Como é a “metástase” do mieloma múltiplo

Por mais que esse seja um termo bastante conhecido, no caso desse câncer, ele é pouco utilizado e não está relacionado com a evolução da doença e de seu tratamento
Em geral, não se fala em metástase do mieloma múltiplo, pois esse câncer não se espalha da mesma forma que pode acontecer em outros tumores. Isso se dá porque o mieloma já tende a se manifestar por meio de lesões ósseas em diversas partes do corpo. Atualmente, a quantidade de lesões não é mais levada em consideração na hora de determinar o estadiamento ou de identificar se a doença é agressiva ou não. Mesmo em casos nos quais há múltiplas lesões, é possível tratar e alcançar respostas profundas duráveis.
A Drª. Mariana Oliveira, onco-hematologista da Oncoclínicas São Paulo, relembra que o mieloma múltiplo (MM) é um câncer que afeta os plasmócitos, células do sistema imunológico que, geralmente, encontram-se na medula óssea. A medula óssea, por sua vez, é um tecido encontrado dentro de uma cavidade dos ossos.
“O mieloma pode se manifestar na forma de tumor (plasmocitoma) ou de múltiplas lesões ósseas chamadas de ‘lesões líticas’. É rara a forma de plasmocitoma solitário, isto é, quando só temos tumor de plasmócitos em uma área. Na maioria dos casos, observam-se múltiplas áreas de lesões líricas”, a Drª. Mariana esclarece.
Por isso, ela reforça que não se fala em metástase do mieloma múltiplo. A médica também comenta que as áreas que costumam ser mais afetadas por essas lesões ósseas são o crânio, a coluna vertebral, o esterno (osso do peito), arcos costais, ombros, quadril e pelve.
É válido saber que a quantidade de lesões ósseas também não está ligada à agressividade do MM. A agressividade desse câncer está associada à presença de determinadas mutações genéticas, insuficiência renal e plasmócitos circulando no sangue.
“Portanto, múltiplas lesões ósseas não fazem a doença ser mais grave”, a especialista ressalta.
Estadiamento do mieloma múltiplo e quantidade de lesões
O estadiamento é uma ferramenta importante para que os médicos possam entender como o paciente e a doença irão evoluir. Antigamente, usava-se o estadiamento de Durie Salmon para MM, que levava em consideração alguns fatores, dentre eles a quantidade de lesões ósseas. Mas, viu-se que ele deixava de lado indicadores importantes e, por isso, esse sistema foi substituído.

“O estadiamento de Durie Salmon indicava que quanto maior o número de lesões ósseas, mais avançado é o mieloma. No entanto, este estadiamento é antigo e menos usado atualmente. Ele recebe críticas por não levar em conta um fator muito importante, que é a presença de mutações citogenéticas. Seu uso foi substituído pelo ISS e pelo R-ISS”, a Drª. Mariana conta.
O sistema R-ISS é o mais utilizado hoje em dia e leva em consideração as mutações genéticas presentes, a enzima DHL e as proteínas B2 microglobulina e albumina. Esses são fatores que avaliam a inflamação e a atividade da doença.
Cirurgia para mieloma múltiplo: quando fazer?
O procedimento não melhora o câncer em si, mas pode evitar a necessidade de uma operação de emergência que atrapalhe…
Tratamento do mieloma múltiplo com “metástase”
De acordo com a onco-hematologista, mesmo quando há a presença de múltiplas lesões ósseas, o MM é tratável. Nesses casos, o objetivo é alcançar a melhor resposta possível, transformando esse câncer em uma doença crônica e promovendo uma boa qualidade de vida para os pacientes.

Por meio das terapias disponíveis atualmente, até os pacientes que apresentam esses quadros podem alcançar respostas profundas e duráveis. É possível que ele viva com a doença em remissão por muitos anos e tenha recidivas, que são tratáveis. Também é importante saber que ter uma grande quantidade de lesões não significa que o mieloma múltiplo está na fase terminal.
A Drª. Mariana Oliveira considera que “o mieloma tornou-se uma doença crônica – conseguimos hoje em dia que a maioria dos pacientes tenha longos períodos livres de doença e quando recaem, temos tratamentos eficazes e que permitem que ele tenha uma sobrevida muito mais longa e com boa qualidade de vida.”
Ela finaliza afirmando que “o futuro é muito promissor e teremos em breve a chegada de novos tratamentos que farão os pacientes viverem ainda mais e melhor.”
Olá meu nome é Roberto fui diagnosticado com o mieloma múltiplo!
Mas os médicos me disseram que não passou dos 10% isso significa alguma esperança para um tratamento saudável!
Mas também sou portador do lúpus eritematoso sistêmico e também sou transplantado do rin!
Vou deixar aqui o meu WhatsApp para esclarecimentos! Grande abraço e ficarei feliz em saber mais sobre o MM!
+818016170775 ou meu Instagram robertocasanova.cantor
Olá, Roberto, como vai?
O senhor pode entrar em contato com o nosso Apoio ao Paciente, por favor? Assim, nossos especialistas podem responder sua dúvida de uma forma mais específica. Inclusive, nós temos um projeto de Telemedicina, no qual os pacientes podem fazer uma consulta gratuita com os nossos onco-hematologistas voluntários para ter uma segunda opinião médica, tirar as dúvidas e ver quais seriam as principais opções de tratamento.
Nossos contatos são:
– Telefone: 11 3149-5190 ou 0800-773-9973 (o primeiro número também é WhatsApp, se quiser mandar uma mensagem pelo app basta clicar aqui)
– E-mail: apoioaopaciente@ABRALE.org.br
– Site: https://www.abrale.org.br/fale-conosco/
Abraços!
Olá. Muito interessante essa abordagem sobre o MM. Meu marido tem MM e foi diagnosticado com Plasmocitoma. Hoje em tratamento com Revlimid.
Olá, Rosa, como vai?
Que bom que achou nosso conteúdo interessante, ficamos muito felizes! 🤩
A senhora já conhece o trabalho da Abrale? Nós somos uma ONG que auxilia pacientes com algumas doenças hematológicas, como o mieloma, por meio de diversos serviços gratuitos! Caso tenha interesse, pode entrar em contato com o nosso Apoio ao Paciente, para que a gente possa conversar mais, te contar sobre nosso trabalho e apoiarmos vocês como precisarem. Basta enviar uma mensagem para o nosso WhatsApp 11 3149-5190 (ou clique no link) para que possamos fazer o seu cadastro! Só pedimos para que, no primeiro momento, não envie áudio para que nosso sistema possa entender a sua demanda e encaminhar para o departamento correto.💖
Você também pode entrar em contato conosco por estes canais:
– Telefone: 11 3149-5190 ou 0800-773-9973
– E-mail: apoioaopaciente@ABRALE.org.br
– Site: https://www.abrale.org.br/fale-conosco/
Abraços!