Chá de hibisco para o câncer? É bom ter cuidado
Última atualização em 29 de julho de 2021
Conhecido por ajudar a perder peso, seus efeitos colaterais devem ser observados
O chá de hibisco ganhou os holofotes por ajudar na perda dos quilinhos indesejados e na retenção de líquidos.
Esta planta, de origem asiática e africana, é popularmente utilizada na medicina indiana como diurético, laxativo e também para o tratamento de doenças hepáticas, renais e cardiovasculares.
É possível utilizar as folhas e as pétalas em preparos como picles, sopas, molhos, bebidas, geleias e gelatinas. Mas sua forma mais conhecida para o consumo é o chá, feito a partir do cálice da planta.
Dentre as substâncias presentes estão antioxidantes como os flavonoides e antocianinas, que contribuem para evitar acúmulo de gorduras. Isso acontece porque o chá reduz a adipogênese, processo no qual há produção de células de gordura, e também bloqueia a produção de amilase, uma enzima que transforma o amido em açúcar.
Porém, ao consumi-lo em excesso alguns efeitos colaterais podem surgir:
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Riscos para a fertilidade
Alguns componentes presentes no chá podem dificultar a gravidez, por interferir no processo de ovulação. Mulheres grávidas também devem evitar, por correrem o risco de abortos.
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Problemas na amamentação
Em excesso, ele também pode causar problemas ao bebê que esteja sendo amamentado, já que os níveis hormonais da mulher podem ser afetados.
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Pressão baixa
Por conter compostos que eliminam eletrólitos, responsáveis por manter a pressão normal, sintomas como tontura, visão turva, suor excessivo, náusea e sensação de desmaio podem acontecer.
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Interação medicamentosa
A depender da medicação que o paciente esteja tomando, é possível que o hibisco, em especial em sua forma mais concentrada (extrato) possa anular o efeito do tratamento ou até mesmo causar efeitos colaterais.
E para quem está em tratamento do câncer, consumir hibisco é uma boa dica?
De acordo com Ana Bombonatto, nutricionista do Comitê de Nutrição da Abrale, antes de qualquer coisa é fundamental conversar com o profissional responsável pelo tratamento.
“Existem pouquíssimas pesquisas que avaliaram o impacto do hibisco no tratamento do câncer. É importante reforçar que esses estudos avaliaram o extrato de hibisco e que a maioria deles foi realizada in vitro ou com ratos, não sendo realizados nenhum teste com humanos. Por isso, não é possível dizer que o extrato de hibisco possa ajudar o paciente ou se irá ter interação com alguma medicação e causar possíveis efeitos colaterais”, disse.
Então já sabe: antes de consumir chá de hibisco, ou qualquer outro preparo que contenha a planta, converse com o médico e nutricionista que esteja acompanhando seu tratamento!
Agora, caso a equipe médica tenha liberado, aqui vão algumas receitinhas:
Geleia de hibisco
Ingredientes
- 1 maçã
- ½ xícara (chá) de hibisco desidratado
- 1 copo (200ml) de água
- 1 e ½ xícara (chá) de açúcar
Modo de preparo
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Em seguida, coloque a mistura em uma panela e acrescente o açúcar. Mexa em fogo médio, até engrossar. Coloque em um potinho e leve à geladeira por 1 hora.
Pudim de aipim com hibisco
Ingredientes
- 200ml de água
- 5 unidades de flores de hibisco
- 300g de açúcar
- 50g de coco ralado fresco
- 2 ovos
- 1 copo de leite de coco
- 500g de aipim ralado
- 50g de manteiga
Modo de preparo
Ferva a água, acrescente três flores de hibisco sem o miolo e deixe por cinco minutos. Após retirar as flores, seque com papel toalha e pique bem. Acrescente o açúcar na água em que o hibisco foi fervido para fazer uma calda. Os demais ingredientes, bata no liquidificador. Misture o hibisco picado nos ingredientes batidos. Unte uma forma de pudim com manteiga e açúcar. Coloque a mistura na forma e asse em banho maria em formo médio. Após 1h, desinforme e regue o pudim com a calda de açúcar.