Fisioterapia para quem tem câncer
Última atualização em 10 de novembro de 2022
Ela é importante no tratamento da doença, melhorando a vida do paciente e até diminuindo a possibilidade de recidiva
A fisioterapia para quem tem câncer, chamada de fisioterapia oncológica, é de grande importância na vida do paciente. Seu papel vai desde o diagnóstico até as fases graves.
Quando essa terapia entra em cena bem no início do tratamento, ela prepara a pessoa para os momentos que virão depois. Então, o indivíduo passa pelas fases mais duras estando melhor condicionado. Isso faz toda a diferença não só na busca pela remissão, mas também no bem-estar de quem encara a doença.
O trabalho envolve vários aspectos, dependendo do tipo de câncer. Como cada um tem uma característica própria, causando males específicos, é olhando para eles que o fisioterapeuta monta o programa para o paciente.
Fisioterapia para quem tem câncer
A fisioterapia pode atuar no câncer de várias formas e trazendo diversos benefícios, como alívio da dor, melhora do condicionamento físico e aumento da disposição.
Ana Paula Oliveira, coordenadora do Comitê de Fisioterapia da ABRALE, cita um ponto que atinge quase todos os pacientes com câncer, para exemplificar a importância da atuação fisioterapêutica: a fadiga. “Exercícios físicos e orientações de atividades das mais variadas ajudam muito a evitar que o paciente fique derrubado na cama. É para levantar quem caiu”, diz.
É um equívoco pensar que quem tem câncer, ou até mesmo está internado com a doença, não tem condições de fazer fisioterapia. O tratamento é feito sempre considerando o estado do paciente, com inúmeras técnicas que respeitam o momento do corpo. E, gradativamente, vai tirando o paciente da apatia causada pelo cansaço intermitente.
“Quanto mais ativo, melhor é a resposta do organismo não só quanto à condição física, mas aos medicamentos também”, a fisioterapeuta garante.
Ana Paula ainda chama a atenção para um ponto importante: “O fisioterapeuta não trata a doença, trata o paciente”. Percebe como esse olhar já é um enorme diferencial?
Dessa forma, além de ajudar a aliviar a dor oncológica e melhorar a atuação dos medicamentos, a fisioterapia ajuda o paciente a se manter ativo. Então, ele consegue fazer as tarefas mais básicas e isso melhora a sua qualidade de vida, uma vez que interfere diretamente nas condições física e emocional.
Dá até para ir mais fundo nesse aspecto. O trabalho fisioterapêutico acaba tendo também um impacto social. Isso acontece porque insere o paciente na sociedade.
Cada vez mais oncologistas sabem disso e incluem a fisioterapia no protocolo do tratamento do câncer. A ação é tão relevante que já há pesquisas que apontam que a atividade física, promovida pela fisioterapia, diminui a possibilidade de recidiva.
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Quais as principais formas de terapia para o câncer?
Há exercícios físicos, alongamentos, utilização de laser, impulsos elétricos, terapia manual e outros. Cada atuação tem uma função específica, de acordo com a condição e a necessidade do paciente.
Na prática, o paciente com câncer deve fazer 180 minutos de fisioterapia por semana, claro, no ritmo que lhe for conveniente. “Tudo depende de como está o paciente e do estágio da doença”, esclarece a coordenadora de fisioterapia da ABRALE.
Quando falamos de tratamentos oncológicos modernos, mergulhados na medicina integrativa, a fisioterapia é fundamental. Agora, é lutar para que cada vez mais médicos prescrevam o trabalho dos fisioterapeutas na eterna busca pelo tratamento, especialmente de doenças graves, vendo o paciente como um todo, cuidando de cada detalhe. Quem tem câncer sabe como isso faz diferença.