Sentir medo de ter câncer é coisa do passado
Última atualização em 29 de julho de 2021
Devido aos efeitos colaterais e possíveis evoluções, esta é uma das doenças mais temidas. Porém, atualmente, o câncer, em grande parte, é tratável e curável
O Dr. Fernando Maluf, oncologista no Hospital BP – Beneficiência Portuguesa e um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer, explica que o medo, no caso do câncer, “é provocado pela visão de que a doença é um inimigo cruel, uma doença que pode trazer dor e sofrimento”.
Isso acontece, principalmente, porque ela apresentava altíssimas taxas de mortalidade antigamente. Por isso, hoje em dia, evita-se falar sobre as neoplasias malignas, ou seja, o câncer virou um tabu. Como consequência da fuga sobre esse assunto, há um baixo entendimento sobre ele. Consequentemente, o medo a seu respeito aumentou.
“O não dito aumenta o desconforto. Na medida em que olha-se para o ‘fantasma’ e decide-se encará-lo e conviver com ele, o medo ameniza. O desconforto causado pelo que não é dito é pior do que o desconforto do enfrentamento da má notícia”, diz Débora Genezini, psicóloga e membro do comitê de Psicologia da Abrale.
É preciso sentir medo de ter câncer?
A principal forma de lidar com o medo de, possivelmente ter um câncer, é por meio da prevenção.
Entretanto, uma vez que a doença já foi diagnosticada, não é preciso temê-la, pois ela não é mais uma sentença. Hoje em dia, a medicina a encara como um desafio que pode ser vencido.
“Hoje, conseguimos a cura em muitos casos, principalmente quando é feito o diagnóstico precoce. Em outros casos, o controle da doença permite encarar o câncer como uma doença crônica, como, por exemplo, o diabetes”, conta o Dr. Maluf.
Os avanços da tecnologia permitiram que o câncer fosse melhor entendido de acordo com as mutações genéticas responsáveis pelo seu desenvolvimento. Dessa forma os tratamentos estão mais direcionados para atingirem somente as células doentes, de maneira mais eficaz.
“O aprimoramento tecnológico permitiu que o tratamento seja mais efetivo e menos danoso à pessoa, como é o caso da radioterapia. Com ela, hoje conseguimos fazer um tratamento extremamente direcionado ao tumor, sem atingir os tecidos saudáveis ao redor. Consequentemente, diminuindo os efeitos colaterais”, diz o médico.
Caso, mesmo assim, apareçam efeitos colaterais, também existem novos medicamentos mais eficientes para auxiliar no alívio desses impactos indesejados.
Não tenha medo do câncer
Por mais que o diagnóstico de um câncer possa trazer muitas incertezas e medo, o diálogo com o médico é essencial. De acordo com a psicóloga Débora Genezini, cabe ao oncologista falar sobre o caminho que será percorrido, explicando passo a passo. Isso faz com que o paciente se sinta seguro por ter uma previsibilidade e familiaridade do que acontecerá com ele.
“Se sei que tem a possibilidade de ter náusea ou de perder o cabelo, eu tenho a opção de me preparar para isso. Além disso, posso decidir o que quero, ou não, fazer diante das informações”, exemplifica Débora.
O Dr. Maluf complementa dizendo que fora orientar sobre as propostas de tratamento, a equipe deve também entender as demandas emocionais tanto do paciente, quanto da família.
É preciso compreender qual o papel do paciente naquela família e como o câncer impactará sua vida e rotina. Confiar e ter esse amparo, tanto nos familiares e amigos, quanto na equipe médica, oferece força durante o tratamento. Além disso, também evita que o medo intensifique os sintomas físicos.
Segundo a psicóloga, outro fator muito importante a ser percebido é a representação que aquela pessoa carrega sobre o câncer.
“Dependendo das experiências prévias com conhecidos, familiares, a representação pode ser negativa e aumentar as barreiras e o medo. E, somente entendendo esta representação que habita em cada um, será possível atuar nas desconstruções e nos esclarecimentos”, ela fala.
A história não se repete
É preciso lembrar que, por mais que pessoas conhecidas já tenham enfrentado um câncer, essa não é uma doença única. Ou seja, existe um conjunto de vários subtipos do mesmo câncer, com evolução e tratamentos distintos. Por exemplo, duas pessoas com câncer de pulmão, provavelmente, vão apresentar subtipos diferentes da doença. Isso faz com que os tratamentos e evolução das doenças sejam diferentes.
É essencial ter em mente também que uma pessoa que tratou um câncer, como o de pulmão, há quinze anos não tinha à disposição tratamentos que existem atualmente. Então, por esses dois motivos, os efeitos e resultados que não serão os mesmos.
“A medicina se atualiza continuamente, com tratamentos mais modernos e eficazes surgindo frequentemente, permitindo que nos afastemos cada vez mais desse estigma da ‘sentença de morte’”, conclui o Dr. Fernando Maluf.
O que a mutação genética significa para um câncer
Matéria excelente e esclarecedora,parabéns pelas informações que dão alívio ,paz e transforma essa programação de sentença de morte em força pra buscar um estilo de vida mais saudável ??????
Olá, Gilmara, como vai?
Ficamos muitíssimo felizes em saber que você gostou do nosso conteúdo e que ele te trouxe paz e alívio ??
Esse é nosso objetivo! Sabemos que o diagnóstico de um câncer pode assustar, mas ele não é uma sentença e é importante encarar tudo isso com muita positividade!
Qualquer dúvida ou sugestão, estamos à disposição!
Abraços!
Muito bom obrigado por serem pessoa e proficionais competentes aliviou bastante o medo me sinto melhor .
Olá, Edgar, como vai?
Ficamos muito felizes de saber que nós ajudamos a aliviar seu medo ?
O paciente foi diagnosticado com qual tipo de câncer?
Abraços!
Sou , paciente, sou triplo ( ~ ) ja fiz as quimioterapias , cirugia removi os linfonodolos, acharam 4 comprometidos microcelulas e agora estou a fase adjuvante na terceira dose de Xeloda e Keytruda, num total de 6
Nossa eu gostei tanto da matéria , deu um
Alívio
Olá, Margareth, como vai?
Ficamos muito felizes em saber que a nossa matéria te trouxe alívio ?? A senhora é paciente de que tipo de câncer?
Qualquer dúvida ou sugestão que tiver, estamos à disposição!
Abraços!
Boa noite
Meu esposo fez uma cirurgia para retirada de um tumor maligno
Infelizmente agora descobrimos que ele está com metástases no pulmão
O médico que acompanha ele disse que não pode operar hj ele faz quimioterapia
Gostaria de saber a opinião de outro médico
Vc pode me ajudar?
Oi, Sandra!
Infelizmente, a Abrale atende somente pacientes com cânceres do sangue, então não temos nenhum especialista que possa ajudá-los. Mas, indicamos que conversem com o Instituto Oncoguia, que atende todos os tipos de câncer! ?
O contato deles é: 0800 773 1666
Abraços!
O Brasil um país tão rico era pra ter um fundo nacional para hospitais com câncer.
Quem tem condições financeiras viajam para o exterior ou vão para hospitais de última linha aqui no Brasil. Porém quem depende do SUS, infelizmente morre na fila de espera. Vamos ajudar o povo e construir mais hospitais públicos para a população.