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TMO: 56% dos pacientes oncológicos podem ter infecções como o citomegalovírus (CMV)

CMV
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O CMV pode amplificar a ação da doença do enxerto contra o hospedeiro, após o TMO

Escrito por: Juliana Matias

Um estudo realizado pela equipe de Pesquisa da Abrale mostrou que 56% dos pacientes que fizeram um transplante de medula óssea (TMO) podem ter infecções, como o citomegalovírus (CMV), após o procedimento. 87% dos participantes da pesquisa precisaram tomar antivirais.

Participaram do estudo 78 pessoas com cânceres do sangue que foram submetidas ao TMO, a maioria (96%) precisou de doadores de medula óssea. A pesquisa quantitativa buscava identificar o impacto da infecção por CMV na jornada do paciente onco-hematológico e transplantado.

O que é o CMV?

O citomegalovírus (CMV) pertence à mesma família dos vírus da herpes, herpes zóster e catapora. Esse tipo de vírus consegue ficar “adormecido” no organismo e voltar à atividade quando o sistema imunológico está enfraquecido.

O problema é que, para a realização do TMO, as células imunológicas são enfraquecidas. Por isso, os pacientes se tornam mais vulneráveis à ativação do CMV no pré e pós-TMO.

Em pessoas saudáveis, a infecção pode causar alguns sintomas controláveis, entretanto para pacientes imunossuprimidos, pode ser fatal. Além disso, segundo o estudo, existe uma associação entre o CMV e a doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH). 

No estudo, consta que o vírus pode amplificar o ataque da nova medula ao corpo do paciente. O CMV ainda pode aumentar a incidência de DECH conforme o aumento do tempo de internação para tratar os sintomas do vírus.

Complicações no TMO

O estudo mostrou que 64% dos pacientes que fizeram um TMO tiveram complicações pós-procedimento. Desse total, 56% foram infecções ou reinfecções, por CMV, herpes ou pneumonia.

87% dos pacientes precisaram de tratamento antiviral com medicamentos como o ganciclovir e o valganciclovir, indicou a pesquisa. Além disso, foi necessário prolongar o período de internação em 43% dos casos.

Um outro estudo do Observatório de Oncologia, que analisou dados do Ministério da Saúde entre 2015 e 2024, mostrou que a maioria (65,8%) das pessoas que têm CMV após o TMO são homens. Além disso, quase metade (48,2%) dos pacientes estão na faixa etária de 0 a 19 anos.

Para tratar o CMV, 58% dos pacientes ficaram internados entre 11 e 20 dias, conforme a pesquisa. Somente 18,4% dos participantes permaneceram no hospital por até 10 dias após as complicações. 

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