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Como está a doação de sangue no Rio Grande do Sul?

Doação de sangue no Rio Grande do Sul
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Última atualização em 15 de agosto de 2024

Veja como as enchentes no Rio Grande do Sul vêm impactando os estoques, quais são os impeditivos e quanto tempo esperar

Escrito por: Natália Mancini

Dois meses após as enchentes que afetaram os municípios gaúchos, o estoque de sangue do Hospital das Clínicas de Porto Alegre está em estado crítico. Esse cenário se deve, principalmente, ao fato de muitas pessoas da região estarem temporariamente impedidas de realizar a doação de sangue. No entanto, a coleta está acontecendo normalmente mediante agendamento prévio, e é crucial que aqueles aptos à doação se mobilizem.

Entre o final de abril e o começo de maio de 2024, o Rio Grande do Sul foi atingido por chuvas intensas que causaram enchentes em mais de 450 municípios. O governo gaúcho classificou a situação como “a maior catástrofe climática” da região. Entre os diversos serviços afetados durante esse período, a doação e a transfusão de sangue continuam enfrentando problemas.

Ao longo de maio, o Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA) incentivou a população a procurar o hemocentro para doar sangue, o que resultou em um aumento temporário nos estoques. Porém, em junho, o hospital divulgou que os estoques voltaram a cair, especialmente os tipos O negativo, B negativo e AB negativo.

Patricia Paim Ferreira Seltenreich, bióloga da Crbio e membro do Serviço de Hemoterapia e da Gestão da Captação de Doadores do HCPA, explica que a rotina do hospital retornou ao normal, aumentando a demanda por transfusões e reservas de sangue para cirurgias de grande porte. No entanto, as doações ainda não acompanham as necessidades. 

“Nosso estoque encontra-se em estado crítico, devido ao impacto dos eventos climáticos e aos impedimentos temporários”, ela afirma.

Impeditivos para a doação de sangue no RS

Patrícia conta que as principais causas que impedem a doação de sangue temporariamente são o contato com água da enchente, a profilaxia com antibióticos e a vacinação.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul recomendou que, após avaliação médica, as pessoas que foram expostas à água da enchente por período prolongado realizassem a profilaxia contra a leptospirose com antibióticos, como o Doxiciclina.

Impeditivos para doar sangue

De acordo com a especialista, a pessoa deve aguardar 15 dias após o fim da profilaxia para realizar a doação de sangue. Também é indispensável que não tenha ferimentos no corpo. 

Já em relação às vacinas, Patrícia detalha que os imunizantes contra a H1N1, gripe e antitetânica, impedem a doação por 48 horas, já da COVID-19 impossibilita por sete dias. É importante saber que, quem teve contato com um animal com raiva e tomou a vacina antirrábica, deve aguardar, pelo menos, um ano para doar. 

Por último, para as pessoas que tiveram contato com a água das enchentes, recomenda-se aguardar 30 dias.

Como está acontecendo a doação de sangue na região?

No Hospital das Clínicas de Porto Alegre, quem quiser e estiver apto a doar, deve agendar a sua doação de sangue por meio do link http://www.bit.ly/SangueHCPA.

O horário de funcionamento do hemocentro é de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e sábados, das 8h às 12h. O telefone de contato é (51) 3359-8504.

Doação de sangue no sul

“Nesse momento se faz presente a necessidade de todos os grupos pois somos um hospital de alta complexidade”, Patricia Paim Ferreira Seltenreich informa.

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