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Eu sei o que tenho e quero meu tratamento

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Última atualização em 3 de maio de 2021

Paciente de câncer não pode ter dúvidas e nem vergonha de perguntar sobre a doença e como tratá-la

Por Mariana Cavalcante, psicóloga da Abrale

Durante as conversas com pacientes sempre pergunto qual doença eles têm. Muitas vezes recebo respostas como “tenho leucemia, mas não sei o tipo” ou “tenho uma doença no sangue, mas não sei explicar”.

Percebo que essas respostas abertas geram angústia e questionamentos como “o que a doença faz no meu corpo?”, “como o tratamento está agindo no meu organismo?”, “como será o meu futuro?”, “vou ter que fazer tratamento pelo resto da vida?”. Sabemos que existem pessoas que optam por não saber sobre a doença e o tratamento. E esse é um direito do paciente. Mas o que deve fazer quem quer ter consciência do seu problema?

É importante o médico e a equipe de saúde passarem informações de forma clara e simples, para que sejam entendidas por todos que estão ouvindo. A medicina tem muitas palavras difíceis, mas todos nós somos ou seremos pacientes ao menos uma vez na vida e não podemos sair de uma consulta com dúvidas. Se isso acontecer, é importante que possamos posteriormente esclarecê-las, em uma segunda consulta, por exemplo.

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Vamos refletir um pouco: “qual o meu papel enquanto paciente?”, “eu sei sobre a doença que tenho?”, “o que posso fazer para ajudar no meu tratamento?”, “conheço os meus direitos enquanto paciente?”, “como é a minha relação com a equipe que me acompanha?”.

É preciso se empoderar de informação para lidar com o tratamento e com a tomada de decisões. Conhecer de perto a doença é muito importante. Hoje existem diferentes tipos de fontes de informação, mas sempre busque por canais de confiança. Conversar com o médico durante a consulta também é fundamental. Caso não entenda algo, não fique com vergonha, pergunte! Você ainda pode levar suas dúvidas em um papel e anotar as respostas.

Para a equipe é difícil perceber quando o paciente está com dúvida ou não entende uma informação. Questione sobre o tratamento recebido, qual a sua periodicidade, qual o tempo de duração, isso o ajudará a se organizar durante esse período. Seguir o tratamento como o planejado e tomar a medicação exatamente como foi prescrita são atitudes que farão a diferença.

Se ocorrer algum mal-estar, devido aos efeitos colaterais que alguns medicamentos podem apresentar, deve ser relatado ao médico e à sua equipe. Também é essencial sempre ter em mente que pacientes com câncer têm direitos estabelecidos por lei. Por isso, fique atento se você realmente está tendo acesso a todos eles.

E não se esqueça que você pode entrar em contato com a ABRALE, nosso Departamento de Apoio ao Paciente poderá te ajudar com orientações a respeito não só do tratamento, mas também sobre como enfrentar esse momento com qualidade de vida.

Por fim, lembre-se: você, paciente, tem um papel fundamental nesse cenário!


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