Atividade física no combate ao câncer
Última atualização em 29 de julho de 2021
Neste Dia Mundial da Atividade Física é importante dizer que se exercitar é um dos melhores caminhos para prevenir doenças, inclusive as oncológicas
Mas, além disso, praticar exercícios é muito importante para quem já está em tratamento oncológico. Isso porque praticar atividade física pode fazer com que os efeitos colaterais dos medicamentos sejam amenizados.
A quimioterapia pode causar náusea, falta de apetite, dores pelo corpo, perda de peso e fadiga, e realizar exercícios frequentemente pode ajudar a reduzir alguns deles, principalmente, a fadiga.
“A fadiga ou cansaço que comumente encontramos nos pacientes têm origem em diversos fatores. Mas o principal é o estresse ocasionado pelo diagnóstico e a possibilidade aumentada de depressão”, explica o hematologista Rodrigo Santucci, diretor da Hemomed.
Outra possível razão para a fadiga é a atrofia muscular causada pela perda de peso. Isso acontece porque muitos pacientes encontram dificuldade em se alimentar. Isso faz com que a doença consuma muitos nutrientes do corpo e até a própria musculatura. E é aí que a atividade física entra.
Ela consegue frear a degeneração muscular, diminuindo, consequentemente, a fadiga. Realizar exercícios com frequência durante o tratamento influencia indiretamente no fortalecimento do sistema imunológico, eleva a concentração de hemácias no sangue e melhora a capacidade física. Além de também liberar neurotransmissores que trazem a sensação de prazer, bem-estar, melhoram a autoestima e fazem com que a pessoa se mantenha ativa diminuindo as chances de apresentar um quadro de depressão.
Que tipo de atividade física um paciente pode realizar?
O recomendado é conversar primeiro com o médico para saber quais tipos de exercício ele indica. Mas o limite da intensidade está no limite do seu corpo. Não force mais do que você aguenta.
Se antes do tratamento você era uma pessoa sedentária, começar a realizar atividades físicas que forcem muito não é o ideal. Primeiramente, faça algo leve, como uma caminhada ou o yoga. Posteriormente, aumente a intensidade e a duração conforme seu corpo permitir. Sempre com acompanhamento do médico e de um educador físico.
Evite realizar exercícios no dia da sessão de quimioterapia. Mas, no dia seguinte, se estiver se sentindo bem, já retome as atividades.
Se forem levados em conta os cânceres do sangue, deve ainda serem consideradas as características específicas de cada um deles para determinar qual exercício pode ser realizado.
Por exemplo, o mieloma múltiplo gera lesões que facilitam o aparecimento de fraturas. Então exercícios nos quais aconteçam um contato bruto e direto devem ser evitados, como as lutas, futebol.
Outra restrição importante é em relação aos pacientes que fazem uso dos imunossupressores. Como a defesa do corpo já está um pouco mais fraca, devem ser evitados ambientes frequentados por muitas pessoas, como piscinas. Já que isso poderia facilitar o aparecimento de infecções.
Mandamentos para a atividade física durante o tratamento:
-Pegar leve no início. Aos poucos, você pode aumentar a frequência e a duração dos exercícios
-Fazer pequenos períodos de exercícios com pausas para descanso
-Fazer atividades que movimentam grupos grandes de músculos e que mantenham a massa muscular, força do osso, flexibilidade e movimento nas articulações
-Fazer três minutos de alongamento antes de qualquer atividade
-Colocar a diversão como ponto importante. Está liberado chamar amigos e família para este momento.
-Beber muita água.
-Não se exercitar se tiver dor, náusea e vômito
-Também evitar exercícios se estiver com anemia ou níveis anormais de minerais no sangue, como potássio e sódio
-Evitar superfícies irregulares ou atividades que possam causar quedas ou ferimentos
[…] Fonte: Abrale […]
“O recomendado é conversar primeiro com o médico para saber quais tipos de exercício ele indica.”
Discordo, o médico nao pode indicar nenhum tipo de exercicio, ele pode sim indicar o paciente a algum profissional da área de Ed. Física, que seguindo as limitações do mesmo , ira conduzir as atividades ao paciente…
Olá, Marcos, tudo bem?
Obrigada pelo comentário!
Por isso é importante que o médico esteja sempre em contato com o profissional da ed. física ou qualquer outro tipo de exercício que será realizado! Assim os dois podem chegar a um consenso de qual é a melhor atividade física para aquele paciente!
Porém, como comentado na matéria, existem alguns tipos de exercício que não são recomendados em certos casos. Por exemplo, pacientes de mieloma múltiplo precisam evitar contato bruto e direto. Então, nesse caso, o médico deve indicar que ele pratique atividades mais leves e evitar lutas e afins.
Qualquer dúvida, estamos à disposição!
Concordo plenamente,estamos habilitados para esse tipo de orientação.
Tenho câncer de testículo, já fiz a cirurgia de retirada do nódulo e agora irei começar o tratamento de quimioterapia, será quatro meses de tratamento. Será que posso me exercitar? Já tenho os hábitos de exercícios a dois anos e estou preocupado com os efeitos colaterais e ficar sem pôde fazer minhas atividades físicas.
Olá, Valquis, como vai?
Pedimos que o senhor converse com o oncologista responsável pelo seu acompanhamento. Em algumas situações, caso o paciente se sinta bem e esteja confortável, a realização de exercícios físicos é super indicada, mas é preciso avaliar caso a caso.
Veja com o seu médico também algumas dicas para amenizar os efeitos colaterais! Nós temos alguns materiais que tratam sobre os efeitos colaterais e como melhorá-los que podem ser muito útil para o senhor:
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Abraços!
Quero perguntar sobre senssibilidade nas extremidades dos dedos das mãos e dos pés
depois de fazer quimiterapia.
tive cancer no intestino.
como devo preceder.
Olá, Ines, como vai?
Em alguns casos, o tratamento oncológico pode causar uma condição chamada neuropatia periférica, cujos principais sintoma é o formigamento e perda de sensibilidade nos dedos das mãos. Há algumas opções de tratamento para minimizar esses sintomas.
Recomendamos que a senhora procure um neurologista para realizar alguns exames e verificar se, realmente, pode ser neuropatia periférica ou se é alguma outra condição. Orientamos que também fale com o oncologista que acompanhou/acompanha o seu tratamento.
Abraços!