Qual é o tipo de leucemia mais grave?

A gravidade da doença determina o tratamento, mas, nem sempre quer dizer que aquele câncer é mais perigoso
Não há, especificamente, um tipo de leucemia mais grave. Mas, por conta da forma que a doença se apresenta, é possível dizer que as leucemias agudas são as mais graves em geral. Entretanto, a gravidade não está, necessariamente, ligada à complexidade do tratamento e, principalmente, não está diretamente relacionada à uma maior letalidade.
O Dr. Nelson Hamerschlak, médico hematologista e membro do Comitê Científico Médico da Abrale, lembra que a leucemia é, na verdade, um grupo de doenças malignas das células do sangue e que cada um dos subtipos é distinto um do outro, sendo eles: leucemia mieloide aguda (LMA); leucemia linfoide aguda (LLA); leucemia mieloide crônica (LMC) e leucemia linfoide crônica (LLC).
No caso das leucemias crônicas, as células doentes são maduras e suas funções estão preservadas. Enquanto que, nas leucemias agudas, elas são imaturas e não têm capacidade de realizar as suas funções normalmente.
“Por isso, na apresentação, as leucemias agudas mieloides e linfoides são as mais graves. No entanto, mesmo entre as agudas existem tipos diferentes e pode haver distinção de gravidade entre elas. Dessa forma, jamais comparamos uma leucemia com outra. Mesmo duas iguais podem se comportar diferentemente dependendo do paciente”, o Dr. Hamerschlak afirma.
Isso acontece, especialmente, no caso da LMA, que, dependendo de fatores genéticos da célula doente, pode ser mais ou menos grave.
O tipo de leucemia mais grave ainda pode variar de acordo com a idade do paciente. O hematologista exemplifica contando que a LLA em crianças é curável com quimioterapia em mais de 90% dos casos. Nos adultos jovens, os resultados chegam a mais de 70% com o uso de esquemas pediátricos. Nos idosos os resultados são menos favoráveis, mas novas formas de tratamento parecem promissoras.
A LMA também é mais grave em idosos, porém novas terapias estão revertendo essa tendência.
Qual o tipo de leucemia menos grave?
“As leucemias crônicas, de modo geral, são menos graves pois as células são funcionantes. Obviamente há exceções”, o médico fala.
De acordo com o especialista, na leucemia mieloide crônica, com o uso dos inibidores de tirosina-quinase é possível controlar a doença, alcançando uma espécie de cura funcional. Já na leucemia linfoide crônica, em muitos casos, não é preciso nem utilizar medicamentos, realizando apenas o acompanhamento médico, chamado de “Watch and Wait”. E, quando há a necessidade de tratamento medicamentoso, as drogas disponíveis são bastante efetivas.

É possível tratar a leucemia em idosos
São necessários alguns cuidados extras, porém o controle e até a cura da doença são possíveis A leucemia em idosos,…
Gravidade, tratamento e chances de cura
É importante lembrar que, atualmente, há diversos tipos de tratamentos disponíveis. Por isso, em muitos casos, a leucemia tem cura ou pode ser controlada, permitindo que o paciente tenha uma boa qualidade de vida. Isso vale mesmo quando a leucemia é grave.
“Nós procuramos adaptar os tratamentos à gravidade de cada caso”, o Dr. Hamerschlak ressalta.

Então, atualmente, ao diagnosticar uma leucemia aguda, são feitos os exames para identificar as características genéticas da célula doente, para saber quão grave ela é e se é de bom ou mau prognóstico – as individualidades do paciente também são levadas em consideração para determinar essas questões.
“Quando elas são de prognóstico ruim, o transplante de medula óssea ou as novas terapias com modificação genética das células T passam a ser as alternativas mais adequadas”, diz o médico. No caso das leucemias agudas que não apresentam a resposta esperada ao tratamento inicial, também é analisado se é possível indicar o paciente ao transplante para aumentar sua chance de cura.
Por outro lado, para as leucemias crônicas, que são, em geral, menos graves, o transplante raramente é indicado. Quando são doenças refratárias ao tratamento, é preciso procurar outras linhas terapêuticas.
Para todos os casos, independentemente de ser uma leucemia aguda ou crônica, quando a doença é recidiva e/ou refratária, o tratamento se torna mais intenso.
“O nosso objetivo, como hematologista, é tratar com base no risco-toxicidade. Dessa forma, normalmente, tentamos os tratamentos menos tóxicos para então adotar os mais intensos com maior risco”, o Dr. Nelson Hamerschlak esclarece.
Sou paciente LMC
Olá, Raimundo, como vai?
O senhor tem alguma dúvida ou precisa de alguma orientação em relação à LMC?
Abraços!
Fui diagnóstico Com lmc ainda não comecei o tratamento
Olá, Roberto, como vai?
Por qual motivo o senhor não deu início ao tratamento? Está com alguma dificuldade para conseguir o medicamento?
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