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Superar: “Procurei tirar as ideias pessimistas da minha mente”

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Última atualização em 29 de julho de 2021

Superar. Esse deve ser o foco e sua meta. Se você já tratou ou ainda está tratando um câncer. Não necessariamente superar a doença, mas se superar e acreditar acima de tudo!

Superar. Esse deve ser o foco e sua meta. Se você já tratou ou ainda está tratando um câncer. Não necessariamente superar a doença, mas se superar e acreditar acima de tudo!

Veja como João Marcelo superou:

João Marcelo de Lima tem 19 anos, ama praticar esportes e aprendeu muito com o diagnóstico do linfoma

Eu sempre tive o sonho de ser jogador profissional, dediquei muito tempo da minha vida a isso, mas tive alguns imprevistos no caminho…

No ano de 2015, quando estava no último ano do ensino médio, percebi algo de estranho comigo! Uns caroços apareceram perto do meu pescoço, mas não dei muita atenção a eles devido uma dor no glúteo que me incomodava muito, a qual já tinha sido investigada pelos médicos, mas que nenhum deles sabia me dizer o que era. Naquele momento, meu principal objetivo era não sentir mais essa dor. Porém, em paralelo também comecei a fazer exames para os caroços que surgiram – e nada também.

Como estava com muitas espinhas, passei a frequentar uma dermatologista. Para iniciar o tratamento, foi necessário realizar um exame de sangue. No resultado, apareceu uma bactéria. Achei estranho. Passei em outro médico e ele me pediu uma biópsia do nódulo, e logo em seguida fui chamado na Santa Casa para falar sobre o resultado. Estava com a minha mãe quando recebi a notícia sobre meu linfoma de Hodgkin e que iria começar uma quimioterapia.

Confesso que na hora fiquei meio em estado de choque, sem reação! Olhei para minha mãe, ela estava chorando. Falei para ela se acalmar, que eu iria passar por isso de boa, mas eu também já estava com lágrimas nos olhos. Virei para o médico e perguntei se eu ia ficar careca, pois realmente era muito vaidoso.

A caminho da cura.

O médico disse que sim, mas que eu deveria ficar tranquilo pois havia tratamento para minha doença. Ele também me disse que eu teria de parar o futebol, devido ao cateter e às terapias em si. Isso me deixou bem abalado.

Meu tratamento foi todo feito pelo SUS, por isso alguns exames demoravam bastante. Minha família então resolveu pagar o Pet Scan e uma médica particular. Todos fizeram um sacrifício, mas realmente fez a diferença.

Lembro que muitas coisas passavam na minha cabeça. Uma delas é que, mesmo fazendo o tratamento, não sabia se realmente ia melhorar! Também pensava que a doença poderia voltar. Mas me mantive firme e procurei tirar aquela ideia pessimista da minha mente. Coloquei na minha cabeça que deveria ser muito forte, pois não seria fácil para mim, muito menos para meus parentes.

Terminei então os seis ciclos de quimioterapia (12 sessões a cada 15 dias). A médica me disse que tinha dado certo, que tinha melhorado muito e que deveria estar orgulhoso de mim mesmo. Ela disse também que ainda tinha algo muito pequeno aparecendo no meu novo Pet Scan, e que queria pecar por excesso fazendo algumas sessões de radioterapia.

Conclui o tratamento todo a pouco tempo. Não foi fácil, mas também não foi nenhum bicho de sete cabeças, acho que lidei muito bem com essa doença. Agora preciso seguir minha vida, mas ainda não sei muito bem o que vou fazer. Atualmente estou indo à academia, mas estou vendo se ainda vou conseguir jogar ou não. Também estou procurando emprego e analisando qual curso quero fazer na faculdade.

Só tenho a agradecer todos que fizeram parte desse momento da minha vida: familiares, amigos, que até rasparam a cabeça por mim, pessoas queridas como o segurança do Hospital Brigadeiro, que tornava meu dia mais animado. Agradeço também à Abrale, que me deu todo apoio desde o começo, e a todos os médicos, enfermeiros e todas as pessoas que de alguma maneira fizeram algo por mim. Muito obrigado!

 

Veja outras histórias da “Superar”. Cléia conta como foi a sua jornada aqui

Veja mais sobre o LH no site da Abrale.

Sabia que existe uma ligação entre agrotóxicos e o linfoma de hodgkin? Veja aqui.


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