Mielofibrose e policitemia vera podem virar leucemia. O que fazer?
Última atualização em 23 de junho de 2022
A transformação em leucemia é a principal preocupação nesses dois casos, por se tratar de uma doença mais perigosa
A mielofibrose e a policitemia vera podem virar leucemia caso novas mutações aconteçam ao longo do tratamento. Essa progressão das doenças pode ser observada por meio de exames laboratoriais e até mesmo pela presença de sintomas. Nesses casos, o foco da terapia passa a ser a leucemia em si que, apesar de ser mais complexa de ser tratada, pode ser curada.
De acordo com o Dr. Nelson Hamerschlak, médico hematologista e membro do Comitê Científico Médico da Abrale, a policitemia vera (PV) e a mielofibrose são consideradas doenças malignas por terem mutações somáticas não hereditárias nas células doentes. Quando além das mutações genéticas originais, ocorrem novas mutações, essas doenças podem se transformar em leucemia.
“Chamamos isto de evolução clonal”, o Dr. Hamerschlak diz. E nessas situações, a leucemia é chamada de “leucemia secundária”, justamente por ser uma doença que se desenvolve a partir de uma primeira patologia.
A suspeita dessa evolução é levantada quando há mudanças de comportamento clínico (aparecimento de sintomas) e alterações nos exames laboratoriais. Então, um simples hemograma pode indicar uma diminuição de plaquetas e/ou aumento de blastos (células leucêmicas), o que “já é suficiente para levantar a suspeita. O diagnóstico definitivo deve ser dado por um estudo de medula óssea”, o doutor afirma.
Quando a policitemia vera pode virar leucemia
A probabilidade da progressão de policitemia vera para leucemia mieloide aguda (LMA) é menor que 5%, esclarece o hematologista. Ele complementa que a PV pode se transformar em mielodisplasia e/ou LMA diretamente, mas que o mais comum é evoluir, em primeiro, para uma mielofibrose.
A mielofibrose, por sua vez, tem um risco maior de se transformar em leucemia e essa probabilidade é calculada por meio de índices de prognóstico.
“Existem vários, mas a tendência é considerarmos dados como idade, grau de anemia, necessidade de transfusões, presença de blastos no sangue (células leucêmicas), alterações cromossômicas, moleculares e sintomas. Dependendo desses índices, há calculadoras que podem nos auxiliar a calcular o risco de transformação para leucemia e a sobrevida dos pacientes”, o especialista explica.
Depois que os médicos analisam esses dados e fazem os cálculos, classificam os pacientes em risco baixo, intermediário ou alto de transformação para leucemia. O Dr. Hamerschlak indica que aqueles com maior probabilidade, devem ser submetidos ao transplante de medula óssea (TMO).
Qual é o tipo de leucemia mais grave?
A gravidade da doença determina o tratamento, mas, nem sempre quer dizer que aquele câncer é mais perigoso
Tratamento da leucemia secundária
Segundo o hematologista, geralmente, as leucemias secundárias são mais resistentes à quimioterapia. Além disso, elas têm maior chance de recidiva por conta das alterações cromossômicas e moleculares de alto risco.
Por esses motivos, “os pacientes que transformam a doença devem ser tratados como leucemias, com quimioterapia ou agentes hipometilantes com ou sem Venetoclax. Sempre que possível, aqueles que obtêm resposta devem ser submetidos ao TMO”, pontua.
O ideal é evitar que a mielofibrose evolua para uma leucemia, pois, quando isso acontece, as chances de cura são menores. Então, cabe aos profissionais identificar os casos com alto risco de transformação e já indicar para o transplante.
Entretanto, se a transformação da PV ou da mielofibrose acontecer, isso não quer dizer que não é possível alcançar a cura.
“Os casos transformados têm maior dificuldade em serem curados. No entanto, isto não quer dizer que não possam sê-lo. As estatísticas são importantes para que os médicos escolham os melhores tratamentos possíveis aos seus pacientes. Para o paciente, ele deve sempre acreditar e buscar sua cura”, o Dr. Nelson Hamerschlak finaliza.
que os médicos escolham os melhores tratamentos possíveis aos seus
Olá, Marilene, como vai?
A senhora é cuidadora ou familiar de um paciente com mielofibrose ou policitemia? Se sim, conhece o trabalho da Abrale? Nós somos uma ONG que auxilia pacientes com algumas doenças hematológicas, como a mielofibrose e a PV, por meio de diversos serviços gratuitos! Caso tenha interesse em conhecer mais sobre nós e queira estar mais próximo para que possamos esclarecer qualquer dúvida que você tenha ou oferecer alguma ajuda que precisar, nossa equipe de Apoio ao Paciente está à disposição! Basta enviar uma mensagem para o nosso WhatsApp 11 3149-5190 (ou clique no link) para que possamos fazer o seu cadastro! Só pedimos para que, no primeiro momento, não envie áudio para que nosso sistema possa entender a sua demanda e encaminhar para o departamento correto.?
Você também pode entrar em contato conosco por estes canais:
– Telefone: 11 3149-5190 ou 0800-773-9973
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Como, às vezes, o telefone pode estar ocupado, o contato via WhatsApp pode ser mais fácil!
Abraços!
Olá e como impedir que a mielofibrose vire leucemia se não tem tratamento?Tem q esperar virar leucemia?
Olá, Fabiana, como vai?
Somente não é necessário realizar tratamento medicamento quando a mielofibrose se apresenta de forma assintomática, ou seja, sem sintomas algum, e de acordo com a idade do paciente e estadiamento da doença. Porém, mesmo nesses casos, não significa que não há tratamento. Para esses pacientes, a terapia é feita por meio de acompanhamento médico, para acompanhar a evolução dos sintomas e estadiamento. Por isso que é fundamental ir às consultas e realizar os exames no período indicado pelo médico, assim é possível identificar qualquer alteração e iniciar o tratamento medicamentoso o mais rápido possível.
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