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Por que o cabelo muda depois da quimioterapia? Entenda

cabelo e quimioterapia
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A quimioterapia pode afetar o cabelo mesmo quando os fios voltam a crescer

Escrito por: Juliana Matias

A quimioterapia, normalmente, é associada à queda de cabelo. Porém, esses medicamentos podem afetar os fios mesmo quando terminam as sessões e o cabelo volta a crescer. Entenda nessa matéria por que os cabelos podem mudar de textura e de cor após o tratamento.

Por que a quimioterapia muda o cabelo?

Violeta Tortelly, coordenadora do departamento de cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que a quimioterapia pode alterar a textura e até a cor do cabelo. Segundo a dermatologista, isso acontece por conta dos mecanismos dos medicamentos.

“A quimioterapia é para atacar células com alta taxa de divisão, como as cancerígenas. No entanto, ela também afeta, de forma não intencional, outras células saudáveis com rápida proliferação, incluindo as da matriz folicular onde tem a produção do fio de cabelo” informa e acrescenta: “É como se afetasse o ‘molde’ do fio, levando a ele nascer com uma curvatura modificada”.

Depois da quimioterapia, o cabelo volta ao que era antes?

Segundo Tortelly, a maioria dos cabelos volta à textura e à cor anterior ao início do tratamento. Porém, esse processo pode levar algum tempo e é diferente para cada pessoa.

Normalmente, o retorno às características anteriores leva de seis meses a um ano e, em alguns casos, até mais tempo. “É um processo gradual, onde o ciclo capilar se reorganiza completamente até que a matriz folicular volte a produzir um fio uniforme e com as características genéticas predefinidas”, relata a dermatologista.

Quanto tempo demora para o cabelo nascer depois da quimioterapia?

Tortelly explica que fios mais visíveis e com densidade demoram cerca de três meses para crescer, após a última sessão de quimioterapia. Entre duas e três semanas depois da terapia, nasce “uma penugem”.

Para além dos fios

Outra parte que pode ser afetada pela quimioterapia é a pele, já que ela é composta por células que se dividem rapidamente. Segundo a dermatologista, as principais alterações causadas pelos medicamentos são:

  • Ressecamento: a pele pode ficar extremamente seca e sensível, necessitando de hidratação intensiva;
  • Fotossensibilidade: a pele torna-se muito mais sensível ao sol. A proteção solar rigorosa (protetor solar com FPS alto, roupas e chapéus) é indispensável para prevenir queimaduras e hiperpigmentação;
  • Hiperpigmentação: pode ocorrer escurecimento da pele, das unhas, das mucosas. Na maioria dos casos, é reversível após o término do tratamento;
  • Alterações nas unhas: fragilidade, descolamento da unha ou inflamação ao redor das unhas (paroníquia).

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