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Acompanhamento psicológico: os jovens também sentem

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Última atualização em 28 de julho de 2021

Suporte psicológico pode ajudar a lidar com situações incomuns para a idade, como incertezas e finitude


O diagnóstico de um câncer pode causar um grande impacto emocional e quando o paciente é uma criança, ou um adolescente, esse abalo pode ser ainda maior. Isso acontece não só com a família, mas, principalmente, com o paciente, que precisa enfrentar situações incomuns para a sua idade. Por isso, contar com o acompanhamento psicológico pode fazer toda a diferença nesse processo.

Muitas vezes, a família pode ficar em dúvida sobre compartilhar, ou não, o diagnóstico com a criança ou com o adolescente. Mas, sim, é bem importante contar. Ter essa conversa e mostrar que aquele é um espaço aberto para conversar fará toda a diferença no tratamento.

A psicóloga Nisa M. Sucena, do Centro Infantil Boldrini, explica que esconder o que está acontecendo não protege o paciente. Na verdade, independentemente da idade, ele consegue perceber, pela expressão corporal dos familiares, que algo ruim está acontecendo. Então, não falar tem o efeito totalmente contrário do esperado.

“A omissão da verdade remete à sensação de abandono e solidão. Isso pode levar ao sentimento de culpa, pelo fato do seu tratamento causar mudanças importantes nas rotinas dos irmãos saudáveis e dos pais. A criança ou o adolescente sente-se responsável pelo que está acontecendo em casa”, diz Nisa.

Mesmo que não seja pela reação da família, o paciente pode desconfiar da doença, pois passará a encontrar, constantemente, outras pessoas da sua idade no hospital. Com isso, perceberá que está fazendo procedimentos semelhantes aos dessas outras pessoas. Isso tudo pode fazer com que o jovem se sinta traído e se feche.

Como o acompanhamento psicológico ajuda aceitar o diagnóstico?

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A forma com que eles enxergam o câncer será moldada conforme o tratamento for acontecendo. Por exemplo, se os efeitos colaterais forem (ou não) presentes, ou caso precisem mudar a rotina. Será por meio dessas situações que a percepção sobre a doença será construída.

“Os adolescentes e as crianças poderão vivenciar perdas importantes como a liberdade de planejar o futuro, do seu querer e também o afastamento de amigos e familiares. Isso os leva a expressar sentimentos de raiva, medo, insegurança e estresse extremo”, conta a psicóloga.

Com o passar do tempo e das etapas do tratamento, essa angústia pode acabar e outras emoções tomarem seu lugar. Mas ela também pode se agravar, dependendo da personalidade do paciente e de como está a sua condição emocional.

Dessa forma, a importância de ter um acompanhamento psicológico desde o início se destaca e se justifica.

“Esse profissional faz a escuta e busca por intervenções apropriadas para cada caso”, diz Nisa. Ela ainda complementa que, por meio desse trabalho, é possível ajudar o paciente a lidar com os sentimentos negativos mais intensos e fortalecer os recursos do ego e a capacidade de enfrentamento da doença ao longo do tratamento.

Família + diagnóstico + acompanhamento psicológico = compreensão

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O motivo é que o tratamento oncológico vai exigir bastante dos familiares mais próximos. Então, para poder cuidar do outro, é preciso, primeiro, cuidar de si mesmo.

Outra questão muito importante, é que o jovem terá grande consideração pela forma com que os membros da família reagem às situações. Ou seja, se no momento do diagnóstico as pessoas que são referência para o paciente se desesperarem, ele também vai.

Isso não quer dizer que os familiares e amigos devam esconder seus medos e suas angústias. Muito pelo contrário, é preciso expor os sentimentos, além de saber lidar com essas emoções.

“A família, diante do diagnóstico, se desorganiza e surgem sentimentos de desespero e impotência que demandam intervenções psicológicas. A criança e/ou adolescente tem essas pessoas como referência e apoio. São eles que irão auxiliá-lo no entendimento do adoecimento e na adesão ao tratamento. A família é a ponte entre o médico e o paciente”, ressalta a psicóloga.

Ter essa rede fortalecida, na qual todos conversam abertamente, pode fazer a diferença não só na hora da descoberta do câncer, mas também em diversos momentos. Isso acontece porque o jovem entende que suas dúvidas e emoções não devem ser guardadas para si próprio.

Dessa forma, Nisa indica que “legitimar seus sentimentos permite que os pacientes se sintam compreendidos e viabiliza a comunicação”.

A finitude não deve ser escondida

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Porém, como vimos, a conspiração do silêncio não é o melhor caminho. É preciso encontrar uma linguagem que esteja de acordo com a idade e capacidade emocional e intelectual do paciente. Além disso, é preciso dar espaço para que ele possa mostrar se está entendendo e se quer saber mais. “O esclarecimento é mais benéfico que permitir que medos não explicados atuem em sua imaginação”, orienta Nisa.

É comum que os pacientes se encontrem e tenham contato nos centros de tratamento, seja na sala de espera, no ambulatório ou na brinquedoteca. Assim, é muito provável que eles se aproximem, conversem sobre seus tratamentos, se tornem amigos e criem um vínculo. Inclusive, essa interação é mais que indicada para crianças, pois as incentiva a brincar, algo natural e saudável para elas.

“Esses encontros, que escapam do controle da equipe de saúde, guardam aspectos positivos. Como o apoio a outros pais que estão passando por uma etapa do tratamento pela qual já passaram e o convívio das crianças e dos adolescentes, que se reconhecem no outro. Entretanto, também possuem aspectos negativos. Por exemplo, há troca de informações desmotivadoras para aqueles pacientes que, às vezes, estão no início do tratamento”, fala a especialista.

Então, é possível que elas recebam alguma informação negativa ou ainda percebam que um amigo não está mais aparecendo. E isso tudo, caso não seja conversado com o paciente, pode deixá-lo com dúvidas, medos e ainda mais ansioso em relação ao seu próprio tratamento.

A importância de um olhar especial

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“Depressão é um transtorno que pode acometer qualquer pessoa. Mas, pacientes com doenças graves apresentam maior probabilidade de desenvolver esse tipo de transtorno”, ressalta Nisa.

Não se sabe ao certo a porcentagem de pacientes infantojuvenis que desenvolvem esse tipo de psicopatologia. Mas, é sabido que quando ela acontece nos adultos, há um risco 2,6 vezes maior do tratamento ser prejudicado. Isso ocorre porque há uma dificuldade em seguir à risca as orientações médicas, principalmente, as relacionadas aos medicamentos.

Por isso, é importante que haja uma atenção extra às mudanças no comportamento do paciente. Assim, os profissionais da Psicologia podem conversar com ele e descobrir qual a melhor forma de auxiliá-lo.

Outros pacientes que podem precisar de um cuidado a mais são os que estão passando pela puberdade. É possível que eles apresentem demandas relacionadas com a alteração da autoimagem devido à queda dos cabelos, cílios e à perda de peso, por exemplo.

Nesses casos, da mesma forma, há psicólogos na equipe médica para ajudar a lidar com essas questões. Uma técnica muito utilizada é a dinâmica de grupo, pois incentiva novas atitudes e novos olhares durante o tratamento.

 

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