Transplante de medula óssea para linfoma: quando usar
Última atualização em 30 de agosto de 2023
Essa é uma opção de tratamento para ambos os tipos de linfoma, mas, geralmente, ela não é utilizada como primeira linha
O transplante de medula óssea para linfoma costuma ser indicado como terapia de segunda linha, ou seja, em caso de recidiva ou refratariedade do câncer. Tanto para o linfoma de Hodgkin, quanto para o não-Hodgkin o procedimento mais adequado é o autólogo, quando são utilizadas células do próprio paciente. As chances de sucesso dependem da doença de base e do quadro geral de saúde da pessoa.
O transplante de medula óssea (TMO) é um tratamento no qual as células doentes da medula óssea do paciente são substituídas por células saudáveis. Há três principais tipos de TMO: o autólogo, quando são utilizadas células da própria pessoa; o alogênico, quando são usadas células de um doador 100% compatível e o haploidêntico, também feito com as células de um doador, porém ele deve ser um membro da família do paciente e pode ter apenas 50% de compatibilidade.
Indicação de transplante de medula óssea para linfoma
O tipo de transplante mais adequado para o tratamento do linfoma de Hodgkin (LH) e do tratamento do linfoma não-Hodgkin (LNH) é o transplante autólogo. Ele pode ser indicado quando o paciente já realizou uma primeira terapia, mas não respondeu conforme o esperado, ou quando fez uma primeira terapia, entrou em remissão, mas a doença retornou.
O Dr. Abrahão Elias Hallack Neto, Diretor da Sociedade Brasileira de Terapia Celular e Transplante de Medula Óssea e médico hematologista do Centro de TMO do Hospital Universitário da UFJF, explica que o TMO pode ter dois principais objetivos no tratamento do linfoma:
- Aumentar as chances de cura para o LH e para o LNH ou
- Aumentar o tempo que a doença fica em remissão para casos de linfomas não curáveis, mas controláveis, como o linfoma do manto, que já foram tratados com quimioterapia.
De acordo com o Dr. Hallack Neto, para realizar o transplante de medula óssea para linfoma de Hodgkin é necessário que o paciente mostre resposta ao segundo ou terceiro protocolo de tratamento e tenha condições para ser submetido ao procedimento.
Já no caso do transplante de medula óssea para linfoma não-Hodgkin, o especialista descreve que também é preciso que a pessoa mostre resposta ao segundo protocolo de tratamento e esteja com uma saúde geral boa.
Ele ainda conta que, para o LNH, há alguns raros casos em que o TMO pode ser utilizado como terapia de primeira linha.
“Em algumas situações, como no linfoma do manto ou nos linfomas de células T, o transplante pode ser utilizado em primeira linha, desde que o paciente responda à quimioterapia inicial. Há algumas raras indicações para transplante alogênico em primeira linha nos LNH, mas ele vem sendo menos utilizado à medida que surgem novas formas de terapia.”
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Como é feito o transplante de medula óssea autólogo?
Esse procedimento é dividido em algumas etapas, que vão desde o preparo das células, até o acompanhamento pós-transplante. Algumas dessas fases são realizadas com a pessoa internada e, outras, de forma ambulatorial ou em casa.
O Dr. Hallack Neto detalha cada uma das partes do processo de transplante.
- Mobilização e coleta das das células tronco – Faz-se uma terapia para estimular que as células-tronco saiam da medula e, em seguida, elas são coletadas por meio de uma máquina de aférese
- Condicionamento – Realiza-se um protocolo de quimioterapia em altas doses. É preciso que ela seja mais intensa pois algumas células doentes podem ser mais resistentes à quimioterapia convencional.
- Infusão das células – Aqui, o paciente recebe “de volta” as células que foram coletadas na primeira etapa.
“Após essa fase o paciente passa por um período de aplasia da medula, em que são necessários o uso de antibióticos e de transfusões, até que as células-tronco reinfundidas voltem a funcionar”, o médico esclarece.
Quando as células voltam a funcionar, é chamado de “pega da medula”.
O tempo de internação para transplante pode variar de caso para caso. Mas, geralmente o paciente precisa ficar internado uma semana antes do transplante (infusão das células) e 15 dias após.
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Chances de cura
“A chance depende da doença de base e da condição de saúde em que o paciente chega ao transplante, além do tipo de transplante que será realizado, mas, de uma maneira geral, é cerca de 40 a 50%”, o Dr. Abrahão Elias Hallack Neto afirma.
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o transplante de medula pode ser repetido ?
Olá, Wanderlei, como vai?
Sim, em alguns casos, é possível realizar um segundo (ou até mesmo terceiro) transplante!
Inclusive, nós temos uma matéria que explica sobre esse processo e o porquê ele pode acontecer. Se o senhor tiver interesse em ler esse conteúdo, vamos deixar o link para ele a seguir: Já fiz um transplante de medula óssea. Posso fazer outro?
O senhor está passando por essa situação?
Abraços!
Boa tarde eu realizei o transplante após recidiva de linfoma e graças a Deus estou no momento curada
Olá, Simone, como vai?
Que notícia maravilhosa! E obrigada por compartilhar a sua experiência conosco 🥰
A senhora conhece o trabalho da Abrale?
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