de irem comprar o medicamento. É papel dele, e importantíssimo, portanto, orientar quais associações com outras substâncias podem ou não ser feitas. Já que algumas substâncias podem aumentar ou cortar a ação da medicação.”

Papel importante: informar

Essa atitude informativa, aliás, é o que se espera também dos farmacêuticos que trabalham nas farmácias espalhadas pelas ruas. “Um medicamento só funciona se tiver indicação precisa, e pode funcionar inversamente, como um veneno, se sua utilização for errada. Determinar isso e garantir que o paciente faça o uso correto é papel desse profissional. Inclusive para, quando um paciente for à farmácia e pedir um remédio que não precisa de receita, ele poder dizer com confiança: ‘não tome esta medicação porque não vai ser boa para o seu caso’”.

Farmacêutico não é vendedor

O Dr. Dirceu lamenta que nem todos tenham ainda esta visão de que os “profissionais farmacêuticos são bem diferentes dos vendedores das farmácias”. Ela afirma que a principal diferença é que, mais que vender um produto, o farmacêutico é quem oferece um importante serviço. O de orientar o paciente a fazer o melhor uso da medicação que ele precisa. “Estamos trabalhando para ser cada vez mais difundido o conceito de que o ideal é procurar um farmacêutico, um profissional bem treinado, preparado para prestar um serviço para o paciente. E então fidelizar-se a ele, assim como hoje já fazemos com médicos e dentistas.”


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