Maiores mentiras sobre o câncer!

Última atualização em 29 de julho de 2021

Desde alimentos que causam/previnem até tratamentos milagrosos que curam, a doença está rodeada de invenções sem base científica

Por ser temido e um assunto evitado por muitos, encontramos diversas mentiras que envolvem o câncer. Isso faz com que várias fake news sobre câncer sejam espalhadas , tornando a doença um monstro de sete cabeças. Ainda que ela não deva ser!

Separamos as 10 maiores fake news sobre câncer para explicar o porquê elas não têm fundamento.

Açúcar causa câncer

A principal função do açúcar é fornecer energia (glicose) para que as células do corpo realizem suas funções. Ou seja, ele é essencial para o nosso bem-estar. Se uma pessoa deixa de consumir esse combustível, o organismo encontra outras formas de obtê-lo. Uma das opções é obter a energia por meio dos músculos do corpo. Isso faz com que a pessoa emagreça excessivamente perdendo, inclusive, os próprios músculos. Isso é perigoso para um paciente em tratamento, uma vez que ele já tem uma tendência a perder peso por conta dos medicamentos.

Em vez de se preocupar em cortar os açúcares, é mais importante se preocupar em consumir esse nutriente vindo de alimentos frescos. Como grãos, cereais, frutas e verduras e evitar os carboidratos presentes em alimentos ultraprocessados.

Bicarbonato de sódio cura câncer

A Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC) afirmou que não existem evidências científicas que comprovem que fazer uso do bicarbonato de sódio pode curar um câncer. Além disso, a SBOC ressaltou a importância de seguir o tratamento recomendado pelo especialista. Isso porque esses medicamentos foram submetidos a pesquisas clínicas, tendo seus efeitos identificados, comprovados e controlados.

Segundo o mito, o câncer seria um fungo e o bicarbonato tornaria o ambiente desfavorável para o crescimento do tumor. Mas, como sabemos, o câncer é causado pelo crescimento descontrolado de células e não é um fungo!

Omeprazol causa câncer

O Ministério da Saúde afirma que o remédio utilizado para gastrite, úlcera e refluxo não tem uma relação direta de causa e efeito com o câncer.

Essa mentira passou a ser compartilhada devido a um estudo que constatou uma correlação entre o omeprazol e a doença. Entretanto, apesar da correlação, o estudo não comprovou um aumento efetivo nos casos de câncer gástrico por conta do medicamento.

A conexão encontrada pode ser explicada justamente porque as pessoas que fazem uso do omeprazol costumam ter problemas no estômago, ou infecção gástrica devido à H. pylori, que são considerados fatores de risco para câncer de estômago e esôfago.

Só pessoas idosas têm câncer

A idade pode, sim, ser considerada um fator de risco por conta do envelhecimento das células. Mas não são apenas pessoas mais velhas que podem desenvolver um câncer. Inclusive, nas últimas décadas, alguns tipos cânceres apresentaram um aumento na população mais jovem.

Um dos tipos de câncer que está com um crescente número de casos é o de pele. Isso porque hábitos como bronzeamento artificial e a não utilização de protetor solar são cada vez mais comuns em jovens.

Outros cânceres, como colorretal, útero, vesícula biliar, rins, pâncreas e mieloma múltiplo, são influenciados diretamente pela questão da obesidade e também sofreram um aumento entre os jovens.  Isso se dá devido aos maus hábitos alimentares, como consumo de alimentos ultraprocessados, carboidratos, frituras etc.

Câncer é contagioso

Uma pessoa não tem como “pegar” câncer de alguém, como se fosse uma gripe. As células cancerosas de um paciente não passam através do contato.

O que pode acontecer, porém, é a transmissão de alguns vírus, por meio do contato sexual, que são capazes de causar câncer. Como exemplos temos o vírus da hepatite B (câncer de fígado); o vírus HTLV – I / Human T-lymphotropic virus type I (leucemia e linfoma de célula T do adulto); e o Papilomavírus Humano – HPV (colo de útero, ânus e boca).

Celular causa câncer no cérebro

A preocupação com o celular acontece por conta da radiação que ele emite. Porém, existem dois tipos de radiações: a ionizante e a não ionizante. A primeira tem um grande potencial de influência no desenvolvimento de um câncer. Enquanto que a segunda, utilizada nos celulares, não tem nenhuma relação comprovada com a doença.

“Para a radiação não ionizante, nunca se conseguiu definir uma associação clara entre a exposição e a incidência de câncer em seres humanos”, disse o neuro-oncologista Rodrigo Munhoz, do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo).

Depressão causa câncer

Uma pesquisa realizada pelo Oncoguia em abril de 2019 mostra que 32% dos brasileiros acreditam que depressão causa câncer. Mas, 8% não sabe da existência da relação entre o cigarro e essa doença.

Não existe uma relação direta entre traumas psicológicos e o câncer. Porém, sim, uma pessoa diagnosticada com quadro depressivo precisa ser monitorada. Devido à depressão, o indivíduo pode sofrer uma queda na imunidade, facilitando o desenvolvimento de outras doenças.

Pense no seguinte, se a depressão causa câncer, no momento em que a depressão é curada, o câncer também sumiria. Porém, não é isso que acontece. São duas doenças que precisam receber dois tratamentos diferentes, sempre com muita atenção.

Mas, uma situação possível e comum de acontecer é o paciente oncológico desenvolver uma depressão e ela interferir na aderência ao tratamento do câncer. Saiba mais aqui.

Vitamina C cura câncer

Pesquisas mostraram que quando a vitamina C é utilizada diretamente na veia, tem uma ação diferente de quando ingerida como comprimido. Essa descoberta fez com que se questionasse o seu uso como uma opção de tratamento para o câncer. Porém, até agora, nada foi comprovado cientificamente.

O que se sabe é que a vitamina C tem grande influência no sistema imunológico. Por isso, pode servir como auxílio ao tratamento, mas, ela por si só não é capaz de curar um câncer.

Proteína animal aumenta o câncer

A proteína encontrada nas carnes é muito importante para a formação de novas células, além de auxiliar no transporte de substâncias no sangue, na produção de hormônios e, claro, na construção dos músculos do corpo humano.

O tratamento de um câncer pode fazer com que o paciente tenha uma perda muscular. Isso faz com que a pessoa não só tenha uma pior reação aos medicamentos, como também pode limitar outras atividades do dia a dia, como sentar, levantar e caminhar.

É muito importante que tanto a pessoa saudável, quanto o paciente oncológico, tenha uma alimentação balanceada. Lembrando de também incluir nela quantidades adequadas de proteínas. Além de procurar sempre se exercitar, respeitando os limites do seu corpo. Veja aqui sobre a relação entre exercícios e o tratamento para o câncer.

Câncer é uma sentença de morte

Hoje em dia, a tecnologia na área da medicina oncológica está muito avançada, sendo possível chegar à cura em diferentes casos. Entretanto, para isso é necessário ficar atento a alguns pontos. O principal deles é o diagnóstico precoce! Diagnosticar precocemente um câncer faz com que o prognóstico seja muito mais favorável, tornando a possibilidade de cura mais real.

Infelizmente, o tabu envolvendo a doença é muito grande e, por isso, muitos preferem pensar que “quem procura, acha”. Mas é preciso mudar este pensamento.

Diagnosticar precocemente e aderir corretamente ao tratamento facilitam os resultados positivos, incluindo a cura da doença.

 

 

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