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Quais são as fases da leucemia mieloide crônica?

Homem de meia idade no médico
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Última atualização em 10 de setembro de 2021

As fases indicam como a doença está progredindo e determinam qual é o objetivo do tratamento

Escrito por: Natália Mancini

A leucemia mieloide crônica (LMC) pode se apresentar em três fases, de acordo com alguns critérios clínicos e laboratoriais. As fases da LMC são: crônica, acelerada e blástica. A maior parte dos pacientes (85-95%) com esse câncer são diagnosticados na primeira etapa e 50% são assintomáticos. O diagnóstico precoce e tratamento adequado são essenciais para evitar que a doença evolua e o indivíduo possa ter uma boa qualidade de vida.

A Drª. Jaqueline Sapelli, onco-hematologista do A.C.Camargo Cancer Center informa que, quando se trata da LMC, não é possível utilizar o termo “estadiamento”, como é feito para os tumores sólidos. Isso acontece porque como essa doença acontece no sangue, ela está no corpo inteiro. Ou seja, não tem como avaliar a progressão do câncer olhando a quantidade de locais acometidos. 

“Entretanto, de forma análoga, pode-se considerar as fases como um estadiamento, já que baseamos nossa decisão terapêutica de acordo com elas”, diz ela.

Para definir se a leucemia de um paciente é crônica, acelerada ou blástica são utilizados alguns critérios, como o número de células imaturas (blastos) e de basófilos (células brancas) presentes na medula óssea ou no sangue periférico. A Drª. Jaqueline complementa, explicando que algumas avaliações também levam em consideração a persistência e o aumento progressivo do baço.

Como são as fases da LMC?

A fase crônica da leucemia mieloide crônica é considerada a mais estável e se caracteriza pelo aumento do número de glóbulos brancos. Os sintomas podem ou não estar presentes, sendo que quando eles estão, geralmente são: perda de peso, cansaço, anemia, aumento do baço e perda de apetite.

Já na fase acelerada, há mais de 20% de basófilos e alta contagem de glóbulos brancos no sangue. “Ela pode se apresentar de forma insidiosa, com poucos sintomas, piora da anemia, aumento importante do baço e até de outros órgãos”, conta a onco-hematologista.

Lupa mostrando as células sanguíneas em um tubo de exame de sangue

Por último, na fase blástica há uma forte presença dos blastos no sangue, assim como piora dos sintomas gerais, manifestação de febre, sangramento e infecções. A médica considera que essa é a mais marcante, pois se apresenta como uma leucemia aguda.

Quando a LMC não é tratada adequadamente, os pacientes  em fase crônica tendem a evoluir para a acelerada em três a cinco anos. 

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Tratamento da LMC de acordo com as fases

“Nas fases crônica e acelerada, o objetivo do tratamento, inicialmente, é o controle das alterações encontradas no exame de sangue, que chamamos de resposta hematológica. Na sequência, avalia-se a melhora das alterações genéticas (resposta citogenética) e moleculares (resposta molecular), por meio de exames específicos. Já na fase blástica, o objetivo é eliminar as células imaturas e trazer o paciente de volta à fase crônica”, diz a Drª. Jaqueline.

O tratamento varia de acordo com a fase da lmc

Desde o ano 2000, devido à incorporação dos inibidores de tirosina quinase (ITK), houve um grande avanço no tratamento dessa leucemia. Conforme conta a especialista, essas drogas atuam inibindo os sinais que fazem com que as células doentes se multipliquem. Dessa forma, possibilitam o controle da LMC e, consequentemente, tornam possível oferecer uma perspectiva de vida para os pacientes, semelhante à da população geral.

Nas fases crônica e acelerada, os ITK, Imatinibe, Dasatinibe e Nilotinibe, são o pilar do tratamento. Eles também são administrados na fase blástica, mas, geralmente, são associados à quimioterapia de alta ou baixa intensidade, seguido de transplante alogênico de medula óssea para os pacientes que são aptos.

Assim como a LMC pode evoluir para outras fases, ela também pode “diminuir” e retornar para uma doença mais controlada. 

“Os pacientes diagnosticados em fase acelerada ou blástica, apesar de apresentarem maiores chances de falha à terapia, quando respondem ao tratamento, tendem a evoluir de forma favorável, podendo “diminuir” para fase crônica”, esclarece a onco-hematologista.

Por outro lado, quando o paciente é diagnosticado na primeira fase, o tratamento não gera a resposta esperada e ele evolui para a segunda ou terceira, há menor probabilidade de retornar à fase anterior.

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Tempo de tratamento da LMC

O tratamento para os pacientes em fase blástica varia de acordo com a terapia empregada e com a resposta obtida, sendo considerado mais imprevisível. 

Enquanto que, “de forma geral, os pacientes em fase acelerada, que respondem aos ITK, possuem um tempo de tratamento semelhante aos pacientes em fase crônica”, pontua a médica.

Pessoas fazendo anotações em um calendário

Atualmente, a orientação é que os pacientes de LMC não interrompam o tratamento. Isso somente pode ser feito em uma situação extremamente controlada de pesquisa clínica. 

“O importante é que estes tratamentos sejam sempre orientados por um médico hematologista e que cada fase da doença seja monitorizada de forma adequada, visando a maior segurança”, a Drª. Jaqueline Sapelli.


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Estou me sentindo sem coragem,as vezes sem paciência,comendo bastante e indo ao banheiro várias vezes.

Oi! Eu estou na 1° e morro de medo de evoluir, tenho uma péssima hemato, estou a 11 meses sem fazer PCR, em quase 3 anos, ela nunca dá relevancia aos meus sintomas, quando falo sobre o que sinto e pergunto se é sintoma da leucemia ou efeito colateral da medicação a resposta é sempre a mesma “é normal”. Quero trocar de hemato, gostaria de poder ter uma relação comunicativa e de confiança com o médico, não acho saudavel tratar uma leucemia com alguém que age como se tivesse tratando uma virose.

Descobri em janeiro de 20 e estou usando dasanatonibe, pois não me dei com o inatingível.
Fez exames geral e a sra disse que meu tratamento estava em 80 por cento perfeito

Boa tarde!! Minha mae tem 70 anos, a 3 anos iniciou o tratamento com o nilo, porem sem resposta, o hamatologista que é excelente, mudou para desatinibe, porem minha mae ja tem problemas cardiacos, ela tem valvula a 19 anos ,e esta piorando tomando esse remedio,ela so fica deitada tomando esse remedio , e o coracao esta muito fraco, haveria outro que nao tivesse esse efeito colateral?

Olá, bom dia!!

Minha mãe está passando por alguns acompanhamentos médicos e realizou a pouco tempo os exames de sangue que nos deixou um pouco preocupados, gostaria de compartilhar os resultados desse hemograma para que possam nos dar um direcionamento. Obrigada!

Hemograma Completo:

Série vermelha

Eritrócitos – 4,00 milhões/mm³

Hemoglobina – 11,8 g/dL

Hematócrito – 35,7%

VCM – 88,6 um³

HCM – 29,3 pg

CHCM – 33,0 g/dL

RDW – 14,4%

Série Branca

Leucócitos – 42.000/mm³

Bastonetes – 0,0% 0/mm³

Segmentados – 8,0% 3,360/mm³

Eosinófilos – 0,0% 0/mm³

Basófilos – 0,0% 0/mm³

Linfócitos – 90,0% 37,800/mm³

Monócitos – 2,0% 840/mm³

obs: Presença de restos celulares

Série Plaquetária

Plaquetas: 145.000/mm³

Estou tratando de Leucemia mieloide cronica desde 10/2018, já usei Imatinibe, Dasatinibe e agora Nilotinibe.
2 médicos acham que devo fazer o transplante alogenico e 1 não acha que não devo fazer por inqto por ter risco de morte de 25%.

tenho exames que acusam: células imaturas CD34+
ipótese Diagnóstica: LMC (Leucemia Mielóide Crônica)
Metáfases Analisadas: 20 Sexo feminino: 46, XX
Sexo masculino: 46, XY
Metáfases Contadas: 0
Resultado: 45,XX,-7[17]/47,XX,+8[3]
Conclusão: Cariótipo com dois clones alterados: o
primeiro com monossomia do cromossomo 7 e
o segundo clone apresenta trissomia do
cromossomo 8. Morfologia comprometida.

Boa tarde a todos.
Sou paciente de LMC desde março/2013 e faço tratamento com imatinibe. O tratamento foi suspenso por causa da descoberta de uma gravidez (não planejada, claro) em janeiro/2022. O bebê nasceu 100% perfeito em outubro/2022 com 40 semanas de gestação e estou amamentando há 2 meses.
Porém, segundo minha hematologista, após analisar o PCR, a doença está voltando e deveríamos retornar ao tratamento.
Até agora, no hemograma, não há nenhuma alteração (hemoglobina acima de 12, leucócitos igual a 6 mil, etc).
Gostaria de saber em quanto tempo pode haver alterações consideráveis. Tinha a intenção de amamentar até os 6 meses do bebê. Mas não sei em quanto tempo a doença pode evoluir ou ficar estável ou que exames realizar para verificar se está tudo sob controle. A médica não é muito clara e fica tudo um pouco perdido. Segundo ela, não preciso fazer nenhum exame pra saber como está.
Agradeço desde já.

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