66% dos transplantados de medula óssea podem ter complicações, mostra estudo da Abrale
Mais das metade das pessoas que fizeram um TMO podem apresentar DECH
Um estudo realizado pela equipe de Pesquisa da Abrale mostrou que 66% das pessoas que realizaram um transplante de medula óssea (TMO) precisaram retornar ao hospital por complicações. 28,7% delas ocorreram mais de seis meses após o transplante, o que mostra a necessidade de cuidado à longo prazo.
A pesquisa foi realizada com 94 pacientes e tinha como objetivo compreender o impacto do diagnóstico da doença do enxerto contra hospedeiro (DECH) na jornada do paciente onco-hematológico submetido ao TMO.
A DECH acontece quando a medula óssea do doador não reconhece o corpo do paciente e começa a atacá-lo. Assim, essa doença só ocorre no transplante alogênico, ou seja, quando tem um doador de medula.
Essa rejeição pode causar olhos irritados e secos, lesões e bolinhas na boca, lesões genitais, náusea, diarreia, alterações na pele, redução na capacidade respiratória, entre outros sintomas.
É possível que a DECH aconteça na forma aguda, até os 100 primeiros dias após o transplante, ou crônica, após esse período. Entretanto, vale ressaltar que uma DECH aguda pode aparecer de forma leve e depois evoluir para a crônica mais grave.
Segundo o estudo, 68,1% dos pacientes desenvolveram a doença de um a três meses após o TMO. Porém, 28,7% desenvolveu a DECH 6 meses após o transplante, o que mostra a importância de um acompanhamento médico a longo prazo.
Algumas das pessoas ouvidas pela pesquisa narram que os médicos que realizam os transplantes, por vezes, não entendiam da DECH. “Tive que procurar outros profissionais nesse assunto. Se não tivesse essa iniciativa talvez hoje não estaria aqui relatando sobre meu TMO”, disse um dos pacientes.
Outros ressaltam a importância das UTIs de TMO seguirem os protocolos de limpeza, higiene e assepsia, em uma tentativa de evitar complicações.
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