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Qual a diferença entre gripe e resfriado?

Homem com gripe ou resfriado
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Última atualização em 27 de julho de 2023

Com a chegada do inverno, é importante distinguir a gripe, o resfriado e a COVID-19 para prevenir e agir adequadamente. Pacientes oncológicos devem ter cuidados extras devido à imunossupressão

Escrito por: Natália Mancini

Com a chegada do inverno, é comum vermos um aumento nos casos de gripe e resfriado. Embora essas doenças apresentem sintomas semelhantes, entender a diferença entre gripe e resfriado é essencial para saber como se prevenir e como agir se estiver doente. Apesar dos casos de COVID-19 terem diminuído, também é preciso ficar atento a essa infecção. Para pacientes oncológicos, esse cuidado tem uma importância ainda maior devido à imunidade estar enfraquecida.

No outono e inverno, há um aumento significativo de pessoas espirrando, tossindo ou com coriza. Isso acontece porque, nessa época do ano, a propagação dessas doenças é facilitada devido a hábitos como manter as janelas fechadas,  ficar mais perto uns dos outros e falta de etiqueta respiratória.

Mas, cada uma das doenças respiratórias é prevenida e precisa ser tratada de um jeito. Então, é fundamental entender e saber identificar com qual das síndromes se está, especialmente se a pessoa estiver em tratamento oncológico.

 Isso acontece porque “pacientes com imunossupressão têm um risco maior para o desenvolvimento da doença grave, ou seja, de desenvolver não só a síndrome gripal como também a SRAG síndrome respiratória aguda grave (com dificuldade para respirar, falta de ar e pneumonia mais grave), necessitando de suporte ventilatório”, a Drª. Carla Kobayashi, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, explica.

Diferença entre gripe e resfriado

De acordo com a médica, a primeira, e principal, diferença é o causador de cada uma dessas doenças. Enquanto a gripe é causada pelo vírus Influenza, o resfriado pode ser causado pelo Rinovírus, Parainfluenza ou Vírus Sincicial Respiratório

Gripe no inverno

A Drª. Carla complementa que a gripe, também chamada de Influenza, é uma “infecção respiratória (de vias aéreas). Então, quando falamos em gripe estamos nos referindo especificamente à síndrome gripal aguda com agente etiológico responsável pelo vírus Influenza. Ela é doença endêmica e sazonal, ou seja, ocorre todos os anos principalmente no outono e no inverno. ”

Sintomas

Os sintomas de resfriado são mais leves e costumam incluir “dor de garganta, coriza, obstrução nasal, espirros, cefaleia, mal-estar e o paciente pode apresentar febre (com temperaturas mais baixas do que na gripe)”, a infectologista informa.

Em geral, um resfriado costuma durar, pelo menos, quatro dias, podendo chegar a sete.

Duas pessoas com sintomas da gripe

Já os sintomas da gripe tendem a ser mais intensos, com febre acima de 38ºC, dor de garganta, tosse, dor intensa no corpo e de cabeça, coriza e sensação de cansaço, e são mais duradouros, entre sete a 10 dias.

Diferença entre gripe e COVID-19

Assim como acontece com o resfriado, aqui a principal diferença é o vírus causador. A gripe é causada pelo vírus Influenza, como falado anteriormente, já a COVID-19 é causada pelo SARS-COV-2.

Mulher com covid-19

Os sintomas também são diferentes e dependem muito de acordo com o histórico de saúde e o contexto vacinal, isto é, se a pessoa tomou a vacina e quantas doses.

Tratamento

Tanto para o resfriado, quanto para a gripe e para a COVID-19 não há medicações com o objetivo de curar a doença em si. O tratamento tem como foco aliviar os sintomas que a pessoa estiver apresentando. Vale pontuar que em caso de falta de ar, é altamente indicado buscar um hospital.

Tratamentos para a gripe

Segundo a Fiocruz, em caso de teste positivo para o coronavírus, além dos remédios, é preciso seguir algumas medidas para evitar contaminar outras pessoas. Para tal, é recomendado usar máscara de proteção e fazer o isolamento social. 

Como se proteger da gripe

A Drª. Carla alerta que a vacina da gripe é a principal forma de prevenção contra essa doença e deve ser tomada anualmente.

“Todos os anos a vacina da Influenza é atualizada com as cepas que circularam no ano anterior. O vírus da Influenza sofre muitas mutações (alterações genéticas), modificando suas cepas com alta frequência. Por isso a atualização da vacina anualmente é fundamental para prevenção das formas graves da doença! A vacina disponível no SUS é a trivalente, ou seja, fornece proteção contra três subtipos/cepas da Influenza. ”

Enfermeiro aplicando vacina da gripe

Outras formas de proteção incluem evitar ambientes fechados e aglomerados, higienizar as mãos com frequência e praticar a etiqueta respiratória, como cobrir nariz e boca ao tossir ou espirrar.

A especialista ainda diz que, para pacientes imunossuprimidos, além da imunização e dos cuidados citados acima, também é indicado utilizar máscara de proteção em ambientes fechados e/ou em aglomerações.

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Gripe aviária

Em maio, foram confirmados os primeiros casos de gripe aviária no Brasil e, até o início de julho, 58 casos foram identificados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A Drª. Carla esclarece que nenhum desses diagnósticos foi em humanos, todos foram em animais.

Gripe aviária

“A gripe aviária é a infecção causada pelo vírus Influenza subtipo H5N1 e infecta, predominantemente, as aves – mas também podem ocorrer infecções acidentais e esporádicas de mamíferos e do ser humano. Até o momento, não foi registrado nenhum caso de gripe aviária em humanos no Brasil.”

Nos humanos, os sintomas da gripe aviária costumam aparecer de dois a oito dias após o contato com o vírus e os principais são:

  • Dor de garganta
  • Febre acima de 38°C
  • Dor no corpo
  • Mal-estar geral 
  • Calafrios
  • Fraqueza
  • Dor abdominal
  • Tosse seca
  • Espirros
  • Secreção nasal

Mas, é importante lembrar que essa doença raramente afeta os humanos e a transmissão acontece somente pelo contato com aves contaminadas, ou seja, não passa de pessoa para pessoa.

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