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Superar: “Eu venci e vencerei todos os dias”

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Última atualização em 29 de julho de 2021

Superar. Esse deve ser o foco e sua meta. Se você já tratou ou ainda está tratando um câncer. Não necessariamente superar a doença, mas se superar e acreditar acima de tudo!

Veja como Eveline superou:

Eveline Martins tem 36 anos, é casada e mãe de quatro filhos. Descobriu o linfoma não-Hodgkin no início de 2017

Quando descobri o linfoma, minha maior preocupação era com meus filhos e também com meu trabalho, afinal além de gostar muito do que faço, é de onde vem meu sustento.

Essa descoberta aconteceu em abril desse ano, durante minhas férias. E foi por acaso, pois não costumo ir a hospitais, mas como ia viajar com as crianças para outro Estado, e estava sentindo muitas dores no meu tórax, resolvi ir numa emergência para verificar o que tinha. Quando fui atendida, me pediram um raio-x. A médica verificou uma alteração e logo solicitou uma tomografia. O resultado: pneumonia e derrame pleural.

Estava com uma viagem marcada, me passaram antibióticos e me instruíram a voltar caso a dor persistisse. Viajei e tomei todos os remédios, mas na volta a dor persistiu. Retornei na mesma emergência e refiz todos os exames, porém foi detectada uma massa no mediastino. Por não saberem o que era, me encaminharam ao setor de Oncologia. A especialista me informou que seria um tumor e precisaria de uma biópsia para o diagnóstico mais preciso.

Foi assustador ouvir isso, eu realmente não esperava. Chorei muito, mas segui em frente. Me internei dia 1 de maio e no dia 3 fiz a biópsia. Tinha um linfoma não-Hodgkin (LNH) de grandes células B. Eu não fazia ideia do que era linfoma, só sabia que era câncer. Minha médica falou “ainda bem que é linfoma, tem muitas chances de cura, comemore, faça uma festa”.

“Me agarrei com minha fé em Deus”

Eu me senti estranha, mas não fiquei triste, pois tinha medo de ser uma doença como a tuberculose e ter passado para minhas filhas. Me agarrei com minha fé em Deus e entrei em um grupo do Facebook e Whatsapp, nos quais um ajuda o outro e conhece um pouco mais sobre a doença e todos os processos do tratamento – no meu caso, fiz quimioterapia e agora iniciarei a radioterapia, pois como meu tumor tinha mais de 10cm acharam melhor para consolidar o tratamento.

Creio que em todo esse processo o que mais me ajudou foi Deus e a minha fé nele. Levei a vida sem ficar pensando na doença. Tinha consciência sobre meu câncer, mas ao mesmo tempo não me sentia doente. Procurei viver o mais normal possível, e realmente acho isso uma das coisas mais importantes no processo de cura e para uma mente saudável. Sempre que tinha consulta com minha hematologista, ela dizia “você tem uma cabeça ótima e vai ficar boa logo”. E realmente deu tudo certo.

Acabei todas as quimioterapias e não tive muitos efeitos colaterais. Já me sinto uma vencedora!

Nunca questionei o porquê tive essa doença, simplesmente enfrentei. Via pessoas em situações piores, então nunca reclamava. Pelo contrário, agradecia não estar sofrendo tanto. Agora uma coisa eu aprendi: temos que dar valor às pequenas coisas. Nunca liguei para meu cabelo, mas confesso que senti muito a falta dele. Foi complicado, pois as pessoas ficavam olhando de um jeito como se eu tivesse algo contagioso. Nunca sofri discriminação, mas quando saía com os lenços em minha cabeça eu já sabia como seria. Isso é muito triste e me deixava envergonhada, porque pensava que faria vergonha com minhas filhas, mas elas me deram tanto amor que isso me ajudava a querer prosseguir.

Agora, pretendo cuidar da minha família ainda mais e fazer eles muito felizes, pois essa é a chave da minha felicidade. Sei que existe a remissão, mas vivo um dia de cada vez, dando muito valor a cada minuto que tenho.

Quem passa por essa doença precisa estar ao lado de quem realmente se importa e que tenha muito amor, carinho e paciência, pois é uma batalha diária. Agradeço ter tido muito amor de todos que me ajudaram. Eu venci e vencerei todos os dias!

 

Veja outras histórias da “Superar”. Gabrielly conta como foi a sua jornada aqui

Veja mais sobre o LNH no site da Abrale.


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Olá boa tarde! Tenho minha vó de 86 anos de idade.. acabamos de descobrir que ela tem um câncer.. meu Deus como é difícil.. o que fazer no caso dela devido a idade? ela não aguentaria uma quimio, alguém pode me ajudar?

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