Neste Dezembro Laranja, atenção com o câncer de pele do tipo melanoma
Última atualização em 29 de julho de 2021
Apesar de raro, é o tipo mais grave da doença e precisa ser diagnosticado precocemente
Existe um grupo de células chamado melanócito que está localizado na epiderme, camada mais superficial da pele. Sua principal função é produzir a melanina, responsável pela pigmentação e proteção da pele contra a radiação solar. Quando a pele fica exposta ao Sol, há um aumento na quantidade de melanina formando um “escudo” natural, o que causa um escurecimento da pele, conhecido como bronzeado.
Dr. Antonio Buzaid, oncologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e fundador do Instituto Vencer o Câncer, explica que o câncer de pele melanoma tem origem justamente nos melanócitos e pode aparecer em algumas partes do corpo.
“O melanoma pode ser cutâneo, quando nasce na pele; de mucosa, quando nasce no forro de órgãos ou estruturas internas, como os seios da face e ânus, e ocular, quando nasce na retina”, diz o médico.
A grande diferença desse tipo de câncer para o câncer de pele não melanoma, o mais conhecido e comum no país, é a sua gravidade e letalidade. “Isso acontece porque o melanoma tem potencial de poder se espalhar para outros órgãos do corpo. Enquanto que o não melanoma é mais localizado”, ressalta o oncologista.
Tipos de câncer de pele melanoma
Além do local no qual o melanoma tem origem, é possível classificá-lo em:
-Melanoma extensivo superficial. Tipo mais comum, geralmente de plano, cor e formato irregulares. Pode acontecer em qualquer idade e região do corpo, entretanto é mais comum em pessoas com pele branca.
-Melanoma nodular. No início, geralmente, aparece como uma área elevada de cor preta azulada ou vermelha azulada.
-Melanoma lentigo maligno. Mais comum em idosos na região do rosto, pescoço e braços já que são áreas que ficam mais expostas e podem estar mais danificadas. A pele anormal é grande, plana e aspecto bronzeado com áreas marrons.
-Melanoma lentiginoso acral. Menos comum. Acontece nas palmas das mãos, solas dos pés ou embaixo das unhas.
Fatores de risco para o melanoma
“O Sol é o grande vilão. Temos que nos proteger desde o nascimento e evitar exposição exagerada”, alerta o Dr. Buzaid.
Além disso, a pele clara, histórico familiar de câncer nesse órgão ou um câncer de pele anterior também são fatores de risco. Isso acontece porque o Sol é um fator de risco comum aos cânceres desse tipo.
Outro grupo que precisa ficar atento é de pessoas cuja imunidade está enfraquecida, como pacientes de leucemia ou linfoma. “Devido ao enfraquecimento do sistema imune, esses pacientes têm risco aumentado de desenvolver todos os tipos de câncer de pele. Por isso, é essencial que eles façam acompanhamento frequente com um dermatologista”, atenta o médico.
Caso a pessoa se identifique com algum desses fatores de risco, tenha muitas pintas, ou se queima com facilidade, deve realizar check-up anual com um dermatologista.
Sintomas e sinais do câncer de pele melanoma
O melanoma pode aparecer como mancha ou nódulos e ou também pode se desenvolver em cima de uma pinta pré-existente. Principalmente se a pinta possuir características de malignidade seguindo a regra do ABCD:
Assimetria. Se a pinta é assimétrica. Quando uma metade da mancha é diferente da outra.
Bordas irregulares. Quando o contorno da mancha não é liso, possui bordas irregulares.
Cores misturadas. Tem mais de uma cor. A pinta ou mancha apresenta diferentes cores como preto, marrom e vermelho.
Diâmetro. Seu diâmetro é maior que 6mm.
Ou ainda se a pinta ou mancha apresentar evolução rápida. Por exemplo, aumentado de tamanho, mudando de cor ou formato.
Oncologistas e dermatologistas são os profissionais mais indicados para procurar a fim de investigar se é um melanoma. O diagnóstico é realizado por meio de uma avaliação clínica e confirmado pela biópsia do tecido suspeito.
Tratamento contra câncer de pele melanoma
Caso a doença seja diagnosticada precocemente, a cirurgia é o principal tratamento. Se o câncer estiver mais avançado, o tratamento sistêmico se torna o mais relevante.
“Em termos de tratamento sistêmico, temos hoje a imunoterapia e a terapia alvo, em casos selecionados” finaliza o Dr. Buzaid.
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