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Conheça o câncer do sangue que atinge a região da mama

linfoma primário de mama
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O linfoma primário da mama pode apresentar nódulos e vermelhidão local

Escrito por: Juliana Matias

O mês de outubro é dedicado à conscientização sobre o câncer de mama, sua prevenção e a importância do diagnóstico precoce. Porém, não são somente os cânceres sólidos que atingem essa região. Um câncer do sangue também pode ocorrer em regiões mamárias, como o linfoma primário de mama.

O que é o linfoma primário de mama? 

O linfoma primário de mama é um câncer do sangue que se origina na região da mama. Guilherme Perini, médico hematologista no Hospital Israelita Albert Einstein, explica que “geralmente, esse termo é utilizado quando a doença está restrita ao órgão”. 

Esse tipo de linfoma tem diferentes subtipos e podem ser de células B ou T. “Podem ser linfomas agressivos, como o difuso de grandes células B, mas também podem ser linfomas indolentes, como linfoma da zona marginal”, conta o hematologista. 

Um subtipo mais específico é o linfoma anaplásico de células grandes associado a implantes mamários, porém, ele é raro. Perini conta que, tirando o linfoma associado aos implantes mamários, não existe uma causa ou fator de risco para o linfoma primário de mama. 

Quais são os sintomas e como é o diagnóstico desse tipo de linfoma? 

O hematologista explica que não há um sintoma específico para esse tipo de linfoma, mas os mais comuns são: o aumento da mama, formação de nódulos, dor, vermelhidão, entre outros. 

Perini relata que, normalmente, os linfomas primários de mama são encontrados em exames para outros tipos de doenças. “A pessoa vai fazer uma mamografia, uma ressonância, um ultrassom e percebe um nódulo. Aí, sim, vai fazer uma avaliação”, afirma o hematologista.

O diagnóstico só é confirmado com uma biópsia, uma avaliação imunoistoquímica ou testes moleculares, segundo Perini.

Como é o tratamento para o linfoma primário de mama?

Segundo o hematologista, o tratamento é baseado no subtipo de linfoma. “Se for um linfoma folicular, vai ser tratado como um linfoma folicular, por exemplo. O que eventualmente colocamos na balança é utilizar ou não radioterapia. Mas evitamos irradiar mamas em mulheres jovens, pelo risco a longo prazo de uma segunda neoplasia”.

Perini ressalta que, para o linfoma primário de mama, geralmente não é feita a mastectomia. “É muito raro realizar tratamento cirúrgico em linfoma”, destaca. 

Qual a chance de cura desse tipo de linfoma? 

O prognóstico desse tipo de linfoma também varia de acordo com o subtipo. 

“Um linfoma da zona marginal em mama, por exemplo, tem um prognóstico excelente. Muitas vezes o paciente faz só a retirada do tumor. Tira o nódulo e não precisa nem fazer mais nada”, conta Perini.

Outros subtipos podem precisar de mais etapas de tratamento, segundo o hematologista. 

O linfoma pode causar um câncer de mama? 

Perini frisa que o linfoma primário de mama não causa um câncer de mama. “É importante tomar cuidado e evitar tratamentos que possam aumentar o risco de um câncer de mama no futuro, por exemplo, radioterapia”, conta. 

Outros cânceres do sangue podem afetar a mama? 

O hematologista lembra que, apesar de ser raro, outros tipos de cânceres do sangue podem afetar a região mamária. São eles: sarcomas granulocíticos, histiocitoses, plasmocitomas, entre outros. 


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