Susana Vieira conta como foi seu tratamento da LLC em entrevista exclusiva para a Revista Abrale
Última atualização em 7 de março de 2024
Atriz, que está em remissão, também estrela vídeo da campanha de Fevereiro Laranja!
Susana Vieira é uma artista consagrada, com uma carreira repleta de sucessos e personagens que marcaram gerações e muitas histórias. Em 2015, veio a descoberta que traria uma nova jornada em sua vida: a leucemia linfocítica crônica (LLC).
Nós, da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), tivemos a honra de poder contar com a participação da atriz na campanha “Câncer do sangue também é câncer. LLC: um passo de cada vez”, em parceria com a Janssen Brasil.
Agora, Susana conta em entrevista exclusiva à Revista Abrale Online como foi se ver diante ao diagnóstico de um câncer.
Abrale – Susana, você já contou em algumas entrevistas que foi bem impactante quando descobriu ter uma leucemia. Você já tinha ouvido falar em LLC antes de receber o diagnóstico?
Susana Vieira – Mais impactante do que descobrir a leucemia, foi a forma como o médico me deu a notícia. Senti como se ele estivesse decretando a minha morte. A maneira seca, imprevisível. Eu nunca tinha ouvido falar em LLC, somente em leucemia, no geral, mas ouvia muito dizer que era mais comum em crianças. E eu nunca poderia imaginar que tinha uma doença no sangue, com toda a minha energia, com a intensidade do trabalho. A frieza do hematologista, quando ele me falou a palavra leucemia, me impactou realmente.
Por que a leucemia linfoide crônica (LLC) pode causar dor?
Apesar de dores e câimbras serem sintomas comuns nos pacientes com esse tipo de câncer, elas devem ser avaliadas e…
Abrale – Você apresentou sintomas? Ou descobriu a LLC durante exames de rotina?
Susana Vieira – Eu não apresentei sintoma nenhum que indicasse ter uma leucemia. Fui fazer alguns exames para uma cirurgia que queria fazer, e dentre eles o de risco cirúrgico, com exames cardíacos, radiografia do pulmão e também um exame de sangue. O Dr. Roberto Costa foi o cardiologista que me atendeu e quando ele viu os resultados do meu hemograma, comentou comigo que tinha notado uma alteração grave nas células do sangue, um número bem alto de linfócitos, e que era preciso procurar por um especialista. Ele falou sobre buscar o Instituto do Câncer, e isso ficou na minha cabeça. Como eu não tinha um médico que me acompanhava, conversei com a minha psiquiatra, que é a pessoa que cuida do meu corpo e da minha alma. Ela me aconselhou a buscar por um especialista também, e foi aí que encontrei o médico que me deixou horrorizada ao dar o diagnóstico.
Depois, já no Rio de Janeiro, passei a ser atendida pelo hematologista que me acompanha há tantos anos. Mas agradeço por ter precisado fazer estes exames pré-cirúrgicos, porque foram eles que me levaram ao diagnóstico.
Abrale – Agora falando um pouquinho sobre o tratamento. Foi necessário usar algum medicamento? Ou apenas realizar consultas periódicas com o médico?
Susana Vieira – Eu fiz todo o tratamento exatamente como foi orientado pelo meu médico. Fiz 10 sessões de quimioterapia. Eu ouvia falar coisas terríveis sobre a quimioterapia, que a pessoa se sente muito mal, tem enjoos. Mas fiz todo o tratamento sem ficar deprimida ou passar mal. Fiquei muito confiante que iria sair de lá livre da doença, que aqueles remédios eram abençoados por Deus, que iam fazer efeitos no meu corpo. Também tive ao meu lado pessoas muito amadas. Fui muito bem atendida e eles respeitaram minha privacidade, pois eu, mesmo sendo uma pessoa pública, ainda não me sentia à vontade para falar abertamente sobre o assunto. Fazia exames de sangue toda semana e isso foi mais complicado que a própria quimioterapia, porque minhas veias são difíceis de pegar, minha pele é fininha, então sentia muita dor. E por quatro anos precisei fazer estes exames. Fiz imunoterapia também. E recentemente meu médico me disse que estou em remissão, e isso me deixa muito feliz e agradecida.
O que é o Watch and Wait na LLC
Essa é uma estratégia muito comum para os pacientes de leucemia linfoide crônica (LLC), que não precisam tratar o câncer…
Abrale – Fevereiro Laranja é o mês de conscientização das leucemias, um tipo de câncer ainda desconhecido por muitas pessoas. Para você, qual a importância de ações como esta, que objetivam levar conhecimento à população?
Susana Vieira – Um país com cultura, informação, é o que todo ser humano deveria ter acesso. As pessoas precisam saber todos os cuidados que devem ter com seu corpo. Por isso campanhas como a do Fevereiro Laranja são tão importantes. Participo com muito prazer, para levar a mensagem ao maior número de pessoas.
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