Pessoas com leucemia crônica podem ter filhos?
Última atualização em 28 de julho de 2021
O tratamento para esse tipo de leucemia pode ser prejudicial para mãe e para o feto. Mas, em alguns casos, é possível realizar esse sonho
Os principais tratamentos para LMC em fase crônica são os inibidores de tirosina quinase. Apesar de existirem alguns estudos analisando a possibilidade de interromper o tratamento, de modo geral, o paciente precisa fazer uso desses remédios durante toda a sua vida.
Essa necessidade pode trazer alguns empecilhos. Por exemplo, para pacientes mulheres em idade fértil e que desejam ter filhos. Para aquelas que fazem uso do Imatinibe, Nilotinibe ou Dasatinibe, principais medicamentos que controlam a LMC, será necessário interromper o tratamento durante a gestação, já que é contraindicado usá-los durante a gravidez.
O Dr. Nelson Hamerschlak, hematologista e membro do Comitê Científico Médico da Abrale, explica que isso acontece porque “existem descrições de abortamentos e malformações no feto com o uso de Imatinibe no primeiro trimestre da gestação. ”
Ele ainda orienta que mulheres, pacientes de LMC, que queiram engravidar conversem com seus médicos para analisar qual seria a melhor estratégia e momento para isso.
Pessoas com leucemia podem ter filhos: como fazer o planejamento?
“É preciso fazer um planejamento seguro e baseado no tempo de uso do medicamento e na resposta molecular. Os inibidores de tirosina quinase, como o imatinibe, devem ficar suspensos durante a gravidez e amamentação”, diz o Dr. Hamerschlak.
De acordo com ele, sabe-se, atualmente, que pessoas tratadas com os inibidores há mais de três ou quatro anos com resposta molecular podem suspender a medicação e retornar após o período gestacional.
Entretanto, para que haja segurança para interromper o tratamento, o exame de PCR precisa estar disponível para ser feito na periodicidade correta. Caso contrário, não será possível fazer um acompanhamento e agir, se necessário.
Se a gravidez não foi planejada, o doutor aconselha interromper o medicamento imediatamente. Ao mesmo tempo, é preciso avisar tanto o hematologista responsável pelo tratamento oncológico, quanto o obstetra. Dessa forma, pode-se analisar como dar seguimento a gestação de maneira que nem a paciente nem o feto corram risco.
Se for necessário, os protocolos internacionais de tratamento da LMC indicam que a terapia pode voltar a ser administrada após o segundo ou terceiro trimestre da gravidez. Para essas situações, a mulher deve evitar amamentar.
Homens com leucemia crônica podem ter filhos?
“À luz dos conhecimentos atuais não parece haver evidências robustas de riscos para o sexo masculino, a não ser dificuldade em engravidar”, conta o Dr. Hamerschlak.
Essa dificuldade acontece pois os inibidores causam uma diminuição na quantidade de espermatozóides, bem como alteração na sua forma e motilidade. Ou seja, há um menor número de espermatozóides e eles não possuem o formato normal e ainda têm dificuldade em se mover.
O especialista ressalta que apesar dessas mutações, há relatos, na literatura científica, de gestações normais geradas por homens com LMC.
Diferentemente das mulheres, não existem protocolos definidos que orientem se o paciente precisa interromper o uso do medicamento para a concepção. Por isso, caso haja o desejo de ter um filho, é preciso conversar com o médico responsável por acompanhar o tratamento para avaliar a segurança.
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Bom dia , me chamo Adalto Meireles Rodrigues moro em Pindamonhangaba sp , tive LMC aos 33 anos , passei pelo transplante de medula óssea alogenico , hoje graças à Deus , já estou com 5.1 kkkk , vivo normal sem mediações , nao tenho tanta disposição , parece ser uma moléstia , mas vou vivendo , não tenho filhos , e a esposa q tanto almejava , nosso biológico esse seria o teor da anciedade , mas graças à Deus estou vivo e curado .
Bom dia! Há 5 anos fui diagnósticada com LMC ,dácio tratamento com glivec,o que incomoda são os inchaços principalmente nos olhos.Dores nós ossos ,mas vivi uma vida normal. ,como faço para fazer parte e interagir com vcs e pessoas com mesmo diagnóstico? Gratidão
Olá, Genilsa, como vai?
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