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Fadiga pode ser sintoma de leucemia e outras doenças

Homem com fadiga
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Última atualização em 12 de julho de 2024

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70% dos pacientes de leucemia mieloide crônica afirmam ter apresentado este sintoma como um dos sinais iniciais da doença. Investigá-lo o quanto antes é fundamental para obter um diagnóstico correto e precoce

Escrito por: Natália Mancini

A fadiga é uma sensação de cansaço físico, mental ou emocional que não passa ou diminui com o descanso. Este sintoma se torna preocupante e deve ser investigado quando acontece junto a outros sinais ou atrapalha a realização das atividades diárias. Diferentemente do cansaço, ela tende a estar relacionada ao uso de alguns medicamentos ou a algum quadro de saúde, podendo ser desde uma anemia até mesmo um câncer, como a leucemia mieloide crônica.

Qual é a diferença entre fadiga e cansaço?

A principal diferença entre esses dois quadros é o motivo pelo qual eles ocorrem. Enquanto o cansaço acontece devido à realização de atividades físicas ou mentais exaustivas, a fadiga pode ser o sintoma de alguma doença ou ainda ser um efeito colateral de medicamentos.

Mulher com cansaço ou fadiga

A Drª. Carla Boquimpani, líder de Especialidade Síndromes Mieloproliferativas e LLC da Oncoclínicas, detalha que a “fadiga é um cansaço que não melhora com o descanso. Sendo que, quando ela ocorre de forma contínua, leva à falta de energia e prostração, além de dificuldade para realizar as atividades diárias.”

A Drª. Carla complementa que outra diferença entre o cansaço e a fadiga, é que o primeiro melhora após o repouso e o segundo, não.

Em geral, a fadiga se torna preocupante quando atrapalha as atividades diárias da pessoa, dificultando sua vida profissional e pessoal. Outro sinal de alerta é caso também estejam presentes outros sintomas, como perda de peso inexplicada, febre, dores nos ossos e suor noturno.

Quais doenças causam fadiga?

De acordo com a especialista, este sintoma pode ocorrer em doenças que causam anemia, alguns tipos de cânceres (como as leucemias), doenças cardiovasculares e doenças pulmonares.

Para descobrir o que está causando a fadiga, a Drª. Carla indica que sejam realizados exames laboratoriais para investigação de anemia, como o hemograma completo, ecocardiograma e prova de função pulmonar.

Pessoa no médico para investigar porque está com fadiga
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Fadiga na leucemia

Apesar deste sintoma poder acontecer em todos os tipos de leucemia, ele é particularmente frequente na leucemia mieloide crônica (LMC). A Jornada de Pacientes de LMC, realizada pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), descreve que 70% dos pacientes sentiram cansaço ou fadiga como um dos sintomas iniciais, seguido por perda de peso (48%).

Diferença de um sangue saudável e um sangue com anemia

A Drª. Carla explica que a fadiga é um sintoma bastante comum nesses pacientes devido à tendência da LMC de causar anemia, que, por sua vez, pode resultar nesta manifestação. 

“Na LMC, a fadiga se manifesta como falta de ânimo para exercer as atividades profissionais, fraqueza e dificuldade para exercer atividades diárias. O paciente consegue fazer as suas atividades embora com diminuição da qualidade de vida”, ela diz.

Além disso, dependendo do estágio da doença, a pessoa também pode sentir como se seu estômago estivesse cheio e/ou perceber um volume abdominal, devido ao aumento do baço, ou ainda sentir dor muscular e articular.

Mas, a doutora pontua que é válido saber que metade dos pacientes de LMC não apresentam nenhum sintoma no momento do diagnóstico e descobrem a doença por meio dos exames de rotina. 

Por último, também é importante saber que a fadiga pode permanecer ao longo do tratamento da LMC, devido aos medicamentos utilizados para controlar a doença. Mas, há diversas estratégias que podem ser realizadas para melhorá-la.

“O ideal é uma excelente hidratação, realização de atividade física constante e moderada e, principalmente, fazer o tratamento da doença corretamente”, a Drª. Carla Boquimpani orienta. 

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Muito obrigado Dra. Carla Boquipani, pelas informações, sugiro que pense em outras formas de divulgação, pela utilidade do seu relato pra leigos como Eu, que nada sabia. Pena que não lí antes, pois, se o tivesse, teria salvado ou, pelo menos prolongado a vida do meu filho de 41 anos que faleceu com 13 dias pós descoberta.

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