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Você é familiar de paciente com câncer? Atenção às vacinas!

Familiares de pacientes com câncer sendo vacinados
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Última atualização em 14 de junho de 2022

Entenda porque é importante se imunizar e quais cuidados tomar nesses casos

Os familiares de pacientes com câncer têm uma importante responsabilidade quando se trata de manter a pessoa em tratamento protegida contra infecções. Uma das formas de fazer isso é por meio da vacinação para evitar se contaminar e levar a doença para o paciente. Mas é preciso ter alguns cuidados ao tomar aqueles imunizantes feitos a partir de vírus vivo atenuado, pois eles podem trazer alguns riscos. 

É fundamental que as pessoas com neoplasias tomem todas as vacinas que o oncologista indicar. Além disso, seus familiares e pessoas próximas também devem estar com as proteções em dia. Isso acontece porque, na maioria das vezes, considera-se que o paciente com câncer é imunossuprimido. Ou seja, seu sistema imunológico não funciona adequadamente, fazendo com que o indivíduo tenha mais chances de contrair infecções e desenvolver quadros mais graves.

“Sendo assim, é fundamental reduzir o risco de exposição destes pacientes a agentes infecciosos. Entre esses cuidados estão a preparação cuidadosa da alimentação, lavagem recorrente das mãos, evitar contato com outras pessoas doentes e vacinar as pessoas que convivem com o paciente oncológico. A vacinação dos contactantes bloqueia ou reduz  grandemente a transmissão de doenças por essas pessoas, formando uma rede de proteção ao paciente oncológico”, alerta o Dr. Luiz  Fernando Degrecci Relvas, Supervisor Médico – Serviços de Infectologia e Clínica Médica, do Santa Marcelina Saúde, em Itaquera.

Apesar dessa imunização ser de extrema importância, é preciso tomar alguns cuidados se a vacina tomada for de vírus vivo atenuado. Isso não quer dizer que a pessoa não deva tomá-la, apenas que, dependendo do caso, deve ter alguns cuidados especiais.

Como são feitas as vacinas de vírus vivo atenuado

Como o próprio nome já indica, as vacinas de vírus vivo atenuado são produzidas a partir de vírus que estão vivos, mas tiveram sua capacidade de reprodução diminuída em laboratório.

O Dr. Relvas esclarece que os vírus desses imunizantes têm um risco baixíssimo de voltar a se reproduzir e causar a doença. Porém, “esse risco aumenta em pessoas que não se encontram com o seu sistema imunológico plenamente funcionante. Assim, em pacientes imunossuprimidos, as vacinas de vírus vivo atenuado devem ter sua indicação revista caso a caso, avaliando se o benefício da vacina supera seu risco ou não. ”

Pessoa protegida contra infecções por conta de vacina

Já para os familiares de pacientes com câncer e pessoas que têm contato próximo, e que não possuem problemas de saúde, “a vacina é segura para eles e para o paciente oncológico”, o médico diz. Ele complementa que, inclusive, ela tem um papel muito relevante de reduzir o risco da chegada de agentes infecciosos ao paciente, auxiliando na sua proteção.

Leia também:

Quais são as vacinas de vírus vivo?

 As vacinas compostas por vírus vivo atenuado indicadas no Plano Nacional de Imunização e disponibilizadas no Sistema Único de Saúde são:

  • Poliomielite (VOP), conhecida como Sabin;
  • Rotavírus;
  • Febre Amarela;
  • Tríplice viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola);
  • Varicela
Mão segurando injeção oara vacina

Cuidados que os familiares de pacientes com câncer devem ter

De acordo com o infectologista, quando os imunizantes contra a poliomielite e rotavírus são tomados, a pessoa pode eliminar os vírus pelas fezes. Por esse motivo, recomenda-se evitar o contato com as secreções por um prazo de duas  semanas.

O Dr. Relvas pontua que a vacina da varicela é bastante segura. Entretanto, caso a pessoa que se imunizou apresente lesões na pele, características desse imunizante, deve se afastar do paciente oncológico até que todas as lesões estejam curadas.

Pessoas distanciadas para proteção contra infecção

“Seguindo as recomendações de tempo de afastamento conseguimos evitar a transmissão”, reforça.

No caso de ter um núcleo familiar que tem duas (ou mais) crianças pequenas e uma delas tem um câncer, por exemplo, uma leucemia infantil, e a(s) outra(s) precisa receber as vacinas do calendário, o Dr. Luiz  Fernando Degrecci Relvas passa algumas orientações.

“No caso da vacina contra poliomielite, sugiro uso da vacina de vírus inativado (VIP) para aquela que não é paciente. Para a vacinação contra rotavírus, se o paciente em tratamento para leucemia estiver próximo ao término do tratamento, há possibilidade de postergar brevemente a vacinação do(a) irmão(ã). Caso o tratamento não esteja no final, sugiro lavagem rigorosa das mãos por todos os contactantes e, se possível, separação do uso de banheiros. Em relação à vacinação contra varicela, tríplice viral e febre amarela, não há recomendações para não imunização de contactantes e cuidados especiais após. No caso da vacina da varicela, afastar o contato apenas se surgimento de lesões cutâneas.”


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