Doença autoimune tem cura?
Última atualização em 1 de agosto de 2022
O melhor tratamento dependerá do diagnóstico e comportamento do quadro, mas, nem sempre, a doença entra totalmente em remissão
Não é possível dizer que doença autoimune tem cura, porque, na maioria dos casos, ela não “desaparece” totalmente. Mas, é bastante comum que ela fique “adormecida” por meio do tratamento, permitindo que o paciente tenha uma boa qualidade de vida. Mesmo quando isso acontece, pode ser necessário que a pessoa mantenha alguma terapia medicamentosa, porém menos intensa.
As doenças autoimunes acontecem quando o sistema imunológico (células e anticorpos que deveriam proteger o organismo) passa a enxergar o próprio corpo como uma ameaça e começa a atacá-lo. Isso gera uma reação inflamatória.
Por esse motivo, em geral, o tratamento das doenças autoimunes tem o objetivo de controlar essa inflamação para que ela não cause danos irreversíveis aos órgãos e células afetados.
O Dr. Nilton Salles Rosa Neto, médico reumatologista do Hospital Nove de Julho, explica que “ no longo prazo, o objetivo é alcançar um estado de remissão, ou seja, em que a doença está sob controle (com ou sem medicação), e não há progressão de danos ao longo do tempo. Em certas situações pode se admitir um estado de baixa atividade de doença, ou seja, a inflamação existe, mas não é suficiente para trazer problemas significativos ao paciente.”
Quais são as doenças autoimunes
- Anemia aplástica
- Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)
- Artrite reumatoide;
- Lúpus eritematoso sistêmico;
- Tireoidite de Hashimoto;
- Diabetes mellitus tipo 1;
- Esclerose Múltipla e
- Esclerose Sistêmica Progressiva.
Tratamento de doença autoimune
De acordo com o reumatologista, os medicamentos usados na terapia dependem se a doença está em fase aguda ou não. Na fase aguda, os principais medicamentos são os anti-inflamatórios não hormonais e os corticosteroides.
Popularmente conhecidos como corticoides, os corticosteroides não devem ser usados por muito tempo e em doses elevadas, “pois apresentam diversos efeitos adversos”, o Dr. Salles alerta. Ele complementa descrevendo que, para evitar que o paciente tome esse tipo de remédio por um longo período, são administradas drogas imunossupressoras ou imunobiológicas.
“Além disso, o tratamento pode incluir outras terapias como imunoglobulina ou plasmaférese, para inibição ou remoção de autoanticorpos. Mas, isso não é válido para todas as doenças autoimunes”, pontua o médico.
Outras estratégias que entram como complemento do tratamento das doenças autoimunes são as transfusões sanguíneas e a hemodiálise. Isso acontece porque esses procedimentos ajudam a melhorar o estado de saúde da pessoa.
O Dr. Salles ressalta que “diante dessa ampla gama de opções, o médico vai indicar as que são mais apropriadas para cada paciente.”
Novo protocolo de medicamentos para anemia aplásica severa é estipulado
Estudo demonstra que, com nova combinação de drogas, é possível alcançar uma resposta mais rápida e melhor
Doença autoimune tem cura?
Não, a doença autoimune não tem cura, mas, costuma ser altamente controlável e pode entrar em remissão e não reativar. Ou seja, é possível que, com o tratamento, a patologia deixe de ficar ativa, não dê mais sinais e também não reapareça no futuro. Entretanto, em outros casos o paciente pode continuar com a inflamação ativa durante períodos prolongados.
“Como não é possível prever a recorrência, um acompanhamento periódico é necessário e o tempo dirá se a doença não retornará mais”, o especialista orienta.
A depender do comportamento do diagnóstico e da gravidade do quadro alguns protocolos podem ser seguidos. Sendo eles:
- A inflamação é autolimitada, então para espontaneamente, permitindo que o tratamento seja interrompido;
- A inflamação vai e volta, assim usa-se medicação quando ela aparece (fase ativa) e é possível reduzir a quantidade de medicamentos, ou até mesmo interromper seu uso, nas fases inativas e
- Quando a inflamação não cessa, dessa forma, é preciso fazer uso de terapias constantemente.
O doutor esclarece que essa variação acontece porque durante as fases de maior inflamação, há também um maior risco de danos aos órgãos e estruturas. Já quando a inflamação está menos intensa, esse risco é menor.
No caso da anemia aplásica autoimune, por exemplo, o tratamento segue o mesmo esquema com corticoide e imunossupressores.
“Eventualmente, situações refratárias podem requerer transplante de medula óssea. Isso também não significa cura, pois o paciente pode precisar usar medicações para evitar rejeição, há o risco de recorrência, de infecções etc. Assim, o acompanhamento em um centro especializado, com equipe multidisciplinar experiente pode fazer a diferença na evolução dos pacientes”, o Dr. Salles informa.
Já em outras situações, como na púrpura trombocitopênica idiopática, a doença “pode, inclusive, ter remissão espontânea em criança”, fala a Drª. Mary Isabel Vieira Pedroso, médica hematologista da Rede de Hospitais São Camilo de SP.
Como fazer o desmame do corticoide
Muito utilizado na Oncologia, o corticoide possui algumas especificidades que devem ser consideradas no interrompimento de seu uso
Qualidade de vida dos pacientes
“O fato de não haver cura não significa que a doença não possa ser controlada. Desse modo, o diagnóstico e tratamento precoces fazem muita diferença na evolução dos pacientes”, o Dr. Salles salienta.
Ele diz que, geralmente, espera-se que os pacientes respondam bem aos tratamento e tenham uma boa qualidade de vida. Muitas vezes, podendo até retornar às atividades rotineiras mais brevemente.
Por outro lado, em casos refratários ou situações nas quais o diagnóstico foi tardio, é possível que ocorra algum prejuízo em termos de qualidade de vida.
A Drª. Mary descreve que em pacientes com PTI crônica, se a plaquetopenia (queda de plaquetas) estiver moderada, pode não ser necessário entrar com medicamentos. Então, a tendência é que o paciente tenha boas condições.
Entretanto, aquelas pessoas com plaquetopenia severa e que apresentam hemorragias, tendem a precisar de um tratamento mais prolongado. Isso pode afetar a qualidade de vida.
“Na anemia aplásica, o tratamento imunossupressor pode levar a uma independência transfusional. Porém, quando não existe uma boa resposta à terapia, o paciente fica dependente de transfusões frequentes, o que afeta negativamente a sua qualidade de vida”, a médica explica.
“Outros aspectos importantes nas doenças autoimunes são a adequada nutrição, a prática de exercícios, a cessação de tabagismo, o controle dos fatores de risco cardiovasculares, como obesidade, diabete e hipertensão. E é imprescindível a avaliação da saúde mental. Pacientes com doenças autoimunes costumam apresentar mais frequentemente ansiedade, depressão entre outras manifestações, e isto requer uma avaliação direcionada”, o Dr. Nilton Salles finaliza.
Fala-se hoje que a saúde começa e termina no intestino. Que o instestino possui uma hiperpermeabilidade onde o intestino produz uma proteína não digerida que caiu no sangue e o organismo cria anti corpus para se defender, dando origem há diversas doenças auto imunes.
Porque esse caminho de tratar a causa ao invés dos sintomas ainda é tão pouco apresentada aos pacientes?
Olá, Adriana, como vai?
A senhora está se referindo a qual doença autoimune, por favor? Assim, podemos te oferecer uma resposta mais exata ?
Como nós explicamos nesta matéria, as doenças autoimunes não têm cura, mas, muitas vezes podem ser controladas. E, com certeza, a alimentação é um componente importante em muitos tratamentos e pode ajudar a melhorar os sintomas ou torná-los mais intensos. Por isso, é preciso contar com um nutricionista, na equipe multidisciplinar!
Abraços!
[…] Não, a doença autoimune não tem cura, mas, costuma ser altamente controlável e pode entrar em remissão e não reativar. Ou seja, é possível que, com o tratamento, a patologia deixe de ficar ativa, não dê mais sinais e também não reapareça no futuro. Ver resposta completa […]
Entrar na remissao
Olá, Ana, como vai?
Como podemos te ajudar? ?
Abraços!
Boa tarde, gostaria de saber qual o melhor ou quais os melhores países pra tratar a doença auto imune numa adolescente de 15 anos?
Olá, Neila, como vai?
Nós só atuamos com o tratamento dos pacientes no Brasil, portanto somente podemos informar sobre as terapias realizadas no nosso país.
A senhora está em busca de tratamento para qual tipo de doença autoimune?
Abraços!
Espondilite aquilosante, ela é autoimune…sabe se essa doença aposenta?
Olá, Arnaldo, como vai?
A Abrale não atende essa doença, por isso, não temos a expertise necessária para te auxiliar. Nós indicamos que o senhor converse com o(a) médico(a) que te acompanha para ter mais informações ou busque um advogado especialista em saúde ou aposentadoria.
Abraços!
Olá,
Descobri recentemente que tenho síndrome de sjorgren, que não é tão conhecida… Você pode me falar um pouco sobre ela, e se caso faça o tratamento correto e tenha disciplina posso atingir remissão, sendo que não está mais no início da doença
Olá, Franci, como vai?
A Abrale não atende essa doença, por isso, não temos a expertise necessária para responder as suas dúvidas.
Mas, indicamos que você converse com o(a) médico(a) que deu o seu diagnóstico, para que ele(a) possa te explicar certinho o que esperar do tratamento.
Abraços!
Eu tenho descobrir recentemente que tenho esse problema,mais os sintomas e mais secura nos olhos e boca porém tem um pouco de artrite reumatoide no meio dela dores nas juntas
Olá, Paula, como vai?
A especialidade médica responsável por cuidar das doenças autoimunes é são os reumatologistas, por isso, indicamos que a senhora procure um médico dessa especialidade para acompanhar o seu caso.
Abraços!
Venina Almeida Oliveira Vieira
Olá, Venina, como vai?
Como podemos te ajudar?
Abraços!
Boa noite ! Gostaria de saber se Trombocitemia essencial é doença auto imune e se teve algum caso que entrou em remissão ?
Olá, Leandro, como vai?
Não, a TE não é autoimune, ela é considerada uma doença mieloproliferativa.
Não é sempre que um paciente de TE precisará tomar medicação. Em alguns casos, o paciente pode realizar somente acompanhamento médico. Entretanto, se ele apresentar sintomas significativos ou tiver risco de trombose, será necessário fazer uso de medicamentos. Para esses casos em que a pessoa precisa fazer tratamento medicamentoso, geralmente, a terapia não pode ser interrompida e a TE passa a ser trata como se fosse uma doença crônica, por exemplo uma diabetes ou pressão alta.
Nós temos duas matéria que explicam tudo sobre os possíveis tratamentos da TE e quando realizá-los, se o senhor quiser ler e saber mais sobre o assunto, basta clicar nos links abaixo!
Tratamento da trombocitemia essencial: como acontece e efeitos colaterais
AAS na trombocitemia essencial: por que e quando usar?
O senhor já conhece o trabalho da Abrale?
Nós somos uma ONG que auxilia pacientes e familiares de pacientes com algumas doenças hematológicas, como a TE, por meio de diversos serviços gratuitos! Caso tenha interesse, pode entrar em contato com o nosso Apoio ao Paciente, para que a gente possa conversar mais, te contar sobre nosso trabalho e apoiarmos você como precisar. Basta enviar uma mensagem para o nosso WhatsApp 11 3149-5190 (ou clique no link) para que possamos fazer o seu cadastro! Só pedimos para que, no primeiro momento, não envie áudio para que nosso sistema possa entender a sua demanda e encaminhar para o departamento correto.?
Você também pode entrar em contato conosco por estes canais:
– Telefone: 11 3149-5190 ou 0800-773-9973
– E-mail: [email protected]
– Site: https://www.abrale.org.br/fale-conosco/
Ficamos no seu aguardo ?
Abraços!
Inflamação autoimune do ciático deve ser tratada com corticóides ou infusão de imunuglobulina?
Olá, Leila, como vai?
A Abrale atende somente pacientes que tenham doenças do sangue, por isso, infelizmente, não temos a expertise necessária pra responder a sua dúvida.
Indicamos que a senhora busque o médico que prescreveu o tratamento, para que ele possa te explicar o porquê da escolha dele e os riscos e benefícios de cada uma das terapias.
Abraços!