Skip to content

Veja as novidades para o tratamento do câncer – EHA 2024

Destaques EHA 2024
Compartilhe

Ao longo dos quatro dias de evento, especialistas de todo o mundo apresentaram atualizações e inovações terapêuticas de doenças do sangue

Escrito por: Natália Mancini

O Congresso da European Hematology Association (EHA) de 2024, que aconteceu ao longo de junho, em Madrid, na Espanha, trouxe inúmeras novidades e avanços significativos na área de Onco-Hematologia, com vários estudos impactantes para os pacientes e familiares. 

Separamos alguns dos principais destaques apresentados no evento! Veja abaixo:

Acalabrutinibe e zanubrutinibe em leucemia linfocítica crônica ou linfoma linfocítico pequeno

Um estudo com dados de mundo real mostrou que o uso do acalabrutinibe ou do zanubrutinibe, como monoterapia, é mais eficaz e seguro em comparação ao ibrutinibe para pacientes com leucemia linfocítica crônica e linfoma linfocítico pequeno.

Novo tratamento para LLC apresentado no EHA 2024

Além das melhores respostas, aqueles que receberam os novos medicamentos apresentaram menos efeitos adversos cardiovasculares em comparação às pessoas que receberam ibrutinibe. As taxas de efeitos colaterais, no terceiro mês de acompanhamento, foram de 5,9% para o acalabrutinibe, 7,4% para o zanubrutinibe e 8,7% para o ibrutinibe. 

Fonte: OncLive

Inibidores de menina para leucemia mieloide aguda (LMA)

Esses medicamentos foram alvo de diversos estudos apresentados no EHA 2024.

O estudo de fase 2 AUGMENT-10 analisou a atuação do revumenibe para pacientes de LMA com a mutação KMT2A e foi demonstrada a eficácia e segurança do medicamento. 

Novo tratamento para LMA apresentado no EHA 2024

Já o estudo Beat AML avaliou as taxas de resposta para um protocolo contendo o revumenibe associado ao venetoclax/azacitidina, com taxas de resposta de 100% em um número muito pequeno de pacientes.

Fonte: Cancer Network.

Blinatumomabe para pacientes infanto-juvenis com leucemia linfoide aguda (LLA) e Síndrome de Down

O estudo de fase 2 ALLTOGETHER 1 DS avaliou a possibilidade de substituir a quimioterapia tradicional de primeira linha pelo blinatumomabe, em pacientes que possuem LLA de células B e Síndrome de Down.

Novo tratamento para lla apresentado no EHA 2024

Foi identificado que é, sim, viável fazer a substituição para crianças e jovens adultos, já que o medicamento possibilita taxas melhores da doença residual mínima. 91% dos pacientes alcançaram as respostas esperadas com o novo protocolo, em comparação com 61% que fez o tratamento padrão. 

Em geral, as pessoas também apresentaram menor toxicidade. Porém, 18% dos indivíduos que possuíam mais de 10 anos tiveram convulsões, o que só aconteceu em 4% daqueles que foram submetidos à quimioterapia padrão. Por esse motivo, são necessárias mais análises.

Fonte: OncLive​.

DREAMM-7 para mieloma múltiplo recidivado/refratário

O estudo de fase 3 DREAMM-7 comparou o protocolo BVd (belantamabe mafodotin-blmf, bortezomibe e dexametasona) com o protocolo DVd (daratumumabe, bortezomibe e dexametasona) para pacientes com mieloma múltiplo recidivado/refratário.

Novo tratamento para mieloma múltiplo apresentado no EHA 2024

Esse é um desdobramento de outro teste, no qual os protocolos BVd e DVd foram comparados de forma geral.

Já no DREAMM-7 de fase 3, dois subgrupos de pacientes foram analisados de maneira mais específica: aqueles que tiveram recidiva/refratariedade à lenalidomida e os de alto risco.

Em relação aos que falharam à lenalidomida e foram tratados com o protocolo BVd, foi demonstrado que tiveram uma sobrevida livre de progressão de 25 meses, que é um período maior do que os que foram submetidos ao protocolo padrão.

Já os pacientes de alto risco também apresentaram uma sobrevida livre de progressão comparável aos pacientes que não são de alto risco.

Esses achados sugerem que o protocolo BVd pode ser útil para quem teve baixa resposta aos tratamentos padrões.  

É válido saber que o belantamabe mafodotin-blmf é um anticorpo monoclonal.

Fonte: OncLive.

Combinação de englumafusp alfa e glofitamab para linfoma difuso de grandes células B recidivado ou refratário

A combinação de englumafusp alfa e glofitamab (Columvi) demonstrou atividade clínica e tolerabilidade em todos os níveis de dose examinados em pacientes com linfoma difuso de grandes células B recidivado/refratário, de acordo com o estudo de fase 1b BP41072.

Novo tratamento para linfoma difuso apresentado no EHA 2024

Entre os pacientes que utilizaram o protocolo como tratamento de segunda linha, a taxa de resposta completa foi de 57%. Já nos que utilizaram como tratamento de terceira linha, a taxa foi de 52,8%.

A maioria das pessoas (97.8%) apresentou algum tipo de efeito colateral, as mais comuns foram: síndrome de liberação de citocina (55,2%), anemia (32,1%), neutropenia (25,4%) e diarreia (23,9%).

Fonte: OncLive.

Melhor tolerabilidade e eficácia para linfoma de Hodgkin (LH) clássico em estágio avançado.

O estudo randomizado GHSG HD21 avaliou pacientes de LH com idade entre 18 e 60 anos que estivessem com a doença em estadiamento avançado. Foram comparados os protocolos BrECADD e BEACOPP escalonável.

Novo tratamento para linfoma de hodgkin apresentado no EHA 2024

O principal objetivo era mostrar se o BrECADD é mais tolerável, entregando uma eficácia similar, mas não causando o mesmo perfil de toxicidade que o BEACOPP escalonável.

Foi demonstrada uma redução na necessidade de transfusões de sangue e melhora na qualidade de vida, dentre outros benefícios, comprovando a melhor tolerabilidade do novo protocolo.

Também foi observado um ganho na eficácia, já que, em quatro anos, a sobrevida livre de progressão foi superior no BrECADD (94%)  – no BEACOPP escalonável foi de 90%. Apesar da diferença não ser significativa, ela demonstra uma não inferioridade e aponta que o esquema pode ser útil e deve ser mais estudado. 

Fonte: Hemomeeting.

Ruxolitinib em Mielofibrose

O benefício clínico do ruxolitinibe em pacientes com mielofibrose primária ou secundária foi mantido no caso de anemia nova ou agravada, de acordo com o estudo de fase 3b JUMP.

Essa descoberta foi consistente com os resultados de uma análise recente dos estudos de fase 3 COMFORT-I (NCT00952289) e COMFORT-II (NCT00934544), que examinaram o ruxolitinibe para pacientes com mielofibrose.

Novo tratamento para mielofibrose apresentado no EHA 2024

Dentre os principais achados deste estudo está a comprovação da segurança do medicamento e a melhora da doença, especialmente em relação à diminuição do tamanho do baço e a melhora na resposta geral de cinco anos.

Fonte: Cancer Network

Deixe sua opinião ou dúvida sobre esta matéria abaixo!

Deixe sua opinião ou dúvida sobre esta matéria abaixo!


Compartilhe
Receba um aviso sobre comentários nessa notícia
Me avise quando
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Back To Top