Skip to content

Gabriel apresentou dor de cabeça forte, deixou de comer e andar por conta do linfoma; conheça a história

linfoma
Compartilhe

Com o tratamento, o rapaz viu os sintomas do linfoma diminuindo e hoje está há quatro anos em remissão

Escrito por: Juliana Matias

Gabriel dos Santos tinha 18 anos, estava no primeiro ano da faculdade e trabalhava como jovem aprendiz quando começou a sentir fortes dores de cabeça. Apesar de procurar o médico e tomar remédios, a dor não passava. Em pouco tempo, Gabriel ficou estrábico, teve infecções respiratórias, problemas auditivos e não conseguia mais comer. Foi dessa forma que ele foi diagnosticado com um linfoma não-Hodgkin na nasofaringe. 

“Como era um linfoma, também surgiram nódulos no pescoço. Quando já estava nesse estágio um pouquinho avançado, aí sim o médico do convênio conseguiu, com os exames, detectar que tinha realmente alguma coisa. Porém, ainda assim, demoraram muito”, conta.  

A quimioterapia

Com as dificuldades via plano de saúde, Gabriel realizou o seu tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O primeiro protocolo terapêutico prescrito a ele foi a quimioterapia. “Mas nesse começo,  ela não fez muito efeito, por conta de que o tumor estava avançando para o sistema nervoso central”, narra.

Assim, Gabriel passou para o segundo protocolo de tratamento, com quimioterápicos mais fortes. Na segunda linha terapêutica, o estudante conta que sentiu mais intensamente os efeitos colaterais.

“O que me pegou mais foi em relação à imunidade. Eu tinha infecções hospitalares frequentes e isso dificultou um pouco o meu processo. Às vezes, eu demorava um pouco mais para começar os ciclos de quimioterapia por conta das infecções”, explica.

O emocional

Gabriel ficou cerca de oito meses em tratamento e passou o período quase todo internado. Ele conta que sua saúde mental também ficou abalada por conta das longas internações.

“A parte mental acaba ficando um pouco desgastada, temos que ser bem resilientes, buscar alternativas, ver filmes, jogar um Uno no hospital mesmo. Eu acho que isso ajudou muito a refrescar a mente para poder fazer os outros ciclos”, lembra.

linfoma

Vida pós-linfoma

Ao longo do tratamento, Gabriel conseguiu voltar a se alimentar, as inflamações foram eliminadas e os sintomas foram gradualmente sumindo. Quando repetiu os exames, os médicos confirmaram que Gabriel estava em remissão do linfoma.

“Desde então eu estou em remissão, vai fazer quatro anos”, destaca. Atualmente, com 22 anos, Gabriel faz acompanhamento anual com onco-hematologistas, cursa seu último semestre de Publicidade e Propaganda e trabalha no grupo Pão de Açúcar.

“O pessoal do meu trabalho também já conhece a minha história porque onde eu passo eu gosto de contar. Acho que é importante as pessoas ouvirem histórias de superação”, afirma. 

Antes do linfoma, Gabriel já praticava exercícios físicos, porém, eles se tornaram mais frequentes depois do tratamento e sua alimentação também mudou.

Para ele, “o câncer não é o fim do mundo. Uma boa porcentagem dos cânceres têm um alto índice de cura. Tem pessoas com casos tão graves que conseguiram sair, se recuperar, ficar bem, que é o meu caso”, ressalta e continua: “antes de começar o tratamento, eu não conseguia mais andar, comer, respirar direito, ouvir. O meu caso já estava bem avançado. Mas consegui sair, porque nada é impossível”. 

linfoma

Compartilhe
Receba um aviso sobre comentários nessa notícia
Me avise quando
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Back To Top