Aromaterapia – Perfumes que ajudam o paciente oncológico
Última atualização em 29 de julho de 2021
A terapia pode ser utilizada para amenizar os efeitos colaterais da quimio. Mas é preciso ter acompanhamento de um especialista
Os óleos essenciais são substâncias derivadas das plantas aromáticas e são compostos por estruturas químicas complexas, responsáveis pelas propriedades terapêuticas. Esses óleos são, geralmente, diluídos nos óleos vegetais, que desempenham a função de carregá-los gerando a sensação de bem-estar.
“A aromaterapia apresenta benefícios para todas as pessoas e, com pacientes oncológicos, não é diferente! Pode ser utilizada como tratamento complementar e também paliativo. Isso porque ela ameniza sinais e sintomas e traz conforto. Além disso, dá suporte, sobretudo emocional e físico, a familiares e cuidadores envolvidos”, explica a especialista nesse tipo de terapia, Ismália Magda Lima.
Ela ainda explica que, em pacientes oncológicos, essa prática é muito utilizada para amenizar os efeitos colaterais causados pelo tratamento. Por exemplo, o óleo essencial de limão auxilia no combate de enjoos e tonturas, provocados pela quimioterapia. Por outro lado, o óleo de lavanda ajuda a reduzir a sensação de impotência, ansiedade e até início de depressão.
“Vale lembrar que esses são só alguns exemplos. Existem uma grande variedade de óleos essenciais que podem ser utilizados mediante avaliação específica para as necessidades”, explica a especialista.
Como utilizar a aromaterapia na Oncologia?
Existem duas formas de aplicar os óleos.
A primeira é por meio da via cutânea, ou seja, pela pele. Como os óleos essenciais são solúveis em lipídios (moléculas de gordura), eles atravessam as camadas da pele e são absorvidos rapidamente. Dessa forma, eles alcançam a corrente sanguínea e agem de acordo com o seu objetivo.
“Após diluído em óleo vegetal, o óleo essencial pode ser utilizado em massagem, esfregação local, esfregação da sola dos pés, óleo pós-banho, escalda pés e perfume”, diz Ismália.
A outra possibilidade é pela via olfatória, isto é, pelo nariz, por meio do cheiro. Na inalação, as moléculas dos óleos essenciais podem ser levadas para os pulmões, chegando até a corrente sanguínea ou cérebro.
“O paciente poderá utilizar o óleo essencial em difusor de ambiente, colar aromático, inalação e perfume. Aliás, na maioria dos casos da absorção cutânea, o paciente também realizará absorção via olfativa. Por exemplo, numa massagem, perfume ou fricção o estímulo será dado nas duas vias”, conta a terapeuta.
Ela ressalta que é importante o paciente ter acompanhamento de algum aromaterapeuta ou naturólogo para analisar se o paciente tem alguma restrição ou sensibilidade na pele. Além de também escolher qual a melhor forma de utilização e o melhor aroma para os sintomas apresentados, sejam eles físicos ou emocionais.
A aromaterapia pode fazer mal para o paciente?
Yara Thereza Menezes, também especialista em aromaterapia, fala que não existem contraindicações, entretanto é preciso observar alguns aspectos específicos.
“Pacientes oncológicos, assim como crianças, gestantes e idosos, compõem o que chamamos de grupos especiais. Tais grupos podem utilizar os óleos essenciais observando a dosagem de diluição, e óleos mais adequados às condições clínicas de cada um”, recomenda ela.
Esse cuidado é necessário pois cada óleo tem componentes químicos que podem causar interações com as medicações utilizadas no tratamento oncológico. Dessa forma, é preciso analisar a composição da medicação e do óleo para verificar se um tratamento não interfere negativamente no outro.
É possível fabricar o óleo essencial em casa?
Yara alerta que esses óleos são substâncias extremamente concentradas. Para se ter uma ideia, uma gota de óleo essencial equivale a 25 xícaras de chá. Por isso, devem ser extraídos e processados em laboratórios com equipamentos adequados, impossibilitando que o paciente produza em casa.
Entretanto, o paciente pode comprar esses óleos de forma pura ou bland, dois ou mais óleos no mesmo frasco. Antes de utilizá-lo, é preciso diluí-lo em óleo vegetal prensado a frio. Por exemplo, óleo de girassol, semente de uva, amêndoas ou gergelim.
“Aconselha-se passar por um aromaterapeuta ou naturólogo para que o profissional manipule os óleos e dosagens mais apropriados ao paciente. Isso porque o paciente pode apresentar alergia, interação desarmônica com a medicação ou fotossensibilidade – se o óleo for aplicado no corpo e o paciente exposto à luz solar”, finalizam as especialistas Ismália e Yara.
Qual a diferença entre terapias alternativa, complementar e integrativa?
Terapia floral ajuda no tratamento do câncer
A Abrale é incrível, em artigo claro e objetivo esclareceu as minhas dúvidas sobre os óleos essências.
Obrigada
Olá, Alline, como vai?
Ficamos muito felizes em saber que a senhora gosta do nosso trabalho e que a matéria esclareceu suas dúvidas!
Qualquer coisa que precisar, estamos à disposição!
Abraços!
Obrigada ?
Olá! em pacientes oncológicas é que tiveram AVC o ylang ylang pode ser usado?
Olá, Nancy, como vai?
O ideal é que o paciente converse com um especialista em aromaterapia e com o seu oncologista para verificar se, naquele caso, há alguma contraindicação para o uso desse aroma.
Abraços!