Paz interior, bem-estar geral
Última atualização em 3 de agosto de 2021
O bem-estar causado pela espiritualidade traz outro sentido à vida de quem lida com doenças graves
Imagine-se em um banho de mar em um dia de ondas calmas, de céu azul claro em uma bela praia; ou em uma floresta de árvores frondosas, com cheiro de mata e todo o silêncio preenchido por cantos de pássaros e ruídos de outros animais. Pode se imaginar também em uma boa meditação; realizando alguma ação altruísta para quem precisa; ou, se for o seu caso, participar de uma missa. Ou outro ritual religioso que lhe preencha de uma grande satisfação. Essas e outras situações têm uma enorme capacidade de nos desertar para a espiritualidade e causam um bem-estar.
“Trabalhar a espiritualidade é trabalhar o seu autoconhecimento. Através da busca pelo que transcende a sua vida material, por algo sagrado e divino que justifique a sua existência.”, define Thiago Pugliesi Branco, médico geriatra do Núcleo de Cuidados Paliativos do Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp). Ele trabalha atualmente para a criação de um Núcleo de Espiritualidade e Oncologia no Instituto. “Médicos e outros profissionais da saúde nutrem cada vez mais interesse sobre esse tema. Mas ainda precisamos desfazer alguns preconceitos”, avalia.
A sensação de conforto equilibra o sistema nervoso
A relação simbiótica entre a área da saúde e o conhecimento mais científico sobre a espiritualidade aumenta cada dia. Isso porque estudos médicos indicam que uma pessoa espiritualizada dá sinais de melhoria em seu estado físico e psicológico, em sua relação com os que estão ao redor. Chegando a extrapolar para o desenvolvimento de sentimentos de contentamento, perdão, esperança e afeto. Somadas a isso, práticas religiosas incentivam hábitos de vida saudável, suporte social, ou que pode gerar menores taxas de estresse e depressão, se mostrando um eficiente mecanismo de prevenção de doenças.
De acordo com o médico Marcelo Saad, um dos autores do livro Espiritualidade baseada em evidências, a espiritualidade, seja ela exercida através de uma religião ou não, interfere no estado psico-neuro-endócrino-imunológico do paciente. “Quando a nossa mente alcança uma harmonia pelo conforto e pela segurança, há um equilíbrio do sistema nervoso, que controla todas as funções do nosso corpo”, afirma. E essa reação é positiva em momentos de doença. “Estudos mostram que pessoas espiritualizadas, que praticam orações, meditação ou outros meios, têm maior controle de sintomas como dor e pressão arterial. Além de serem mais favoráveis no contexto de pós-operatório”, explica Branco.
Controle dos sinais vitais
Por outro lado, no caso de pacientes já em estágio de doença incurável, o médico do Icesp diz que o bem-estar proveniente da espiritualidade melhora o controle de sintomas físicos. Alias, permite a esse paciente lidar com a realidade de maneira menos sofrida.
“Nesse período, é natural que surjam angústias, questionamentos, medo. A gente acredita que práticas de meditação e orações, por exemplo, ajudam no controle de sinais vitais; no desenvolvimento de uma paz interior e de um amparo emocional. Diversas religiões tratam a doença e a morte como uma possível libertação. Mostram que pode haver algo que nos permita encontrar com um Deus. Trazem um sentido maior à vida e a um pós-vida”.
Como bem disse Merula Steagall, presidente da Abrale, em um de seus editoriais escritos para a nossa revista. “ A dor, as perdas e as situações de provocação são sinais de alerta e momentos de pausa para fortalecermos nossa fé e coragem. É nesse percurso que se encontra o significado da vida”.
sinto muito pela dor dessas pessoas, deve ser dificilimo. DEUS OS AJUDE , vou rezar para todos.
DEUS AJUDE ESSAS PESSSOAS com muita resignaçao.
❤?
DEUS QUE DE MUITA RESIGNAÇAO A TODAS AS PESSOAS COM ESSA TRISTE DOENÇA.