Estadiamento do linfoma determina o tratamento

Essa medida mostra quão avançada a doença está e qual é a melhor forma de proceder
Por Natália Mancini
Em 15 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Conscientização sobre os Linfomas. Esse câncer acomete mais de 12 mil pessoas por ano no Brasil e diagnosticá-lo precocemente é fundamental! Por este motivo, a Abrale criou a campanha #SeToque, que objetiva levar informação sobre os principais sintomas da doença para toda a população.
Ao receber o diagnóstico de linfoma, o paciente precisa saber qual o tipo (Hodgkin ou não-Hodgkin) e o subtipo. Mas não só isso, também é preciso descobrir qual o estadiamento do linfoma! Essa informação é essencial para definir qual terapia será feita e até se realmente já é preciso iniciar o tratamento.
Sim! São muitas informações e muitas possibilidades do que pode acontecer, por isso, é extremamente importante entender cada conceito e etapa.
O que é estadiamento?
O estadiamento determina em qual fase uma doença está. No caso do câncer, o estadiamento mostra o quanto a doença já se espalhou pelo corpo e onde está localizada.
Quais são os estadiamentos do linfoma?
A Prof.ª Dra. Juliana Pereira, diretora do departamento de Hematologia do ICESP, explica que o estadiamento vai de um a quatro. Porém, para a nomenclatura, são utilizados os algarismos romanos, então pode ser estadio I, II, III ou IV. Sendo I o menos grave e o IV, o mais grave.
Dra. Juliana exemplifica que “se formos pensar em termos de quantidade de doença, no estadio I tem pouquíssima e no IV tem muita”.
Além dessa numeração, também pode ser colocada a letra “A” ou a letra “B”. Utiliza-se “A” quando o paciente não apresenta nenhum dos sintomas constitucionais, ou seja, febre, sudorese noturna e perda de peso. E “B” é para quando o paciente tem esses sintomas.
No estadiamento I, o paciente só tem uma cadeia de linfonodo comprometida, então apenas uma região do corpo está afetada. Pode ser a região cervical ou axilar.
Já no II, que é um pouco mais avançado, o paciente tem duas regiões do corpo comprometidas pelos linfonodos. Porém, essas duas regiões ficam no mesmo lado do diafragma, ou seja, só em cima ou só embaixo. Por exemplo, axilas e pescoço.
No estadiamento III, a pessoa tem comprometimento tanto na região acima quanto na região abaixo do diafragma. Dessa forma, a doença está mais espalhada. Por exemplo, pescoço e virilha.
E no estadio IV, o linfoma já infiltrou não só o tecido linfático, mas também algum outro órgão. Como estômago, fígado, rim ou sistema nervoso central (SNC).
“Podemos dizer que é um III A ou um III B, por exemplo. No III A ele tem linfoma acima e abaixo do diafragma, mas não tem sintomas. Já no III B ele também tem linfoma acima e abaixo, mas apresenta sintomas”, explica a médica.
No linfoma não-Hodgkin, ainda é possível classificar como “indolente” ou “agressivo”. Os indolentes apresentam crescimento lento, enquanto os agressivos se desenvolvem mais rapidamente.
Como é feito o estadiamento do linfoma?
Ele pode ser feito de algumas maneiras, mas primeiro é preciso fazer um exame clínico. O médico faz uma análise detalhada do paciente, avaliando a boca, a mama (no caso das mulheres) e o testículo (nos homens), se o baço está aumentado e se há alguma lesão na pele.
O segundo passo são os exames de imagem, que podem ser a tomografia computadorizada ou o PET CT. Enquanto a tomografia é recomendada para os linfomas mais agressivos, o PET CT é indicado para os indolentes. A partir desses exames, o radiologista informa para o hematologista quais locais apresentam linfonodos comprometidos e se o baço, fígado ou SNC foram afetados.
“Em alguns casos, além dos exames clínicos e dos de imagem, é preciso fazer uma biópsia da medula óssea. Ela permite que analisemos se a medula foi comprometida pelo linfoma ou não”, conta a Drª. Juliana. Entretanto, ela explica que esse procedimento só é utilizado nos pacientes que fizeram o estadiamento por meio da tomografia. Já quem fez o estadiamento com o PET CT, não precisa fazer a biópsia porque esse teste é mais sensível.
Nos linfomas não-Hodgkin, caso o paciente apresente algum sintoma relacionado ao SNC, também é indicado fazer ressonância do crânio. Além também de fazer uma punção lombar para ver se o líquor não está afetado com linfoma.
Qual tratamento é mais indicado para cada estadiamento do linfoma?
Nessa parte que as coisas começam a ficar complexas, pois, como sabemos, são vários os subtipos de linfomas. Dessa forma, precisamos separá-los para entender qual o melhor tratamento e quais linfomas irã precisar, de fato, tratar.
Começando pelo LHN, vamos separar os indolentes e os agressivos.
A Dra. Juliana afirma que se o paciente for diagnosticado com LNH indolente estadiamento 3 ou 4 (mais avançado), mas não apresentar sintomas, ele não precisa ser tratado!
Entretanto, se a doença for sintomática, o tratamento mais indicado é a imunoterapia (Brentuximabe) associada a poliquimioterapia nos linfomas de células B. Já nos de célula T, é administrada apenas a poliquimioterapia CHOP.
No caso dos LNH agressivos, independente do estadiamento, o tratamento é feito com poliquimioterapia sistêmica associada ao Brentuximabe. “Depois da quimioterapia, se sobrar um pouquinho daquela lesão, encaminhamos para o radioterapeuta”, pondera Dra. Juliana.
Já no LH, independente do estadiamento, também é feita a poliquimioterapia, mas com ABVD.
É possível curar um linfoma em qualquer um dos estadiamentos?
Provavelmente sim! Mas aqui, de novo, é preciso separar os linfomas em indolentes e agressivos.
O indolente, independente do estadio, é incurável, mas calma, não é o fim do mundo! O tratamento, mesmo após uma recidiva, é possível.
“Com o tratamento após a revidiva, as chances são grandes do paciente ficar novamente sem o linfoma por mais algum tempo. Mas o comportamento deste tipo de linfoma é exatamente esse. Tratamos, ele fica um tempo sem doença, mas acaba voltando. Então chamamos de incurável”, diz a especialista.
Já os agressivos são extremamente curáveis, mesmo em estadio avançado!
Como descobrir o linfoma em estadiamento inicial?
A Drª Juliana alerta para os sintomas do linfoma, em especia os linfonodos inchados. “Se uma ‘íngua’ persiste por mais de 4 semanas, cresce ou aparece novas, e estas não estão associadas a uma infecção, é preciso ir rapidamente ao médico!”
Outro ponto que ela ressalta é a demora para conseguir marcar uma consulta na saúde pública. Além também da dificuldade que os médicos têm para reconhecer os sintomas do linfoma e a demora para sair o resultado da biópsia. Isso tudo retarda muito o diagnóstico da doença e o início do tratamento, prejudicando o paciente.
“Então, o paciente tem que ficar alerta para esses sintomas para procurar um médico. E o médico tem que estar atento, desconfiar do linfoma e indicar uma biópsia”, finaliza a Drª. Juliana.
é oque esta acontecendo comigo medicos p me atender sem menor experiencia não fazem nenhum exame fisico fingem que nao estão escultando minhas queixas fingem que nao vê linfonodos e lesoes .aparentemente minha situação parece indolente mas com sintomas .eu sofrendo nenhum tratamento para micoses fungos e infecção por senuzite intestinal e de pele tem resposta .so piora porque sus poe alunos sozinhos sem professor p dar apenas tratamentos paliativos para sintomas que sugerem infecções .
Olá, Maria, tudo bem?
Peço para que você entre em contato com o Apoio ao Paciente da Abrale para que a gente veja como podemos te ajudar, por favor!
Nossos telefones são (11) 3149-5190 ou 0800-773-9973.
Abraços!
só posso por wifi ligue pra mim 119 56940088.e e isso que acontece ja fiz exames poucas alterações tenho cisto defigado tipoIVa dilatação dutos tomo torax um monte de linfonodo inespecifico maior 1cm pescoço tem dos dois lados um pequenona clavicula coceira corpo mesmo com apenas agua so posso comer a base de cortisol lesoes pele sudorase sem febre alta sem emagrecimento ou anemia hemogramas globulosbranco sempre alto saguimentado leucocitos linfocitos limites maximo a 1 ano histoquimico inconclusivapode mais estudo sinto que somente biopsia vai dizer se tenhoou nao algum tipo de linfoma ou llc pior que o cancer e nao morrer nem ficar boa pensando que se investigado direito teria chances de voltar a viver
telefone certo é 11956940058 .outro esta errado me ligue me ajude
preciso biópsia linfonodos pele e figado me ajude