Fevereiro Laranja: mês de conscientização da leucemia
Última atualização em 29 de julho de 2021
Esse tipo de câncer hematológico pode afetar pessoas de qualquer idade, tem sintoma semelhantes a outras doenças e pode ser diagnosticado no hemograma
A leucemia é uma neoplasia maligna e acontece devido a uma mutação genética que faz com que os glóbulos brancos percam a função de defesa e passem a se reproduzir desordenadamente, causando quatro principais subtipos da doença.
“É importante salientar que dentro da palavra leucemia estão incluídas várias doenças diferentes entre si. De uma maneira geral, elas podem ser agudas ou crônicas. E, dependendo do tipo de linhagem de glóbulo branco afetado, mieloides ou linfoides”, explica o Dr. Nelson Hamerschlak, coordenador da Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein.
Diferentemente de outros tipos de cânceres que acontecem, principalmente, em pessoas de mais idade, as leucemias podem aparecer em qualquer época da vida. Inclusive, dentre os cânceres pediátricos, ela está em primeiro lugar nos mais comuns (28%), seguida pelo câncer do sistema nervoso central (26%).
A leucemia linfoide aguda (LLA) é mais comum em crianças e jovens. Enquanto que as crônicas, sendo elas leucemia linfoide crônica (LLC) e leucemia mieloide crônica (LMC), e a leucemia mieloide aguda (LMA), aparecem mais em pessoas acima de 50 anos.
Não se sabe exatamente porquê das leucemias se desenvolverem, entretanto acredita-se que é devido a uma mutação genética não somática. Ou seja, uma mutação que não pode ser passada de pai para filho.
“Algumas causas que podem determinar essas mutações são conhecidas. Como irradiação, benzeno e outras substâncias químicas em grau de intoxicação. No entanto, de uma forma geral, não sabemos a causa e nem determinar o motivo de alguns tipos serem mais comuns em certa idade”, diz o hematologista.
Sintomas de leucemia
Os sintomas dessa doença vão variar de acordo com a sua intensidade, sendo que nas agudas, eles são mais visíveis.
Tanto na LLA quanto na LMA, o paciente, normalmente, manifesta sinais de anemia, como palidez, cansaço e sonolência. Além de gânglios aumentados, febre, infecções, sangramentos e hematomas.
“Geralmente, esses hematomas são parecidos com aqueles de trauma onde se formam equimoses (manchas roxas)”, ressalta o Dr. Hamerschlak.
Enquanto que nas leucemias crônicas, LLC e LMC, é possível que os pacientes não apresentem nenhum sinal. Mas, os que desenvolvem, sentem cansaço e aumento dos gânglios e baço.
Sim, esses sintomas podem parecer muito similares a sintomas de doenças mais comuns, como a gripe. Por isso, o especialista indica que “todo paciente com sintomas como febre, palidez, fadiga e manchas roxas devem ser avaliados. O médico pedirá os testes que julgar pertinente”.
Além dos sintomas aparentes, a leucemia também causa alteração nas células sanguíneas que podem ser observadas por meio do hemograma. Por exemplo, o resultado desse exame de sangue de uma pessoa com leucemia apresentará diminuição dos glóbulos vermelhos e plaquetas e aumento ou diminuição dos glóbulos brancos. Entretanto, como outras doenças não malignas também podem ter esse quadro, é necessário pedir exames complementares, como o mielograma, para diagnosticar a leucemia.
Os sintomas e sinais, geralmente, são os mesmos independente se o paciente for jovem ou adulto.
Fevereiro Laranja
Essa campanha foi sancionada em novembro de 2019 no Estado de São Paulo. Seus principais objetivos são alertar a população sobre importância do diagnóstico precoce e do tratamento da leucemia.
Quando a leucemia infantil é diagnosticada precocemente e a criança submetida ao tratamento adequado, as chances de cura chegam a 80%. Na LMC, a rápida descoberta da doença permite que o paciente tenha uma vida praticamente normal, precisando apenas de uma medicação. Em alguns casos da LLC, é preciso apenas o monitoramento por meio de exames anuais.
Já as leucemias agudas podem precisar de tratamento mais intenso, com quimioterapia, terapia alvo, radioterapia e/ou transplante de medula óssea. Mas também apresentam bons prognósticos se diagnosticadas rapidamente.
O grande problema no transplante de medula óssea, um dos temas abordados pela Campanha, é a compatibilidade. Para que esse procedimento possa ser feito, é preciso que a medula do paciente e do doador sejam compatíveis. Assim como acontece no transplante de órgãos.
Procura-se essa compatibilidade primeiro entre os parentes mais próximos. Caso não seja encontrado ninguém, procura-se nos bancos de medula, como o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Daí vem a importância da doação de medula óssea. Achar alguém compatível é difícil. Entretanto, quanto mais voluntários doando, maior a chance de o paciente encontrar e poder realizar o transplante.
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