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Oncogeriatria, na melhor idade da melhor forma

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Última atualização em 3 de agosto de 2021

A Oncogeriatria chegou para tratar e dar mais qualidade de vida ao idoso com câncer

Escrito por: Tatiane Mota
No Brasil, existem mais de 30 milhões de pessoas acima dos 60 anos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), este número vai mais que dobrar nas próximas décadas. Em 2050 teremos mais de 70 milhões de idosos no país e com isso a oncogeriatria será indispensável.

Mas é justamente nesta fase da vida, a tão conhecida terceira idade, que as pessoas estão mais propensas a serem diagnosticadas com câncer, grupo de doenças que têm início quando as células do corpo apresentam uma mutação em seu DNA e passam a crescer e se dividir de maneira descontrolada.

De todos os tipos da doença, 70% acontecem nesta faixa etária. Mas há uma explicação para isso.

“Conforme vamos envelhecendo, as nossas células também envelhecem. Mas o sistema de reparação destas células, que durante a juventude trabalha com um maior gás, a partir dos 60 anos começa a ficar mais falho, o que pode ajudar no surgimento do câncer. E também devemos lembrar que os fatores externos, como bebida, cigarro, má alimentação, sedentarismo, também ajudam para isso. Afinal, quanto mais velhos, mais tempo estamos expostos a eles”, explica a Dra. Theodora Karnakis, geriatra responsável pela área de onco-geriatra do Hospital Sírio Libanês.

E aí perguntamos: é possível que, pessoas acima dos 60 anos, façam o tratamento, cheguem à cura do câncer e ainda tenham qualidade de vida?

A resposta é SIM!

O avanço da ciência, que trouxe diversas novas opções de tratamento, com certeza tem importante papel para isso. Mas é na Oncogeriatria que encontra-se os cuidados necessários para a conquista destes resultados.

Ainda em crescimento no país, esta área tem por função específica avaliar os idosos com câncer e auxiliar a equipe de Oncologia e Hematologia na decisão do tratamento.

“O tratamento nesta faixa etária com certeza mudou.  Hoje, não avaliamos mais o paciente por sua idade cronológica, e sim por sua idade funcional. Ou seja, se seu corpo está apto a receber o tratamento, ele irá receber”, disse a Dra. Theodora.

Diagnóstico precoce é o que faz a diferença na oncogeriatria

Como já bem dissemos, ainda que o paciente seja mais velho é possível sim obter resultados positivos no tratamento do câncer, até mesmo a cura. Porém, alguns fatores são primordiais para isso, e o diagnóstico precoce é um deles.

Muitos dos sintomas, como fraqueza, anemia, dores e fraturas ósseas e palidez são comuns a outras doenças, o que pode confundir não só o paciente, como também o especialista. Afinal, quem nunca reclamou de uma dorzinha e ouviu “deve ser a idade pesando”, não é mesmo?

Mas quando o assunto é o câncer, não se pode brincar e muito menos perder tempo. A qualquer sinal diferente no corpo, é importante procurar um médico o quanto antes. Em pessoas acima dos 60 anos, além do clínico geral, também é possível que o primeiro contato aconteça com um geriatra. Mas ambos devem ter a sensibilidade e o conhecimento para saber identificar se estes e outros sinais podem ou não

ser um câncer e assim encaminhar ao oncologista, profissional responsável por tratar esta doença.

Qual o melhor tratamento?

O oncologista, em conjunto com o oncogeriatra, são os responsáveis por definir quais as melhores opções terapêuticas. Existem diversos protocolos de quimioterapia, além de radioterapia, cirurgia e transplante de medula óssea. Tudo irá depender do tipo do câncer, das condições do paciente e do estadiamento da doença.

Hoje o tratamento individualizado também é uma realidade. Por meio das terapias-alvo, apenas as células doentes são combatidas, pois os medicamentos são desenhados para bloquear alvos específicos que causam a multiplicação das células malignas.

A imunoterapia é a mais recente descoberta da ciência para o tratamento do câncer. Composta por diferentes medicamentos que são aplicados no paciente de maneira intravenosa (nas veias) ou subcutânea (abaixo da pele), ela geralmente causa menos efeitos colaterais que os tratamentos padrões, e vem beneficiando um número crescente de pessoas.

“Entender o paciente como indivíduo único com certeza fará a diferença para um melhor tratamento. Também acredito que o trabalho em equipe, sempre valorizando a multidisciplinaridade profissional e os conhecimentos específicos de cada área, são essenciais”, disse a Dra. Theodora.

Transplante de medula óssea

Para os cânceres do sangue, como a leucemia, linfoma, mieloma múltiplo e síndrome mielodisplásica o transplante de células-tronco hematopoéticas, também chamado por transplante de medula óssea, é opção importante de tratamento – e geralmente indicado apenas quando as primeiras opções terapêuticas não apresentam resultado.

Até pouco tempo atrás este era um procedimento para jovens e pessoas acima dos 50 anos não podiam realizá-lo. Mas isso ficou no passado e hoje é possível, sim, fazer este procedimento em pacientes com mais de 50 anos.

Lembrando que o transplante de medula óssea envolve diversos aspectos, ainda que a idade não seja mais o fator denominador de sua realização. São eles:

1 – A indicação só virá após avaliação. Será fundamental entender o estadiamento da doença e as condições físicas deste paciente.

2 – Se o transplante ideal for o alogênico será necessário encontrar um doador compatível na família e/ou no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Além disso, o pré e pós transplante exigem cuidados muito rigorosos, já que o paciente fica imunossuprimido e por isso mais propenso a infecções. Tudo isso será observado.

3 – No Brasil, nem todos os centros de tratamento estão preparados para realizar este procedimento, e isso com certeza deve ser levado em conta.

O tratamento é apenas parte do processo

A qualidade de vida não deve ser deixada de lado – JAMAIS!

Realizar atividades físicas, como caminhadas leves e natação, além de manter a saúde em dia, pode ajudar a controlar o estresse e a ansiedade, muito comuns aos pacientes com câncer.

A alimentação também influencia bastante no tratamento, e ajuda a controlar os efeitos colaterais causados por algumas terapias. Veja se em seu centro de tratamento há um nutricionista que pode te ajudar a balancear sua dieta. A Abrale também oferece atendimento nutricional gratuito.

Cuidar da autoestima com certeza te dará um up. A depender do tratamento, o paciente fica bastante debilitado, e pode perder peso, ficar inchado e até mesmo perder os cabelos. Mas este é o momento de ousar! Aproveite para usar bonés, lenços, perucas; um toque de maquiagem pode te ajudar a se sentir atraente; cuide muito bem de sua pele, e não esqueça o protetor solar.

Estar ao lado de quem se ama também pode tornar este momento mais fácil. Nada como ter família e amigos perto de nós quando mais precisamos, certo? Conversar com um psicólogo também é uma importante alternativa. A Abrale oferece gratuitamente este atendimento.

“O suporte social é tão essencial quanto o próprio tratamento. Se manter informado e ter autonomia fazem a diferença neste momento”, disse a Dra. Theodora.


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Tive câncer de apendicite foi operado mandaram para kimioterapia passei no cirurgião que disse operar de novo pós não sabia coque foi feito ai tirou 40 centímetros mais 20 cent.dai fiz 6 Carter de químio por port carter foi em 2015..agora voltou …estou me sentindo insegura estão me tratando com kimio tomo duas horas no hospital e vou pra casa conectada com por três dias…volto pra retirar gostaria de Saber se é o melhor tratamento grata pela atenção…

Maria, boa tarde. Somos uma organização que oferece apoio gratuito a pessoas com cânceres do sangue, como a leucemia e o linfoma. Para responder essa dúvida, peço que entre em contato com o Instituto Oncoguia – 0800 773 1666

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